CAPÍTULO 7

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Preciso abrir essa porta e fugir no momento em que ninguém estiver por perto

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Preciso abrir essa porta e fugir no momento em que ninguém estiver por perto.

As únicas pessoas que poderiam me impedir seria aquele homem que vez ou outra aparece, o monstro e os seguranças e acredito que as empregadas me ajudariam, afinal ouço suas conversas e sei que não concordam com nada disso.

— E aí? Como é que vai? ― Ouço uma voz masculina do outro lado da porta.

Essa é a primeira vez que ouço uma voz alegre nessa casa.

— Estou bem — uma mulher responde.

— O que o meu irmão anda aprontando? Ainda ranzinza? — ele pergunta e a mulher não responde. — Ainda tem medo dele, não é? O meu irmão é complicado.

"Irmão?

Ele é irmão do monstro?

Talvez ele possa me ajudar."

Giro a maçaneta e sacudo a porta.

— Quem está nesse quarto? — ele pergunta.

Ótimo, era isso que queria, chamar sua atenção.

— Na-não tem ninguém.

— Por que deixaram a luz ligada?

A maçaneta gira sem que eu faça esforço.

— Por que está trancada e com a luz acesa?

— Eu não sei, com licença.

Isso está estranho... Quem está aí?

É a minha chance.

— Oi! — respondo encostada na porta.

— Tem alguém aí?

— Sim. Sim.

— Ah, tá. E quem é você?

— Eu... Você não me conhece. Abra a porta, por favor.

— Quem te prendeu aí?

— Eu não tenho a chave. Abre a porta, por favor.

Ele ri.

— Não me diga que é namorada do meu irmão. Do jeito que ele é, deve ter gostos peculiares. Como chamam? BDSM... O que estão fazendo? Alguma brincadeira?

— Não. Não é brincadeira.

Está vestida?

Sua voz se afasta e por um segundo perco a esperança, então a porta se abre.

Sua voz se afasta e por um segundo perco a esperança, então a porta se abre

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O que essa garota está aprontando?

Não existe um momento pior do que esse para a minha família aparecer aqui.

A minha mãe me acompanha e de tão nervoso que estou, até esqueci de vestir outra camisa.

— Cara, você tem uma namorada? Eu não sabia! Finalmente, desencalhou! ― o rapaz mais jovem que eu, com cabelos mais claros, pergunta sorrindo.

— Do que você tá falando, Rodrigo?

— Eu falei com a mulher que está no quarto. Que joguinho é aquele? — Meu irmão me cutuca. — Eu não sabia que você curtia essas coisas mais selvagens.

"Mas que droga!"

— Uma namorada? — minha mãe indaga, surpresa. ― Mas, você não disse que não tem namorada?

— Não é minha namorada.

Sérgio aparece preocupado.

― Senhor, ela fugiu.

― Fugiu? Não deixe que ela passe por esses muros! ― Minha pulsação aumenta.

― Rômulo, o que está acontecendo, meu filho?

"E esse problema só toma maiores proporções..."

Corro pelo jardim, ignorando a dor de cabeça, procurando alguma parte do enorme muro onde possa escalar

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Corro pelo jardim, ignorando a dor de cabeça, procurando alguma parte do enorme muro onde possa escalar.

Encontro uma parte onde tem um canteiro.

— Não tente fugir! — um homem pede em tom de ameaça.

"Todo mundo aqui faz o que o monstro quer!"

— Eu vou embora agora e não ouse tentar me parar. ― Subo no canteiro com pressa e me seguro nas irregularidades do muro.

― Você precisa assinar os documentos. ― Ele permanece parado, me assistindo subir no muro, como se soubesse que não conseguiria escapar dessa forma.

— Eu não vou assinar nada!

— Ele não vai te deixar ir sem a garantia que não fará nada.

— Por isso mesmo. Eu nunca vou me calar diante de tudo o que ele me fez. Quando sair daqui seu patrão será preso.

— SEGURANÇAS!

Escalo com pressa, mas ainda falta um bom pedaço para chegar ao topo e tem musgo na superfície. A minha mão escorrega e quase caio, mas me seguro rapidamente.

― O que ela está fazendo? ― Reconheço a voz do monstro. ― Desça daí!

― O que está acontecendo? ― uma mulher pergunta. ― Quem é essa menina?

― Desça daí! ― o monstro ordena.

― É a namorada do Rômulo ou era.

Não consigo me segurar e caio, vendo como última coisa o céu.


A namorada Falsa do MilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora