➤ ⟦🚭⟧ Capítulo Único ⋅

355 23 426
                                    

 A noite na cidade onde (Nome) morava era algo fantástico. A poluição visual não era tão grande por lá, então podia se observar quase que claro as estrelas brilhantes e a lua completamente branca. (Nome) era uma pessoa comum, que trabalhava na limpeza de um restaurante que tinha o tema de constelações, por isso aquele ambiente era sempre algo espacial e era aberto e fechado a noite, por isso, o(a) menino(a) sempre saia de lá com sono, porque ainda não se acostumou com tanto trabalho noturno já que fazia pouco tempo que foi empregado(a) nisso. O local era muito popular por lá, principalmente entre as pessoas ricas. Houve um dia onde (Nome) saiu do trabalho e era meia-noite, ele(a) teve que fazer algumas coisas ordenadas de seu chefe, então acabou partindo mais tarde que os outros funcionários. O(a) rapaz(moça) estava com algumas dores no corpo, mas tentou ignorar pois seu chefe não iria aceitar isso como desculpa para faltar, isso só atiçou a dor. Ele(a) passou num beco durante o caminho para casa, porém, o beco parecia ter algo de estranho, ele emitia uma fumaça de coloração branca e verde. Sua curiosidade atacou, (Nome) estava ciente que deveria voltar para casa rápido, mas decidiu adentrar na passagem. Chegando no fundo, ele(a) conseguiu ver uma figura de um homem com cigarro na boca.

— Hm? — Aquele moço murmurou ao notar a presença de outra pessoa.

— Ah... — (Nome) colocou a mão em sua cabeça por culpa de uma leve tontura, mas conseguiu ouvir o homem sussurrar e olhar para ele(a).

— A fumaça chamou sua atenção, pequeno(a)? — O homem perguntou, fazendo aquela fumaça colorida sair e ele tirou o cigarro da boca.

— S-sim. — Ele(a) respondeu com um pouco de timidez.

— Isso é comum por aqui. — O rapaz que tinha cabelos esverdeados e um chapéu que impedia que seus olhos sejam vistos falou e deu um sorriso.

— Por que você fuma? — (Nome) perguntou.

— Para acalmar, entende? — O menino de cabelos verdes falou calmo, colocando o cigarro na boca novamente.

— Sim... — O(a) moço(a) parecia tímido(a) junto daquele homem.

— Não está muito tarde para você ficar aqui?  — Aquele guri falou preocupado.

— E-eu acabei de sair... Do trabalho. — As dores novamente atiçaram o(a) menino(a), fazendo sua fala sair com um pouco mais de dificuldade.

— Você trabalha naquele restaurante chique com o tema de estrelas? — Ele perguntou e viu (Nome) apenas acenar com a cabeça, afirmando a pergunta. — Ei... — O menino com sombra no rosto começou a olhar (Nome) de cima para baixo, utilizando apenas seu olhar, sem mexer sua cabeça. — Você está bem? 

— E-estou... — (Nome) estava com as pernas tremendo um pouco, mas não era de frio, e sim ansiedade. Ele(a) estava questionando se sair dali naquele momento era bom.

— Podemos sentar caso você queira. — O homem falou na vontade de prolongar a conversa.

— Não precisa, e-eu já vou indo... — (Nome) negou com a cabeça. Neste momento, sua visão começa a embaçar.

— Tem certeza que vai sozinho(a)? — Foi a última frase que (Nome) conseguiu escutar do homem antes de cair duro no chão desacordado(a).

 Não foi tão surpreso que (Nome) desmaiasse assim de repente, suas dores e seu cansaço estavam se acumulando até de mais e resultou nisso. O fumante ficou preocupado com o estado de (Nome) e sem pensar duas vezes, levou-o(a) para sua casa e decidiu cuidar dele(a). Não demorou muito para que o(a) moço(a) acordasse e já se questionasse sobre o que aconteceu.

— "Onde eu estou?" — (Nome) pensou ao acordar num lugar completamente diferente. Ele(a) estava deitado(a) numa cama com várias cobertas grossas sobre si dentro de um quarto um pouco decorado, o que lhe fez questionar de quem era tudo isso, já que seu salário não é o suficiente para comprar coisas assim.

➷🚬⊰Naquele Beco - Garcello x Leitor(a)⊹Onde histórias criam vida. Descubra agora