Impaciente

Capítulo único

AVISOS: conteúdo adulto, sexo oral, sexo com proteção.

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Cansado de conferir o relógio a cada 2 segundos, Katsuki virou de bruços na cama e enfiou a cara no travesseiro, bufando. A hora não passava, estava ficando irritado, e quem normalmente o acalmava não estava em casa. Ao menos não naquele momento. Ochako estava prestes a voltar da primeira viagem em missão de sua carreira, o que ele tinha certeza que a ajudaria em seu ranking e o fazia se sentir incrivelmente orgulhoso dela. E ele, como um bom namorado, estava responsável por buscá-la no aeroporto. O problema? Eram 8h da manhã e ela só chegaria no final da tarde.

Seria o dia mais tedioso de toda a sua vida.

Sem a mínima vontade, o loiro finalmente decidiu levantar e tomar café da manhã. Pra ajudar, não teria nem o trabalho para o distrair, pois tinha pego o dia de folga. Talvez se pedisse com jeitinho, lhe permitiriam trabalhar pelo menos o período da manhã... Argh, sabia que Ochako brigaria se soubesse que ele estava tentando trabalhar no dia de descanso. Encontraria outras maneiras de fazer o tempo passar.

E depois de dar um tapa na casa, assistir a um filme e jogar um pouco, estava sem ideias do que mais fazer para acabar logo com o dia. Decidido a começar a se arrumar, tomou um banho mais demorado que o normal, trocou-se devagar e saiu de casa. Tentou dirigir com calma, mas o aeroporto nem era tão longe assim. Chegou ao seu destino um pouco antes, mas era melhor do que ficar olhando pro teto da própria casa. Sentou em um canto qualquer, desviando de qualquer paparazzi que pudesse ter para esperar em paz.

Pois é, nunca imaginou que estaria nessa situação por alguém e muito menos que seria pela bochechuda, mas cá estava ele, o grande Bakugou Katsuki, choramingando sozinho que não aguentava mais ficar longe da mulher que ama. Tudo começou quando ela apareceu para treinar na mesma hora que ele e o Kirishima treinavam; logo ela estava com eles todos os dias e pouco depois os dois estavam de amasso pelo chão do ginásio, aproveitando que o amigo tinha faltado ao treino naquele dia. Quando se deram conta, estavam em um relacionamento sério e, após a formatura, decidiram morar juntos — ela deu a ideia e ele concordou, mas o rapaz gostava de pensar que teve alguma participação.

Os segundos se tornavam minutos e todos se arrastavam em uma velocidade que o fazia se questionar se estavam sob efeito de algum tipo de individualidade. Mas enfim pôde escutar o que tanto queria: o anúncio de que o voo de Ochako estava pousando. Bufando para si mesmo — no fundo, indignado com toda essa idiotice que estava se fazendo passar —, levantou e foi em direção ao portão de desembarque que ela sairia. Só queria pegar ela logo e ir pra casa. Será que ela acharia muito ruim se a jogasse nos ombros pra ir mais rápido?

— Finalmente! — reclamou quando a viu saindo.

— Eu cheguei no horário previsto. — Ela ergueu a sobrancelha e deu um sorriso de lado. — A não ser que você estava sentindo tanto a minha falta que ficou aqui esperando faz tempo.

— Tsk, não fala idiotice. — O loiro revirou os olhos e a abraçou com força, afastando-se apenas o suficiente para que pudesse lhe dar um leve beijo.

— Alguém tava com saudade e não sabe admitir — ela cantarolou. — Sorte dele que a namorada também estava e não vê a hora de ficarem juntinhos.

— Então vamos logo pra casa.

Katsuki ajudou com a bagagem com uma mão e entrelaçou os dedos aos da namorada com a outra. A mulher só pôde rir baixinho, seu namorado nunca mudava e ainda era um grande orgulhoso, mas ela o conhecia com a palma de sua mão e sabia ler todas as entrelinhas.

A corrida de volta foi mais rápida, se alguém perguntasse para o rapaz. E quando se deu conta, já estavam aos amassos casa adentro, fechando a porta da sala com o pé e jogando as malas em um canto qualquer. Aos tropeços, chegaram no quarto e só pararam quando ele sentiu o macio da cama em suas costas.