Prólogo

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Cara... Eu estou tão cansado! Minha panturrilha esquerda está doendo tanto... — penso olhando em direção a minha panturrilha esquerda — Será que eu vou consiguir aguentar até o final do quarto tempo? Estou sentindo minha cabeça zumbir tanto. Minha garganta está parecendo um deserto escaldante de tão seca... Mas esse vestiário parece estar tão frio, fazendo um contraste gritante com a sensação de queimação na minha garganta, meu corpo treme com calafrios enquanto o suor insiste em sair pela minha pele.

—Noah.... Noah... NOAH!!!
— PUTA MERDA, LUCAS!? Caralho!!! Por que você gritou no meu ouvido? Porra! Fala baixo!

Tampo meu ouvido esquerdo com uma mão. Enquanto lentamente levantando a cabeça, olho pra ele parado exatamente na minha frente, examino seu corpo dos pés à cabeça; nunca reparei que seus pés eram tão grandes. Seu short curto de tecido leve me permitiu ver suas pernas musculosas com veias expandidas.
Meu olhar foi atraído por uma protuberância com formato cilíndrico apontado pra direita, que se projetava em sua virilha — "Ele tem pau grande!". Suas mãos estacionadas uma de cada lado da cintura guiavam meu olhar. Ele estar perigosamente perto de mim, coloca seu mastro ainda mais em evidência, não consigo deixar de notar o contorno bem demarcado da sua glande; ouço minha garganta deglutindo ar — deve ser a sede...

Conforme subia minha visão, fui hipnotizado com a imagem da sua camiseta suada, que se agarrava em seu corpo, sua cintura estreita e os gomos na sua barriga esculpida em sua roupa. Seus peitorais que normalmente ficam invisíveis em sua camiseta larga, ficou perfeitamente demarcado, gritando por atenção, enquanto seu mamilo que estava totalmente endurecido, igual ao seu pênis, acena pra mim, como se quisesse dizer "me pegue".

Ele é um pouco mais baixo do que eu, acho que em torno de 1,80m de altura. Seus cabelos ruivos, molhados de suor, davam uma aparência sexy rebelde, dando-o uma vibe de garoto mau que exala perigo. Em seus olhos castanhos com tons de verde pude ver meu reflexo, exibindo a intensidade com que ele me encarava, sentimentos que não entendo me obrigaram a desviar o olhar; acho que as mulheres diriam que ele é bonito pra caralho!

Sinto minha cueca ficando apertada e, em pânico, coloco uma toalha no meu colo — O que diabos está acontecendo comigo, porra!? Eu não sou viado!

— É porque eu tô te chamando e você não responde! Tó água, não vi você bebendo desde o começo do jogo e o intervalo só tem 15 minutos, então é melhor se apressar, Se o nosso principal pivô desmaiar de desidratação no meio da partida, nós vamos acabar perdendo... Você tá legal? Seu rosto tá bem vermelho.

— Valeu, é só a minha garganta que tá doendo de tão seca — digo enquanto pego a garrafa.

Enquanto o líquido descia pelo meu esôfago, tive a impressão de estar saindo de um deserto escaldante para um oásis com açude de águas cristalinas. Imediatamente sinto minha cabeça ficar mais focada, meu corpo mais relaxado; essa sensação finalmente faz minha cueca se afrouxar — graças a Deus abaixou!

— Também tô sentindo uma leve dorzinha na panturrilha, mas já coloquei gelo, então tá de boa... Não acredito! Parece que o treinador vai recitar aquela poesia tosca de novo, tô vendo ele com aquele livro horrível de poema motivacional que ele escreveu, lá vai ele torturar a galera — eu digo rindo e apontando em direção a rodinha que se forma do outro lado do vestiário, tentando desviar a atenção do que estava na minha frente.

— Meu querido time, passamos por vários desafios pra chegar até aqui, agora estamos no terceiro tempo das finais estaduais do ensino médio. Por isso vou recitar o mesmo discurso que fiz no começo deste campeonato, o que nos deu a motivação de chegar até aqui.

"Se vai tentar, siga em frente.
Senão, nem comece!
Isso pode significar perder namoradas,
esposas, família, trabalho... e talvez a cabeça.
Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar..."

Minha atenção é tirada desse lixo de poesia quando sinto minha panturrilha latejar, como se ela estivesse sendo mordida por vários ratos, e com cada mordida, um pedaço era arrancado. Pego novamente a bolsa de gelo pra pressionar meu músculo contraído, tentando entorpecer a dor que está me torturando.

— NOAH!!

— Puta merda dá pra parar de gritar no meu ouvido, droga! — olhando pra cima me deparo novamente com aquela monstruosidade; meus olhos insistem em me mostrar esse cilindro de carne gigantesca, que parece estar pulsando em frente ao meu rosto, como se fosse pular pra fora e me acertar com força.

— O intervalo já tá acabando, vamos pra quadra, rápido! — disse Lucas.

Sua cabeça segue a direção do meu olhar; ele encara seu próprio rolo de carne e levanta levemente os olhos para se encontrar com os meus; em sua boca se revela um sorriso de canto, com um olhar que fez-me sentir exposto.

— Gosta do que vê? — ouvi-lo dizer isso, enquanto aperta o próprio pau e balança aquele monstro duro para cima e para baixo, me desconcerta de uma forma estranha.

— Sai fora! com esse negócio aí pulando pra fora, qualquer um olharia, seu tarado pervertido! — embora minha voz carregasse certo tom de desprezo, uma leve tremida na minha fala revelava um pânico que desesperadamente tentei disfarçar; mas, exatamente, o que eu estou tentando esconder?

Ele aproxima a cabeça em direção a minha, e sua boca se aproxima do meu ouvido esquerdo, sinto sua respiração quente, e isso faz meu corpo, que está tremendo de frio arrepiar. Minha cueca novamente se aperta em meio à violenta pulsação do meu pênis.

— Não precisa ficar com vergonha, eu até posso deixar você tocar; e, se você for um bom garoto, quando formos tomar uma ducha, deixo você usá-lo pra outra coisa, aquela que eu sei que você sempre quis — disse ele sussurrando.

Aquilo me assustou tanto que fiquei petrificado! Sua mão desliza pelo meu braço direito até chegar na minha, e, com uma velocidade e uma força irresistível, ele leva minha mão no seu pau e começa e se masturbar com ela. Minha mente entrou em choque ao sentir aquilo pulsando em meus dedos; a sensação de tocar o pau de outro homem é completamente diferente; nunca imaginei sentir algo assim... Volto à realidade; ao me lembrar de onde eu estava, olho amedrontado ao redor, imaginando se alguém tinha visto o que estava acontecendo aqui.

Fico completamente aliviado ao ver todos indo em direção a saída que dá para a quadra, deixando-os de costas pra nós. Mas esse sentimento logo foi estraçalhado ao sentir outra pulsação, só que dessa vez, muito mais forte, como se ele fosse gozar na minha mão; travo novamente, imaginando o que aconteceria em seguida, até que ele retira minha mão do seu mastro.

— Gostou mesmo hein! Segurou gostoso! Já que você se divertiu tanto assim...

Sinto sua mão tocando minha nuca e minha cabeça é empurrada em direção ao seu quadril; meu rosto começa e ser esfregado prum lado e pro outro várias vezes, enquanto sinto seu pau pressionado contra minha cara. Meu pênis espirra pré-gozo, minha boca se abre e solto um gemido vergonhoso, o que pareceu excitá-lo ainda mais. Sou imediatamente tomado pelo pânico — o que caralhos é isso?

Quando começo a pensar em reagir, ele empurra minha cabeça pra trás e diz:

— Brincadeira cara! Não precisa ficar assustado assim, até por que você também tem um aí no meio das pernas; isso é uma brincadeira normal entre amigos, relaxa!

Sou tirado do meu pensamento com a fala dele; então era só uma brincadeira... Ufa... Não sabia que existia brincadeiras assim entre homens; por um momento achei que ele fosse bicha.

— Como se eu tivesse com medo de algo assim! Essa minhoquinha aí não assusta nem uma formiga! Nem senti esse projeto de penis, será que ele tá aí mesmo? Vamos logo pra quadra, senão vamos levar xingo pelo atraso. 

Com a panturrilha anestesiada, guardo a bolsa de gelo e rapidamente acompanho meu time no retorno da pausa entre o 2º e o 3º tempo. Fugi do que quer que estivesse acontecendo naquele banco, que estava levemente afastado do sarau de poesia amadora do coach. "Ainda bem que era só uma brincadeira...". Fiquei chocado que o tempo tenha passado tão rápido, quase chego atrasado na quadra. 
"Beee!!!" e começa o terceiro tempo.

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