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Josh Beauchamp

Assim que eu olhei para a porta, Any entrou e eu não esperava isso. Achei que ela nunca mais iria querer ver alguém daqui para algo sobre negócios. Achei que tinha se afastado por completo.

Rever as meninas foi bom também, mesmo reclamando a todo o momento, eu gosto um pouquinho delas todas e das crianças, que estão mais para pragas.

Any se sentou à frente de Lin após darem um abraço juntamente com a sina. Soares cumprimentou os meninos e os nossos olhares se cruzaram mas nenhuma palavra foi pronunciada.

- Amor? - Lauren se aproximou e me mostrou um vestido no celular. - você prefere esse estilo, ou esse? - ela deslizou para a outra foto. -

- Sei la, não gostei de nenhum, tanto faz. - dei de ombros e ela revirou os olhos, voltou a ficar sentada no seu lugar a conversar com o pai sobre algo em que eu não tenho interesse em saber. -

- não sei, mas você não deveria ter mentido. - Sina repreendeu o namorado e eu percebi que estão falando sobre mim e Any. -

- era o único jeito de a fazer vir até aqui. - Noah falou sério. - mas o assunto não era esse! Escutem todos com atenção.

Todos assentimos, Any tem o olhar fixo na mesa enquanto coloca e tira a capinha do celular repetidamente.

- alguém acedeu ao seu celular. - Noah olhou para a morena. - e está vendo as localizações o tempo todo. Aconteceu alguma coisa estranha nas últimas semanas?

Any arregalou os olhos, eu apenas aguardei eles falarem mais, não irei falar nada até porque não sei bem até onde ele quer chegar com isso.

- Mais ou menos. Eu estava me sentindo um pouco.. observada? Talvez não seja essa a palavra certa mas um carro estava me seguindo quase todas as noites, quando eu saía do trabalho, aconteceu isso ontem..

- Faz sentido então.. - Noah respirou fundo. - suspeitamos que o homem queira algo relacionado ao seu pai. Pelo seu celular, eu acedi a uma localização dele.

- Mas que caralho o povo anda fazendo com o meu celular? - any perguntou incrédula e as meninas riram , pedindo desculpas logo em seguida e eu me segurei para não rir junto com elas. - Ha ha ha, que piadinha. - any bufou de irritação e encostou as costas ao sofá quase colado à mesa. -

- O homem pode te querer como pagamento.. ele tem um galpão, fica em São Paulo, onde você estava.

Então ela estava no Brasil.. creio que isso seja um nome brasileiro, pela pronuncia estranha do Noah.

- Aquele galpão já é mais ou menos conhecido mas não no Brasil. O homem tem um que fica também em Veneza e la, ele costuma aceitar garotas e até garotos em troca de pagamento de droga e coisas do tipo, para vender os seus órgãos após matá-los.. para ganhar dinheiro e as vezes até abusa das mulheres. Temos apenas um único problema..

- qual? - Bailey perguntou interessado, Any pediu uma água com açúcar e só por isso eu já percebi que não se sente bem. -

- não fazemos ideia da identidade do homem. Na verdade nem sabemos se é um homem, mas pelo que dizem, é do sexo masculino mesmo. É conhecido como " órgãos a bordo" supostamente ele " trabalha " numa companhia de navios e barcos em Veneza, e é num compartimento tipo divisão do barco que ele se aproveita das mulheres e depois as leva para o galpão. Só que são vários trabalhadores. Não sabemos se são todos parte da sua gangue, ou se não fazem ideia do que ali acontece. Só indo lá para pegar o inimigo..

- calma gente. - Sina pediu acariciando o cabelo da amiga, que tem a cabeça deitada no seu ombro. - eu vou com ela lá fora, podem continuar a conversar sobre isso, a gente já volta.

A alemã ajudou a morena a levantar-se e saíram do estabelecimento.

- Any sempre teve esperanças que o seu pai não fosse assim tão ruim quanto falam.. acabou de reencontrar o josh e descobriu que ele está comprometido, deixem a menina assimilar tudo. - Lin pediu com calma após Bailey querer ir ver se está tudo bem com a Any. Sabina está vendo tudo pelo celular da Sina, ela está a passar férias no México no momento. Nunca se envolveu em nada sobre o meu império então pode ter uma vida tranquila. -

Sina voltou com a Any, a morena se sentou ao lado dela e nós retomámos a conversa.

- Eu posso tentar montar um plano, mas só poderá decorrer daqui a uns 2 ou 3 meses, esse é o problema. - falei pensativo. - ainda falta o casamento com a Lauren e não pode ser adiado.

- Sim, também tem esse pequeno problema. Vamos pensar bem e nos organizar. Todos estão de acordo em voltar para os negócios?

Todos nós assentimos menos a cacheada, que ficou a encarar o nada.

- de volta aos negócios, cachinhos de morango? - Noah segurou na mão da " irmã ". -

Any assentiu com a cabeça e ele sorriu fraco beijando a sua testa.

Eclipse 2 - beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora