JUST WANNA HOLD: 1

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- Atp point of view - 

O último ano do colegial é o ano onde tudo acontece, todos querem a popularidade, festas de finais de semana, roupas de marca, itens de ultima geração, hits em redes socias, um grupo de amigos descolados, e eu? Gun Atthaphan? Eu não preciso dessas coisas, mesmo que eu não as tivesse, não precisaria pois desde meu primeiro dia do primeiro ano tudo que eu sempre quis foi namorar Off Jumpol. 

Off e eu não saímos diretamente de um romance adolescente, não éramos amigos de sala, nem mesmo os amigos dos nossos amigos eram os mesmos, não morávamos na mesma rua, nossos nomes não estavam escalados para fazermos pares em trabalhos e provas grupais, até o final do ano passado ele nunca havia demonstrado o mínimo do interesse em mim. Apesar da Tailândia ainda ser um país conservador ninguém poderia negar que eu chamava atenção de qualquer pessoa com um par de olhos, e era daí que minha popularidade tomava forma, homens e mulheres vinham até mim, os homens em sua grande maioria queriam sigilo, mas mesmo que eu não fosse apaixonado por Off, eu achava que não iria me submeter a ficar com alguém que não dissesse em público que estava comigo. 

No começo eu achava que irritava Off por estar sempre na frente dele no quesito beleza e popularidade, talvez por chamar muita atenção, não que ele merecesse vir atrás de mim, a primeira coisa que notei quando esbarrei com Jumpol na cerimônia de boas vindas foram seus olhos, eu nunca tinha reparado no desenho do olho de alguém até aquele dia, ele ser alto e ter um sorriso adorável, sua gentileza com o corpo docente da escola, seu cabelo penteado de forma sexy que lhe dava um ar mais velho que um adolescente de colégio deveria ter, a voz, apesar de muita gente considera-la irritante, era um timbre tão vivo, ele também era um dos destaques da escola, suas notas, atividades extra curriculares e projetos que ao menos valiam nota eram a própria perfeição, a maneira que ele fazia eu me sentir nunca havia sido experimentada antes pelo meu corpo, tudo nele fez eu ficar completamente apaixonado, e nem mesmo era por isso, minha incapacidade de enxergar alguém além de Jumpol era preocupante, jamais havia sentido paixão por alguém, mas eu sabia que aquilo que embrulhava meu estomago e alvoroçava meu cérebro ao ver ou ouvir a voz de Off, era considerado paixão, pessoas apaixonadas geralmente são cegas e perdem a razão. 

"Vamos pra sua casa após a aula?"

Eu recebi de Off uma DM no twitter vinte minutos antes da aula acabar, estávamos ficando tinha exatamente dois meses, 59 dias, como em um passe de magica, no primeiro dia de aula do último ano, Off Jumpol se sentou ao meu lado e simplesmente pediu que eu saísse com ele, e eu estava contando os dias, ansioso para que ele me pedisse em namoro o mais rápido possível. Ele sabia bem que eu passava o dia inteiro sozinho e nesses dias que ficamos sozinhos juntos estava sendo de ótimo proveito para mim. 

Encontrei Off duas quadras de distancia da escola, enquanto esperava ele aparecer sempre me pegava ansioso e pensativo, eu sabia o que ele queria proteger não dizendo para ninguém sobre a nossa relação, ele me fez acreditar piamente que se as pessoas descobrissem seria um caos e que os boatos não iriam parar até que a gente se separasse. Eu vi ele se aproximando de bicicleta com os fones, e ele parecia falar com alguém, mas assim que chegou até mim sua ligação se encerrou. 


Existia um rumor de que Off estava saindo com uma universitária do segundo ano, eu havia stalkeado ela algumas vezes, Mild era linda, alta e de cabelos longos e negros, pele pálida demais para meu gosto, mas ela parecia ser enaltecida por todos, uma vadia básica e magra, não era atoa que ela era a estrela de sua faculdade, parte de mim acreditou quando Off negou para mim, ele jamais teria chance com uma mulher daquela, mas para mim ele teria chance com qualquer um, pois para mim, não existia ninguém tão perfeito quanto ele.

— Esperou muito por mim, Ter? — Ele desceu da bicicleta, me abraçando de lado e dando um beijo na lateral da minha cabeça. Neguei com a cabeça, eu queria questiona-lo, mas seria a terceira vez que eu ia trazer aquele assunto a tona, e eu não queria deixa-lo irritado novamente me acusando de não confiar nele. Como o costume das últimas semanas ele me fez sentar na bicicleta e começou a empurra-la na direção da minha casa, como um bom namorado faria. 

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