CAPÍTULO 13/1

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Que coquetel horrível!

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Que coquetel horrível!

Todo mundo só falou da namorada que não tenho e, simplesmente, não entendo como chegaram a essa conclusão.

Aquela garota tem mais cara de ser empregada do que a minha namorada!

Voltei para casa cedo, cansado dessa história.

Acordo na segunda-feira sendo bombardeado por mensagens, e-mails e tudo quanto é forma de comunicação falando sobre isso.

"Por que as pessoas se importam tanto se tenho uma namorada ou não?"

Resolvo deixar isso para tratar no escritório, afinal lá tenho a Kettelyn que deve saber mais ou menos o que fazer.

Assim que o elevador abre no nono andar, a encontro me esperando.

— Como essa história ainda está circulando?

― Rômulo, tudo aconteceu durante o fim de semana!

― Sabe o que um fim de semana com uma fofoca dessas pode causar para o meu nome?

― Sim, eu sei, mas vamos dar um jeito. ― Ela joga os cabelos loiros para trás e me acompanha.

— Eu quero que parem logo de falar sobre isso. A minha vida pessoal não deve estar em tabloides, Instagram ou coisas do tipo. Eu sempre prezo pelo sigilo. — Entro em meu escritório e deixo a maleta em cima da mesa, então me sento. — Eu não sei como conseguiram fotos da minha casa.

— Como isso tudo aconteceu? Ela é ou não é a sua namorada? ― a indaga, depois ri. ― Claro que não, não é?

― Óbvio que não!

Ela suspira aliviada.

― Então vou falar com as principais fontes que espalharam essa fofoca e desmentir. Eles não vão continuar falando sobre uma mentira.

― Ótimo. E se continuar, vamos processar todos.

Ela sorri.

― Então quer dizer que você não tem interesse algum nessa garota?

― Absolutamente não.

― Senhor Rômulo? ― Meu "detetive" entra no escritório.

Nem adianta gritar com esse, porque apesar de ser distraído com essas coisas, faz um ótimo trabalho quando preciso.

― Já tenho todas as informações sobre a garota que o senhor tem interesse.

― E não tem interesse... ― Kettelyn sai da sala como se tivesse chateada.

― Falei demais, não foi? — Cassiano fala sem graça.

― Não importa. Agora, me dê o que você encontrou.

Ele me entrega um iPad.

― Ela se chama Linda Fonseca, tem vinte e dois anos e mora na periferia da cidade. Não encontrei muito sobre a família dela. Eles não são daqui e não tem nenhum parente muito próximo. Ela está sozinha na cidade agora que o pai faleceu. Perdeu a mãe bem jovem e vivia de aluguel com o pai. É costureira.

"Quatro meses de aluguel atrasado."

― Não deve ganhar muito bem com isso.

― Não mesmo. Ela mal paga os aluguéis.

― Estou vendo.

― Coitadinha.

― Tá bom, Cassiano, obrigado pela pesquisa. Depois me mande o valor do trabalho que pagarei.

― Fechado.

― Ah, e mantenha sigilo sobre isso. Não tem a ver com o que a mídia está contando por aí.

― Sim, senhor, com licença.

Ele só apontou o óbvio. Aquela teimosa precisa de dinheiro e ainda ousa me insultar por oferecer isso a ela.

Não deveria insistir, mas me sinto obrigado a fazer isso.

A namorada Falsa do MilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora