8º Capitulo

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#Ana

Tudo parecia passar devagar à medida que o meu coração acelerava como nunca antes. Senti o meu corpo embater duas vezes contra o banco após as cambalhotas dadas pelo carro, e agora que ganhei alguma coragem para voltar a abrir os olhos, vi toda uma rua virada ao contrário. Sentia todo o meu corpo meio que suspenso no ar, enquanto o medo começava a dominar toda a minha alma.


''Chamem os bombeiros!'' - uma voz familiar fez-se ouvir perante a multidão que se começava a formar.


E em segundos os seus olhos azuis voltaram a embater com os meus. Comecei a sentir o meu coração apertar e os meus olhos encherem-se de pequenas mas sentidas lágrimas. '' Shhh... Vai correr tudo bem, não chores por favor Ana.'', ao ouvir de novo a sua voz preocupada levei uma das minhas mãos à minha barriga e fechei os olhos com força ao lembrar-me do meu bebé.


''Vai correr tudo bem, eu prometo.'' - ele proferiu


E ao ouvir a sua promessa uma dor angustiante e bastante dolorosa percorreu o meu corpo fazendo-me ficar inconsciente do mundo a meu redor.


Uma luz demasiado clara invadiu os meus olhos que fui obrigada a fechá-los novamente.


Xxx - Ana, querida? - a voz doce da minha mãe fez-se soar pelo espaço onde nos encontrava-mos - Ana?! - ela sussurrava o meu nome com alguma urgência, só não entendia o porquê.


Tentei agora habituar-me à luz que antes me incomodara e comecei a observar o espaço branco e preenchido por algumas máquinas que davam o certificado de que me mantinha viva. Foi apenas um susto. Olho agora para a minha mãe, uma jovem mulher devastada com o susto da filha inconsciente, que me segurava firmemente na mão.


Rebeka - Como te sentes querida? - confusa repetia a minha mente


Ana - Há quanto tempo estou aqui?


Rebeka - Isso agora não importa Ana - apertou-me a mão


Ana - Mãe, diz-me por favor


Rebeka - Estás aqui à dois dias Ana - engoli em seco, a mim pareceu-me apenas umas horas


Ana - O Louis?


Rebeka - O Tomlinson ? - afirmei com a cabeça e ela suspirou - Não sei, Ana.


Ana - Não sabes? Como não? - a minha urgência de saber o que estaria a minha mãe a pensar, era grande.


Rebeka - Ele hoje ainda não apareceu, é cedo Ana


Ana - Ele tem vindo?


Rebeka - Sim


Ana - E o meu filho?


Rebeka - Querida nós precisamos de falar disso

California Girl - L.T.Onde histórias criam vida. Descubra agora