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"Bem, você já jogou o suficiente, Doffy?" você perguntou, observando Doflamingo de cima. O homem olhou para cima e deu um sorriso irônico quando te viu. "Você veio para zombar de mim, meu doce menino?" ele sorriu, jogando a cabeça para trás e encostado em uma parede de mármore frio. Pesadas correntes de pedra do mar chacoalharam alto.
"Eu disse que era uma má ideia", você o lembrou, cruzando os braços sobre o peito. Doflamingo riu como se tivesse ouvido uma boa piada. Então ele se acalmou.
"Possivelmente. Mas não me arrependo de nada além do que minha família teve que passar. Onde eles estão agora?"
"No outro andar," você disse brevemente e fez um gesto casual com a mão, deixando-o saber que não é um problema.
"A propósito, S/N, me mostre seu rosto. Tantos anos se passaram. Senti sua falta," disse Doflamingo, inclinando-se para frente e descansando sua bochecha em seu punho, de pernas cruzadas. Seu olhar atento, afiado e antigamente encantador gradualmente suavizou. Ele não estava usando seus óculos desde o início. Seus servos o tiraram ao seu comando.
Você suspirou levemente e então começou a desenrolar o tecido leve que cobria seu rosto. Você nem conseguia se lembrar da última vez que tirou aquele véu. Por cerca de quinze anos, você foi uma pessoa anônima que governou o mundo inteiro sem revelar sua verdadeira identidade. Os Cinco Anciões o conheciam como Imu-sama.
Você tirou os sapatos de plataforma alta, que faziam você parecer mais alto do que era, e amassou os pés em um tapete macio e comprido. Era estranho sentir tal superfície com sua pele nua depois de quinze anos quase sobre pernas de pau. Então uma longa capa caiu com um farfalhar suave e aveludado. Você havia tirado sua pesada coroa dourada mais cedo quando chegou ao salão onde seus subordinados trouxeram Doflamingo para você diretamente de Impel Down.
"Por que esconder tanta beleza?" ele perguntou, quase ronronando e sorrindo satisfeito. Então ele estreitou os olhos como um gato bem alimentado e astuto que acaba de comer um pardal.
"Ninguém deveria descobrir quem eu sou," você resmungou, mudando de um pé para o outro. "Você deveria ter feito o mesmo." Você olhou ao redor nervosamente, mas não havia mais ninguém na sala, exceto vocês dois.
"Não, não é para mim," Doflamingo riu novamente. "Todo mundo deveria saber quem eu sou e se curvar diante de mim." Depois disso, ele ficou em silêncio por um tempo. Finalmente, ele disse mais baixo do que antes: "Não se preocupe tanto, meu querido. Estou feliz que você fez o que eu pedi. Significa muito para mim." Ele inclinou a cabeça para o lado, olhando para você como se estivesse devorando você com os olhos e não se cansasse de sua aparência. Você olhou para o tapete, confuso.
Doflamingo estendeu as mãos, mostrando seus pulsos algemados. "Me solte, hein? É por isso que você ordenou que eles me trouxessem aqui. Eu sei disso, meu garoto." Havia uma pitada de capricho infantil em sua voz brincalhona e sedutora. Ele sempre foi assim, um trapaceiro travesso, um curinga.
"Como você é irritante", você bufou, tirando a chave dessas algemas do bolso.
"Eu também te amo, S/N", ele riu alegremente.
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