two.

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Depois do ocorrido da escada, fui para o quarto da Devi e lá ficamos por horas conversando sobre tudo. Contei a ela sobre os novos vizinhos, e ela me disse que ia vir na minha casa só pra ve-los. Contei que quando olhei para a janela vi um dos supostos rapazes, que parecia mais um fantasma. Ela ficou pasma com aquilo, disse que adorava um mistério, e eu apenas ri da sua cara. Como se aqueles dois rapazes fossem psicopatas. Ouvimos várias músicas e tiramos várias fotos, foi realmente muito divertido passar a tarde com ela.

Quando fui embora, não vi Pierre, nem a Sra. Stones, mas não me preocupei em me despedir deles, apenas me despedi do Sr. Stones e fomos embora.

(...)

- Uma pessoa que faz isso é muito cruel mesmo. - Meu pai diz, sentado no sofá e atento na TV, ao contrário de mim.

- Quem? - Pergunto a ele após tirar os olhos do celular.

- Acabaram de descobrir que mataram dois homens com quatro tiros na cabeça, e teve sinais de torturamento no corpo dos homens.

- Houve motivo? - Desligo o celular e olho a TV.

- Até agora não descobriram, mas pra ter tortura e bala na cabeça tem que ter algum motivo. - Meu pai diz desapontado.

- Infelizmente há pessoas que matam por prazer, e torturam para ouvir os gritos satisfatórios de suas vítimas.  - Olho para o meu pai, que está olhando para mim com uma expressão assustada.

- Essa frase é de um livro pai, tô brincando. - Começo a rir.

- Eu não quero ter uma filha assassina, já tenho problemas demais. - Ele ri junto comigo.

(...)

Como já estava de noite, acabei indo dormir depois de assistir TV com meu pai. Estava muito calor, então deixei a janela do meu quarto aberta para que o vento entrasse por ela. De repente, acordo com um barulho vindo do lado de fora, esfrego os olhos e me levanto da cama, indo em direção a janela.

Quando olho para fora da janela, observo um rapaz com uma blusa preta e uma calça da mesma cor, discutindo com outro rapaz que parece assustado, mas bravo também. Provavelmente o rapaz de preto é um dos novos vizinhos, digo isso pois ele se parece com o rapaz que vi na janela mais cedo.

Eu, entretida com a "discussão" dos dois, mantenho os olhos fixamente neles, esquecendo que a janela está toda aberta. Em um piscar de olhos, o rapaz que está de preto olha diretamente pra janela, rapidamente eu abaixo e acabo esbarrando meu braço na escrivinaninha do lado da janela, fazendo minha luminária cair. Droga.

Ouço passos vindo até meu quarto, quando olho para trás vejo minha mãe abrindo a porta, com agilidade me levanto e viro para ela antes que ela me visse agachada em frente a janela.

- Está tudo bem? Ouvi um barulho vindo daqui. - Minha mãe diz.

- S-sim, eu só fui.. eu só fui fechar a janela e acabei esbarrando meu braço na luminária, como eu sou desastrada. - Solto um riso nervoso e minha mãe apenas sorri e fecha a porta novamente, me fazendo soltar um suspiro de alívio.

Quando me viro de novo em direção a janela, os dois rapazes que antes discutiam, não estão mais lá. Estranho, pois minha mãe não ficou nem três minutos aqui, mas ignoro e fecho a cortina, voltando para a cama.

Julho, 03.

Diferente de ontem, hoje acordei com a maior preguiça, eu não queria levantar da cama, só queria dormir mais. Mas como estou no verão, não posso deixar que esse lado Piper preguiçosa me atinga, além do mais, cheguei a conclusão que quero conhecer meus novos vizinhos e mostrar que sou uma boa e amigável vizinha.

O ASSASSINO AO LADO - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora