Epílogo

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Reino Iverny.
6 anos atrás...

A noite estava mais fria que o normal, a neve branca cobria tudo com camadas grossas, deixando o lugar inteiro coberto como se uma enorme manta tivesse sido jogada por ali.

Dentro do palácio de Iverny, os reis Kim Oslin e Kim Gyul, observavam a madeira queimando na ladeira, o som era agradável e relaxante, além de manter seus aposentos bem aquecido.

- Acha que os deuses estão bravos? - Gyul se pronunciou depois de um longo tempo. - O inverno está mais rigoroso este ano, como um presságio.

- Um ruim? - palpitou Oslin, afagando o marido em seus braços.

- Provavelmente. - murmurou puxando a manta para cobrir-lhes melhor. - Embora não consiga pensar em nada que tenha os desagradado. Temos prosperado bastante.

- Sim nos temos. - beijou o topo da cabeça de Guyl e lhe afagou a barriga grandinha. - Fico feliz que nosso filhote irá vir ao mundo dentro de dois meses e em mundo bem melhor do que já foi. Gyul Ronronou se agradando com o que seu alfa dizia e os carinhos recebidos.

Gyul decidiu que queria comer morangos no meio da noite, sacudindo o corpo de Oslin, que bufando por ser acordado tão bruscamente, desceu da cama e foi em busca da fruta para seu ômega. Estava na cozinha quando sentiu dor, mas não era sua, Gyul veio a sua mente, a marca de companheiro lhe enviando sinais e de repente um grito. Correu as escadas com uma rapidez inigualável.

Seu pequeno ômega se contorcendo em cima da enorme cama, e havia sangue, muito sangue. Gritou. Imediatamente guardas chegaram.

- Chamem um médico! Agora!

A neve continuava a cair impetuosa. Felizmente o quarto continuava aquecendo seu amor. Que não lhe soltou a mão.

- Oslin... - a voz chorosa partiu seu coração. - Nosso filhote.

- Vai ficar tudo bem querido, vocês vão ficar bem. - não soou tão seguro quanto queria. - Eu prometo.

(...)

Atualmente...

- Não corra tanto, Taehyungie. - pés pequenos e rápidos se mexiam com pressa por um dos corredores do palácio, este em especial levando até a biblioteca.

- Você que é muito devagar, Jiminie. - o outro bufou e se apressou, ultrapassando-o. - Ei!

- Eu só estava te deixando ganhar. - riu sapeca e abriu a grande porta dupla. - Rápido, Tete. A noona está esperando.

- Seu chato. - inflou as pequenas bochechas.

- Espera. - parou Jimin e encarou Taehyung. Ajeitou a franja dele, que estava caída em sua testa. - Respire fundo. Se a noona souber que você estava correndo assim levaremos um bronca.

- Eu estou bem, mimi. - Jimin que tem alguns centímetros a mais que Taehyung, lhe beijou na testa. - Obrigado.

- Não é nada, estou cuidando do meu futuro ômega. - sorriu mostrando a porteirinha.

- Não seja bobão. - riram alto. - Vamos.

- Chegamos noona. - anunciou Jimin, ainda agarrado na mão de Taehyung.

- Estão atrasados mocinhos. Daqui a pouco o rei Gyul chegará. Se apressem, façam a leitura do dia.

- Sim, noona. - respoderam em unisom, arrancando um sorriso leve de Somin.

Minutos mais tarde, Gyul atravessou as portas da biblioteca e localizou as duas crianças concentradas em seus livrinhos.

- Majestade. - se curvou Somin.

- Papai!

- Tio Gyul!

- Jimin... - repreendeu Somin.

- Oh.. majestade? - Gyul sorriu.

- Tudo bem, Somin. Prefiro que ele me chame assim. - chegou próximo a eles e se agachou. - Jimin, sua mãe estará em breve aqui.

- Mas já? - murchou o pequeno alfa.

- Sim, filhote. - afagou os fios laranjas do pequeno. Notando a expressão murcha de seu filho do lado.

- Ele tem mesmo que ir, papai? - murmurou Taehyung amuado.

Gyul sentiu uma pontinha de tristeza. Os dois se tornaram apegados desde o instante em que se conheceram. Sorriu para confortar o filho.

- Já conversamos sobre isso, Taehy. Jimin precisa ir para sua casa, ficar com seus pais, as férias estão acabando. - de canto pôde notar a mão gordinha de Jimin segurar a de Taehyung. - Logo mais nas férias de final de ano, podemos ir visitá-lo em Prymatis.

O pequeno ômega nada respondeu, apensas assentiu cabeça, ainda triste. Não via sentido em lhe afastar de seu melhor amigo.

Mais tarde naquele dia, Jimin e Taehyung choravam enquanto se despediam, ambas as famílias sentiam como eram concertados. Havia um acordo falado entre os reinos de Iverny e Prymatis. Os dois reinos viviam em harmonia e união.

A noite Taehyung não quis dormir sozinho em seu quarto, alegando se sentir solitário sem Jimin ao seu lado, os pais sorriram com a declaração e aceitaram que ele dormisse com eles na cama.

- Papais.. eu.. eu.. - Taehyung chamou pelos pais se sentando na cama com a respiração curta e acelerada.

Oslin e Gyul acordaram alarmados com Taehyung os chamando e quando perceberam do que se tratava, agiram rapidamente, Gyul abraçou seu filhote, enquanto Oslin ia até gaveta do armário pegar uma bombinha. Levando imediatamente até o filho.

- Pronto, vai passar filhote.

(...)

Reino Outona.

Uma mão pequena batia freneticamente em uma porta muito maior que seu corpo infantil, sendo aberta por um corpo imponente e sonolento. O alfa maior pegou o jovem em seu colo ao ver a expressão angustiada.

- O que aconteceu, filhote? - perguntou suavemente enquanto movia para a grande cama no centro do quarto, onde uma ômega lhe estendia com braços.

- Aquela dor aqui, mamãe. - apontou para a região do tórax. - A mesma sensação.

A ômega encarou seu alfa ainda parado ao pé da cama. Aflita. Por muitas vezes, sem nenhuma explicação plausível ou médica. O pequeno filhote sofria destas sensações, a maia comum era essa.

- Tudo bem, pode dormir conosco essa noite, o que acha? - acalmou o alfa se sentando na cama ao seu lado.

- Mesmo papai?

- Sim, filhote. - sorriu terno.

Ajeitaram-se na enorme cama e o filhote agarrou sua mãe, aconcegando o pequeno corpo ali, se sentindo mais seguro e envolto dos aromas de suas pais misturados.

- Boa noite papai, boa noite mamãe.

- Boa noite, Jungkookie.

Livro 1 - IvernyOnde histórias criam vida. Descubra agora