somente o amor machuca assim

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Eu nunca digo por favor, eu nunca digo obrigado. Apenas deixe-me em paz.

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*S/N ON*

S/N Yoshida, 17 years
Lyuue, albergue wangshu.
Flashback.

Sabe, desde que me tornei uma viajante eu vivia lutando com mostros fortes, hipotasis, oceanid, resvignes, eu sempre gostei porque nunca perdia.

Hoje, eu estou indo para um lugar desconhecido. eu estava lutando com monstros das ruínas, ele era enorme, devia ter em torno de 10 metros, perigoso, forte, habilidoso, resumindo, experiente. Ele era extremamente forte, foi um caos mata-lo, no momento em que ele caiu me meus pés, outros 3 apareceram, eu obviamente nao daria conta, mas também nao desistiria. Fui pra cima deles usando minha visão electro. Por conta da visao, seria simples eu faze-los parar, tentei um ataque novo, sem treino e sem garantia de dar certo.

Com a espada em mãos, corri em direção dos robôs, pulei em uma pedra tomando impulso e subi no ombro de um. Cravei minha espada no mesmo concentrando o poder electro, senti o meu sangue pulsar dentro de mim ficando energizado, a adrenalina me deixava em puro êxtase. Minhas veias estavam elétricas e meu sangue energizado. Deu certo! Eu pensei, no momento q fiz um corte no braço com minha unha, o sangue caiu no robo causando curto circuito o fazendo cair, fiz o mesmo nos outros dois robôs.

4 robos no chao e uma garota de 1,71 com o cabelo negro preso em um rabo de cavalo alto que balançava ao vento, uma espada fina branca com o cabo negro na mao direita usando roupas de vigilante e uma mascara que cobria a boca e o nariz. Eu tinha tudo para ser confundida com um ladrao de tesouro.

No momento em que coloquei minha espada nas costas e virei, eu senti uma presença, algo me olhando. Parei no lugar e olhei ao redor, mata, muita mata, plantas e arvores enormes, um lugar perfeito para alguem se esconder. No momento em que me virei para voltar a andar, um garoto da minha idade parou na minha frente.

-Você é extremamente habilidosa -ele disse enquanto andava em minha volta examinando meu corpo- parece que luta desde sempre. Pensa rapido, age rapido, ótimos reflexos, seria uma ótima fatui.

Fatui. Entao ele era um fatui, o mal em figura de gente talvez? Ou somente um garoto idiota que sai espalhando fofoca.

O ignorei e passei por ele voltando a sair da copa da floresta, o garoto me seguiu o caminho inteiro enquanto fazia perguntas.

Chegamos a um ponto da floresta onde nao tinham muitas arvores, eu conseguia ver o albergue.

-bem, agora vá embora -eu disse enquanto parava de andar- vá, suma daqui logo e me deixe em paz! -eu disse perdendo a paciência.

Ele me olhou e sorriu, passou por mim e me abraçou rapidamente enquanto voltava a correr rindo. A verdade, era que desde que minha visao foi despertada, eu nunca senti que pertencia a algum lugar, sempre me senti deslocada do mundo, como se ninguem merecesse minha presença, mas quando esse garoto chegou do nada e começou a me tratar relativamente bem e conversar comigo, pela primeira vez em tempos eu me senti leve. Senti que pertencia a este mundo, senti que esse maldito garoto é meu porto seguro. Eu me senti bem, com ele, me senti leve, com ele.

*FLASHBACK OFF*

No exato maldito momento, estou levantando da cama na força do ódio com um PÉSSIMO pressentimento, sabe? Quando vc fica com um aperto no peito, ansiedade atacada, tremedeira e uma grande sensação de que algo vai dar errado? essa é a sensação de uma pessoa ansiosa quando algo ou alguem some sem motivo, essa é a sensação de que vc tem culpa de tudo mesmo nao tendo culpa de nada, essa é a sensação de sentir uma perda, mas o estranho, era que eu nao tinha perdido nada, nada tinha mudado, eu apenas tinha acordado em mais um dia normal.

Me levantei, coloquei a roupa que uso pra ir em missoes/quests e sai de casa. 10 minutos andando, 15 minutos, 20 minutos, nada, nada de childe aparecer, nada de caos acontecendo, nada de barulho na rua, suspeito. Fui até Katheryne e peguei 4 missões, despenhadeiro, espinha do dragão, Porto de lyuue e Vila qince. Primeiro fui no mais perigoso, espinha do dragão.
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No momento que coloquei o capuz e pisei na neve, paralisei. A mesma sensação de hoje de manha, algo me dizia para nao prosseguir, mas eu continuei. Andei até a caverna brilho estrelar e procurei o monumento. Quando achei a maquinha, ela estava cercada por guardas das ruínas, estavam quietos, imóveis, desligados. Me aproximei lentamente evitando qualquer movimento brusco, mas um grito me fez parar.

-quieto fatui maldito! -um grito de uma voz desconhecida ecoou a caverna e meus ouvidos- voce nao tem mais saida!

Meus instintos diziam para eu correr para longe, e eu corri, em direção a voz. Quem dera eu tivesse ouvido meus instintos, no momento em que eu cheguei eu me arrependi no mesmo instante. Childe estava no chao, na neve fria, em uma poça de sangue, deitado de bruços. Eu corri, corri e o abracei tentando manter seu calor, ele respirava, estava vivo.

Corri com childe no colo enquanto tropeçava em meus próprios pés. Sai da caverna rapidamente enquanto ia em direção ao porto de lyuue, no momento que pisei no porto, milieths me cercaram apontando suas armas para mim.

-Porfavor -eu disse com a voz falhando- porfavor, porfavor, porfavor -eu comecei a chorar, lagrimas quentes escorriam pelo meu rosto- me deixe salva-lo, porfavor -eu implorava pela vida dele, entao eu cai de joelhos no chão o abraçando- deixem-o viver , eu imploro, por favor.

Dois dos guardas se aproximaram o pegando de meus braços, entao o beijei na boca. Apenas um selinho, eu sentia que esse beijo seria a ultima vez.
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Hoje, eu veria a sentença dele. Eu sabia que era arriacado traze-lo, eu sabia que daria merda, mas eu fiz, porque eu fui egoísta, eu pensei nao minha felicidade do que na segurança dele. Aqui estou eu, assistindo sua sentença.

-Ajax Tartaglia -disse o juiz se referindo a childe- voce assume os crimes que cometeu?

Childe abaixou a cabeça e suspirou alto, ele olhou para mim e sorriu. Nao era um sorriso de tristeza, era um sorriso que trazia a mensagem de esperança, de que ele finalmente estaria livre dos próprios demônios. Esse sorriso, foi o ultimo sorriso que ele com certeza daria.

Eu estava ao lado do juiz, lentamente me aproximei de childe.

-se afaste -disse o juiz- fique longe dele, esta louca?

O juiz exclamou tentando me puxar.

-nao me culpe.. -ajoelhei ao lado de childe e o dei um selinho- o amor me deixou louca, e se voce nao se sente assim, voce nao ama direito.

Eu aceitei a morte ao lado dele. Eu sabia que a partir do momento que eu me colocasse ao seu lado, a sua defesa, eu também seria dua cúmplice.

-eu assumo -eu disse alto enquanto olhava os olhares impressionados e assustados das pessoas- todos os crimes, ao lado dele.

Um homem alto, forte e com uma máscara no rosto de aproximou. Ele segurava um facão com a lamina extremamente afiada.

Ele cortou primeiro a cabeça de childe, e quando eu esperei ele cortar a minha, alguem me puxou. Meus olhos marejaram e eu olhei para cima vendo Xiao, eu gritei, gritei para me matarem e deixarem eu ir com ele. Eu implorei para me deixarem morrer. Apenas o amor pode machucar assim, e aquele beijo, ahhh, aquele beijo, com certeza foi um beijo mortal. O ultimo beijo.

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Quando eu acordei naquela manhã, eu sabia que seria a ultima vez. E realmente foi

Childe? Me recordo dele.Onde histórias criam vida. Descubra agora