truths being told

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EEEELA É DA BAGACEIRA E ALÉM DE BONIIIITA É GOOOOSTOSA E SOLTEIRAAA

capas com cores escuras como os tempos sombrios que virão o.O

Point of View: Lalisa Manoban

PLAY: Silhouettes (Of Monsters And Men)

Se meu coração errara as batidas com a -não tão- simples ligação de Jeon, quando Lilly atravessou a rua ele literalmente parou. Por sorte o carro conseguiu frear a tempo de não pegar em seu corpo e ela continuar sua corrida incessante para longe de nós. Eu pedia, praticamente implorava, que ela parasse, porém, ela não o fazia, portanto, passando a frente de Jennie saltei em seu corpo quando chegamos numa área de grama, tinha certeza que não a machucaria.

Agarrada em sua cintura fui empurrando-a até que seu corpo estivesse enfim contra o chão enquanto meu braço livre amparava nossa queda; por ela se debater tornava tudo ainda mais difícil. Minha filha agora chorava tão alto quanto Jennie e confesso que isso estava me tirando dos eixos de sanidade, me sentia de mãos atadas. Respirei fundo tentando entender o lado de Lilly, com adolescente tudo é muito mais intenso.

Lisa: Lilly(!), espera filha. -Falei um pouco mais alto para que ela me ouvisse em meio a seu choro desesperador- Meu amor, deixa a gente te explicar, por favor. -Clamei sentindo seu corpo ainda se contorcer tentando se ver livre de mim-

Lilly: ME SOLTA, ME SOLTA. -Pedia se contorcendo contra meus braços e com muito custo consegui me colocar sobre suas coxas e segurar suas mãos contra meu peito onde ela estapeava ao tentar se soltar- EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊS, NÃO QUERO OUVIR NADA DE VOCÊS QUANDO VOCÊS NÃO TIVERAM A MÍNIMA CONSIDERAÇÃO DE ME CONTAR ALGO SOBRE A MINHA VIDA. -Praticamente gritava com lágrimas grossas lhe escorrendo na lateral do rosto-

Jennie: Filha, por favor, me escuta. Eu vou te explicar tudo, você só precisa se acalmar um pouco. -A postura ajoelhada ao lado de nossa filha e a maneira agoniada como arrumava a mecha atrás da orelha indicavam seu implorar-

Lilly: Filha? Agora... agora eu sou sua filha? -O ressentimento era evidente em sua voz através dos soluços dolorosos que a escapavam- Depois de dezessete anos você reconhece isso? -Talvez eu devesse ter comentado com Jennie sobre isso, Lilly fere o que ou quem for para tentar voltar para sua zona de conforto emocional- E pensar que eu te admirava enquanto você só mentia para mim junto com ela. -Com o queixo indicou-me num tom que não me agradou em nada-

Jennie: Você nunca deixou de ser minha filha, Lilly. -Ainda muito chorosa e com a voz falha minha Nini argumentou mais uma vez arrumando o cabelo que lhe insistia em moldar o rosto- Eu te juro por tudo que é mais sagrado que não teve um dia que eu não te procurasse ou sentisse sua falta, eu te amo mais que a mim mesma, meu amor.

Lilly: Me solta! -Por pouco não rosnou em minha direção, e se estivéssemos em outras circunstâncias eu a terei dado uns tapas- Eu não quero ficar aqui...

Lisa: Só se você prometer que conversaremos como pessoas civilizadas. -Propus mesmo sabendo que ela não aceitaria-

Jennie: Escuta sua mãe, Lilly. -Pediu sentada sobre os joelhos numa posição de pura derrota-

Lilly: Ela não é minha mãe. -Fez questão de me encarar duramente, aliás tão dura quanto suas palavras ferinas-

Nesse exato momento não tive outra reação além de resfolegar e sentir minhas pernas cederem para o lado, assim como meus braços que afrouxavam o aperto. Enquanto eu caia sentada e estática Lilly se erguia e mais uma vez, com os saltos nas mãos, corria na direção oposta à nossa; mais a frente Ryujin a esperava acenando em pé ao lado de um carro. Menos mal, estaria com alguém de minha confiança.

Ma Chérie - Jenlisa e ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora