Forever My Girl | noart

02

Noah Urrea

- Como anda a minha bebezinha? - abracei Si por trás.

- Qual delas? - ela riu.

- Você eu sei que está muito bem pelo visto. Quero saber como está nossa menina aqui embaixo. - acariciei sua barriga de oito meses.

- Precisamos decidir logo o nome dela. - ela fez um bico pensativo - Eu gosto de Eli.

- Nós já discutimos sobre isso, Sina. - peguei meu copo e fui em direção a sala. Ela veio atrás.

- Mas eu vou ser a mãe, tenho o direito de ter as decisões aqui também! - ela alterou um pouco o tom de voz, cruzando os braços.

- Agindo como criança não vamos tomar decisão racional alguma.

- Na hora de engravidar a criança aqui você no pensou nisso, né?

Ela só pode estar de brincadeira comigo. Me levantei na mesma hora do sofá que eu mal havia sentado.

- Escutou a merda que você acabou de dizer? - perguntei indignando - Hein, porra? Eu fiz tudo por você!

Dei as costas e comecei a subir as escadas, a fim de acabar com aquela discussão por ali antes que eu falasse mais merda.

- Noah! Noah! - ela veio correndo atrás de mim - Me desculpa.

Me virei para encara-lá, vendo seus olhos marejados. Sina veio andando em passos calmos até mim e me abraçou.

- Me desculpa, eu não quis fazer essa tempestade toda por causa de um nome. Eu sei que tudo o que você fez foi pra me ver feliz. Desculpa a Si.

Suspirei derrotado. Não consigo mais ficar tanto tempo de cara feia tendo ela do meu lado.

- Está tudo bem, Si. Vamos escolher isso com calma, ok? Temos um mês ainda.

- Uhum.

Beijei sua testa e a prendi mais forte em meus braços, como se ela fosse desaparecer naquele momento.

[...]

- Dói! Dói muito! - Sina berrava, me deixando horrorizado.

Tentei manter a calma e me concentrar na direção.

- Calma bebê, estamos chegando. Aguenta só mais um pouquinho.

Durante a noite a bolsa dela havia estourado. Foi uma surpresa e tanto para nós, já faltavam ainda quatro semanas para nossa bebê vir ao mundo. Chloe não estava em casa na hora, graças à Deus.

Assim que vi o letreiro branco do hospital, suspirei aliviado. Estacionei o carro de qualquer jeito e corri com a minha mulher para dentro. Fomos logo recepcionados pelas enfermeiras que estavam ali e levaram Si para dentro. Dei um beijo em sua testa dizendo que tudo ia ficar bem, ela estava tão assustada que me doía.

Fiquei andando de um lado para o outro, até Linsey chegar com Chloe, que estava toda emburrada e eu já sabia o porquê.

- Oi princesinha do papai. - tentei a pegar no colo, mas ela saiu de perto.

- Não sou mais a princesinha do papai. - ela disse emburrada.

- É sim e vai sempre ser. Não quero você emburrada por causa da sua irmã, Chloe.

- Ela não é minha irmã.

Ouvir aquilo foi mais como um tiro no peito.

- Pare já com isso, Chloe. - minha irmã a advertiu, eu nem reação tive.

- Está mais do que claro que eu não sou filha de vocês. - ela disse pra mim.

Eu espera que esses problemas chegariam só lá pelos dezesseis anos, mas não, chegou logo aos doze.