Capítulo 88 - Quando tudo se encaixa [1]

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A lua crescente no alto do céu foi gradualmente coberta por nuvens escuras à deriva.

Dentro de um grande parque, as lâmpadas noturnas iluminavam os arredores, desconectando a escuridão que se espalhava pelo ambiente.

"ah..."

Sentado em um banco, a respiração tênue e rítmica de um jovem perturbava o ambiente tranquilo e silencioso.

"ah!"

Ao acordar, encontrei-me sentado em um banco no meio do parque.

Apertando os olhos para me familiarizar com a iluminação vinda das lâmpadas, esfreguei a testa.

Instantaneamente, lembrei-me de tudo o que havia acontecido dentro da minha consciência...

"Fouuu..."

Ao fazer isso, respirei fundo.

Pensar que a história de Ren foi tão trágica...

Ter seu próprio melhor amigo se transformando em um vilão e, no processo, fazer com que ele amaldiçoe seus próprios pais, além de chantageá-lo para fazer seu lance...

'Trágico' era a palavra perfeita para descrever o que ele passou.

Lembrando a figura solitária de Ren enquanto ele passava por suas memórias dentro da minha consciência, eu me lembrei de focar minha atenção em seus olhos.

... Aqueles olhos cheios de tristeza e solidão enquanto ele compartilhava suas memórias comigo.

Pensando bem, tudo isso não teria acontecido se Matthew não tivesse assinado um pacto com um demônio e se tornado um vilão...

Assim que ele fez um pacto com um demônio em troca de poder, Matthew perdeu o controle de suas emoções... com por causa desse poder

...Ao fazer isso, ele escolheu destruir a vida de Ren.

A única pessoa que nunca o abandonou...

-Ring! -Ring!

Enquanto eu estava olhando para a lua em pensamentos profundos, meu telefone tocou.

"..hm?"

Olhando para o registro do telefone, notei instantaneamente uma grande notificação aparecendo diante de mim.

[Mamãe ligou 5 vezes]

Vendo a notificação, eu imediatamente peguei o telefone.

—Ren! onde você esteve!

Quando atendi a chamada, uma voz alta escapou dos alto-falantes do telefone. Sem pular uma batida, afastei o telefone do meu ouvido.

Como eu tinha visto o identificador de chamadas, eu já sabia que isso ia acontecer.

Depois de ter certeza que minha mãe se acalmou, colocando o telefone de volta no meu ouvido eu respondi

"Ah... na verdade estou no parque no momento"

-No Parque?

"Bem, eu estava treinando e de alguma forma perdi a noção do tempo"

No final, essa é a desculpa que eu inventei.

Já que fui pego de surpresa pela ligação, essa era a desculpa mais plausível que eu poderia usar para evitar qualquer suspeita dela.

Felizmente, ela não pressionou mais e suspirou.

— Suspiro, o que vou fazer com você? Tudo bem, apresse-se e volte para casa ou então não haverá jantar para você.

"Tudo bem, estarei lá em breve"

The Author's POV (Vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora