STORY

Chapter 1

Ligo novamente novamente a TV em alguma emissora em que esteja passando algum jornal.
Está ficando cada vez mais difícil criar algum personagem sequer para esta história, e neste caso eu estou tentando criar um vilão.

Vou mudando de emissora até encontrar um jornal policial qualquer. Com viaturas em disparada em direção à um carro preto em alta velocidade. Tudo sendo gravado por um helicóptero acima deles. Lá no helicóptero, tem um jornalista falando alto, sobre um criminoso foragido conhecido como M.M, que está sendo caçado há meses.

Logo a inspiração surge: o vilão será um assassino  muito procurado por todo o país, igual ao M.M. Desligo a TV e vou até meu notebook iniciar meus rascunhos.

(...)

Acordo com a luz do sol sobre meu rosto. Me fazendo perceber que eu dormi com o notebook sobre meu corpo. Me levanto, guardo o mesmo e vou ao banheiro iniciar minha rotina diária.

Chegando em minha escola, avisto André e Olívia, meus amigos. Conversamos sobre coisas aleatórias até o sinal tocar e entrarmos em nossa sala de aula.

(...)

Chega o intervalo e nós três fomos ao refeitório. Chegando lá, alguns alunos nos observam com certo "desprezo", já que somos conhecidos como os "esquisitos".

Nos sentamos sobre uma mesinha pequena num cantinho mais afastado deles e começamos a conversar novamente.

- Então, Mily, como anda sua história? - pergunta o André.

- Sim! Ontem você estava procurando algum nome para o vilão, certo?- diz Olívia e eu confirmo com a cabeça.

- Então, conseguiu decidir um nome?- pergunta o André.

Meus amigos sempre souberam do meu amor por escrever, e desde sempre se mostraram curiosos, o que fez eu me sentir à vontade para falar sobre.

- Ah. Ontem eu vi em um jornal policiais caçando um assassino foragido.

- M.M? - deduz Olívia.

- Sim, ele mesmo.

- Mas, o que ele tem a ver com sua história? - indaga o André.

- Eu decidi deixar o vilão parecido com ele.

- Ah. - eles respondem ao mesmo tempo.

- Então o seu personagem será tipo um fora da lei caçado pela polícia?- diz Olívia.

- Sim. Só não arranjei um nome para ele ainda.

Depois disso, ficamos em silêncio.  Observo a feição de cada um dos dois, e percebo que os mesmos parecem muito pensativos.  Certeza que estão pensando em algum nome.

Pego uma vasilha de dentro da minha mochila, tiro de dentro da mesma um sanduíche e começo a comê-lo. André e Olívia parecem desistir de pensar em algum nome e fazem o mesmo.

(...)

As aulas de hoje acabaram, e cá estou eu novamente conversando com meus amigos enquanto saímos de nossa sala de aula. Combinamos de ir à uma lanchonete conversar mais um pouco. Chegamos lá e começamos a conversar novamente. Até que nossos relógios marcaram 17:45 e tivemos que voltar para casa.

Mal chego em casa e minha mãe me diz para ir ao mercado comprar umas coisas. Troco de roupa, pondo uma mais leve e saio de casa.

Chego ao mercado, pego tudo que há na lista e vou até o caixa eletrônico. O som da porta se abrindo se faz presente naquele ambiente, olho para trás e vejo um garoto com um moletom preto da Chicago Bulls, com o capuz cobrindo sua cabeça, e uma máscara, deixando quase impossível ver seu rosto. Desvio o olhar, e pego a sacola com a mercadoria. Mas, quando vou sair do mercado,  um homem que havia acabado de chegar segura meu braço esquerdo e saca uma arma, mandando todos lá presentes se ajoelharem, inclusive eu, enquanto outro homem tranca com correntes a porta da frente do mercado.

Olho ao redor e vejo exatamente o mesmo homem que estava nos jornais ontem, M.M. Ele está olhando em direção ao garoto do moletom, dizendo algo como "Venha aqui, M.D". No mesmo instante, o garoto cai em direção à ele.

Desvio novamente o meu olhar para todos que também estão ajoelhados. Tem pessoas calmas e desesperadas. Pessoas em pânico, chorando e implorando, crianças pedindo para voltar para casa. Disfarçadamente olho novamente ao M.M e o garoto, certamente eles estão discutindo. Até que o garoto vem em minha direção e diz:

- Passa tudo o que você tem aí!

Rapidamente pego tudo o que encontrei em meus bolsos e entreguei a ele, que ao ver ficou frustrado.

- Apenas isto? - pergunta o ele jogando na minha cara.

- S-sim...

- Você é o quê? Uma mendiga? Só pode ser com estes trapos!- diz ele, resmungando algo que eu não consegui entender e logo se levantando.

O tempo vai passando, e eu escuto um dos capangas avisando ao homem que a polícia está a caminho do mercado. Ouvindo isso, ele grita:

- Quem chamou a polícia? - todos ficaram calados, tirando um homem que estava tremendo e chorando meio alto.- Revistem-o- ordena à dois capangas.

Eles vão em direção ao homem, que fica cada vez mais espantado com o aproximar deles, o levantam e começa a revistá-lo. Até um dos homens se levantar com um celular ligado em mãos.

- Chefe.  Olha o que eu achei.- diz ele se aproximando e o entregando o celular.

M.M consegue desbloquear o celular, e diz:

- Contou para a sua esposinha?

- P-por favor mo-moço... nã-não faz nada c-com ela... Por f-favor...- implora ele chorando.

Ele o olha com um sorriso assustador e se aproxima dele, ainda olhando o celular.

- Você tem uma bela esposa...- o homem está soluçando cada vez mais rápido - e sua linda filhinha... quantos anos ela tem? Cinco? - o homem afirma com a cabeça, com seu rosto vermelho, olhos apertados e se mexendo para frente e para trás.

Todos ao nosso redor estão cada vez mais horrorizados, pais e mães abraçando seus filhos, com medo de que o homem faça algo com eles.

- Fique tranquilo... não vou fazer nada com sua família...- ele olha para os seus capangas e continua- preparem tudo para a fuga, pois preciso fazer algo antes de ir.

Todos eles o obedecem e ele agarra o homem pelos braços, o levando até o banheiro.  Em questão de segundos se ouve daqui o grito do homem e uma estrondo muito forte. Logo ele sai de lá com uma arma em mãos e corre até a porta dos fundos.

Poucos instantes depois, com todos lá chorando alto, crianças gritando horrorizadas, a polícia chega e conseguem entrar em pouco tempo lá.