Capitulo 2 - As Sete Magias

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Foi difícil dormir esta noite depois de ler aqueles relatórios, senti a dor de cada irmão e irmã que passou por esses experimentos e torturas, quanto sangue inocente derramado e acusações hipócritas por parte dos homens, eles merecem sofrer, merecem sentir a pior dor, mas não posso fazer nada, muito menos desobedecer as ordens da Rainha do Coven.

Desço para o salão principal, ainda não estava aberto, vi o Roger limpando e ajeitando as mesas para mais tarde.

- Alberto já acordou? - perguntei a ele

- Bom dia, acho que não, pelo menos não o vi descer.

Subi as escadas e vou até seu quarto, vejo que a porta esta aberta, mas nada dele, apenas a mesma bagunça que ele sempre deixa. Lembrei da preocupação dele a respeito de minha mãe, como se fosse grande coisa, então fui ate ela.

Antes que eu batesse na porta Alberto sai como se tivesse engolido dez sapos vivos,e la estava ela, de frente para o janelão, minha mãe era uma mulher linda, sempre vestia preto com alguns detalhes de prata ou ouro, era uma mulher de estatura média, cabelos loiros quase brancos, olhos verdes quase mel, para uma mulher de seus 348 anos, ela estava bem de aparencia.

- Mãe, o que houve?

- Alberto veio me questionar a respeito de um assunto que eu já disse que não é bem vindo neste coven.

- Era sobre os Sete? Por que você sempre evita falar sobre esse assunto? É sempre isso e o papai, porque nunca me fala dele?

- Victor, basta. Primeiro o Alberto e agora você? E acredite, eu tenho meus motivos para não querer falar de seu pai.

- Eu mereço saber a verdade, mamãe.

- Não, você não precisa saber, e que seja a ultima vez que falamos a respeito disso, fui clara?

- Pare de fugir dos assun-

- Eu fui clara!? - ela me interrompe elevando sua voz.

Eu apenas virei de costas e sai dos aposentos dela.

Desço as escadas e vou direto ao lago que ficava em frente ao Rabo de Gato e la estava Alberto sentado em um tronco com as mãos na cabeça e os cotovelos sobre os joelhos. Alberto era como um irmão mais velho, era um amigo de longa data de minha mãe, e como ela sempre esteve ocupada com as burocracias do Coven, ele me treinou e me ensinou tudo que sei.

- Ela não era assim, não quando eu a conheci - disse Alberto enquanto eu me aproximava.

- Não entendi, como assim?

- Sua mãe era uma mulher que não fugia de uma luta, eu ja vi ela derrubar um batalhão inteiro de caçadores como em um piscar de olhos.

Me aproximo e me sento ao lado dele.

- Ela era capaz de qualquer coisa, mas depois de tudo o que houve naquela época, ela busca mais a proteção do que o contra ataque, e isso vai acabar deixando o Coven a mercer dos cacadores.

- E o que aconteceu naquela época?

- Bem...- Alberto olhou para o chão como se buscasse palavras - um dia, invadiram a sede do Coven, e os caçadores levaram sua mãe, passaram se 15 noites e ela conseguiu fugir, quando ela voltou...bem, houve muitas perdas naquele dia.

- Não consigo imaginar tal atrocidade, cada vez mais que conheço o mundo deles, sinto dor, tristeza e ódio. Parecem que o fato de termos uma cultura e pensamentos diferentes isso nos torna monstros aos olhos dele.

- Isso porque nunca usamos poder de verdade contra eles, nós não devemos machucar um ser mais fraco que nós a princípio, apenas ultilizar a magia para defesa... Besteira na minha opinião

O Beijo da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora