FETICHES

TARDE COM O VIZINHO BOMBEIRO

Hei amores!

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MARIA ALICE

Dormir.

É disse que tenho sentido falta de fazer nas últimas semanas, ou seja, antes do meu vizinho desgraçado se mudar para o apartamento ao lado do meu.

Por que não consigo dormir?

Porque o infeliz colocou a cama dele na mesma parede da minha, ou seja, o homem todos os dias traz mulheres diferentes umas das outras e passa a noite e a madrugada inteira fodendo.

E consequentemente, eu sou obrigada a ouvir os gemidos, gritos escandalosos e a porra da cama batendo contra a minha parede, o pior é que eu preciso acordar cedo nas manhãs seguintes pois trabalho em outra cidade longe de onde eu moro.

O trânsito de todas as manhãs também não ajuda nenhum pouco, por isso acordo mais cedo do que o normal para ir trabalhar, mas dormir apenas duas ou três horas por dia piora a minha vida.

Não conheço o desgraçado e ainda não tive a oportunidade de vê-lo já que sempre nos desencontramos, mas todas as noites eu me controlo para não bater em sua porta e pedir para comprar um cama silenciosa ou tampar a boca da mulher quando estiver transando.

Tenho mantido controle desde que ele se mudou, a minha reclamação se transformaria em um completo barraco já que não tenho paciência com nenhum homem.

O problema piora quando no meu andar se reside apenas eu, o desgraçado comedor e o senhor João, um amor de senhorzinho pelo qual eu tenho empatia e amizade.

Mas eu duvido que um idoso de quase oitenta anos bateria na porta do vizinho e pediria para o homem abaixar o volume da putaria particular.

A droga do destino pareceu me dá uma rasteira quando descobri da pior forma vergonhosa que o vizinho comedor se tratava de um bombeiro gostoso.

NOITE ANTERIOR

Após um banho relaxante e uma caixa de pizza comida, pego meu gatinho Miau e o levo para a cama onde eu divido com ele todos dos dias.

Tenho um péssimo histórico de convivência com homens, então somente ele pode ter o prazer de dividir a cama comigo.

Miau se ajeita nos meus pés por cima da coberta e se deita no jeitinho que ele gosta, sorrio e faço o mesmo, meu corpo exausto me agradece quando deito a cabeça no travesseiro macio e cubro o corpo com os cobertores quentinhos.

Fecho os olhos e estou quase dormindo quando o pior acontece novamente:

TUUM!

TUUM!

TUUM!

Pego o travesseiro e sufoco o meu rosto contra ele ao soltar um grito alto e irritado, soco o pobre ouvindo os sons costumeiros e destruidores das minhas noites.

— Isso! Me come assim, Enzo!

— Que pau gostoso!

Grunho de raiva jogando o travesseiro longe quando me levanto assustando até o pobre gatinho que corre de mim, calço os meus chinelos e caminho doida pelo quarto ouvindo o barulho da cama do vizinho bater contra a minha parede.

Encaro a droga da parede com os olhos fervendo de raiva e perco o controle quando até os meus quadros começam a tremer e a cair no chão.

Corro e pego uma foto dos meus pais que estavam pendurada em uma parede, mas que agora está quebrado devido à queda no chão, levanto-me e com o sangue fervendo nas veias eu soco a parede e grito: