A Casa na Árvore

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 Cinco amigos, ainda crianças, brincavam no parque despreocupadas. Esconde-Esconde era sua brincadeira favorita. No parque havia uma casa na árvore, a área estava vazia, apenas as cinco crianças brincavam lá; a casa na árvore era um ótimo esconderijo e Joaquim sabia exatamente disso.  Enquanto Claudia contava, os outros procuravam rapidamente um local perfeito para não serem encontrados. Os inseparáveis, Pedro e Fabiana, que nunca se largavam, se esconderam juntos, já Ana não sabia para onde ir e o tempo estava quase se esgotando, Joaquim percebe a angustia de sua amiga e pega em sua mão à levando para seu esconderijo na casa na árvore.


 -Aqui é o melhor lugar pra ficarmos-  Diz o garoto confiante de si mesmo.


 -Tem certeza?- A menina pergunta olhando para o amigo.


 -Absoluta.


 Os dois se olham por um tempo até ouvirem passos se aproximando, então, retomam ao seu esconderijo dentro da casinha.


ANOS DEPOIS...


 Pedro levanta de sua carteira e vai até a de seu amigo Joaquim que estava concentrado escrevendo num um papel.


 -Você escreve milharem de cartas e não entrega uma sequer.- Pedro diz debochando para o amigo- Por que não fala logo pra Ana que você gosta dela? Pede logo ela em namoro!


 -Não enche, Pedro.- Diz rabiscando tudo que escreveu e jogando o papel amassado no lixeiro.


 -Desde aquela vez da casa na árvore você só fala dela. "Olha como a Ana tá linda." "Ai a Ana é sempre tão incrível." Ana isso, Ana aquilo, Ana blá, blá, blá. Na moral, fala de uma vez pra ela e pede essa garota em namoro.


 -Não sei se você lembra, mas ela já namora.


 -É, mas esse namoro não tá muito bom pelo o que eu tô sabendo.


 -Mais um motivo pra eu não me meter, se o namoro dela já está ruim vai piorar mais ainda se eu me intrometer nesse relacionamento.


 -Então faz como a Cláudia, aconselha ela.


 -Mas se a Cláudia já faz isso.


 -Só porque a Cláudia já faz isso não significa que nós não podemos, afinal, somos todos amigos.


 -Tá bom, você tem um ponto.


 -Queria ter esse ponto no boletim, porque a coisa tá feia.


 A conversa dos dois é interrompida pelo sinal. Eles pegam suas mochilas e vão em direção à porta, porém, lembram de sua amiga.


 -A Fabiana não ouviu o sinal.- Pedro fala como se aquela situação fosse normal, na verdade, era bem normal.- Acorda a Fabi, fazendo um favor.

Esconde-Esconde ColoridoOnde histórias criam vida. Descubra agora