Corrente 2

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O táxi parou do lado de fora do prédio de Ash. 

Ele pagou o motorista e subiu as escadas. 

Seu smartphone vibrou em seu bolso e seu coração pulou uma batida quando viu que era de Cael. 

Jesus, o que estava acontecendo com ele? 

Cael mandava uma mensagem para ele o tempo todo, todos os dias. 

Agora, ele iria se sentir como um virgem maldito cada vez que Cael mandava uma mensagem?

― Foda-se essa merda. ― Ash empurrou o seu telefone no bolso e entrou. 

Ele fechou a porta do apartamento atrás dele, tirou os sapatos e pendurou o casaco em cima da prateleira perto da porta. 

Era bom estar em casa, mesmo que uma parte dele desejasse ter aceitado a oferta de Cael. 

Neste momento eles estariam amontoados juntos no sofá com Cael divagando animadamente sobre o mais recente aparelho. 

Cael era o único que poderia falar em tecnologia para Ash sem ele querer atirar alguma coisa. 

Ele pisou entre os pisos de madeira para a cozinha para lavar as mãos. 

Elas ainda estavam um pouco pegajosa de quando ele tinha derramado o refrigerante no Dekatria. 

O pensamento o fez apertar sua mandíbula. 

Droga, a última coisa que ele precisava era ser pego em sua raiva com o que tinha descoberto com Maddock.

Maldita faca de dois gumes. 

Ele estava feliz por saber sobre Fuller, mas ele também odiava ao mesmo tempo. 

Não havia nada que ele pudesse fazer com essa informação. 

Ele não conseguia chutar o traseiro de Fuller. 

Ele não podia desfazer o que havia sido feito.

Ash caminhou até seu sofá e caiu sobre ele, apenas olhando para o teto. 

― Foda-se. ― Então ele se lembrou do texto de Cael e tirou o telefone do bolso. 

Ele bateu a tela para abri-lo e sorriu como um narcótico. 

Havia uma imagem de dois pequenos dinossauros verdes bonitos, um maior que o outro, e eles estavam se abraçando, um pequeno coração vermelho acima de suas cabeças.

Ash jogou o telefone na almofada do sofá ao lado dele e deixou cair a cabeça para trás. 

Cara, ele estava ferrado. 

Ele tinha decepcionado Cael. 

Mais uma vez. 

Eles deveriam estar se movendo para frente, não para trás. 

De quem era a culpa? 

Sua. 

Como sempre. 

Seu aparelho tocou, e ele não pensou em responder. 

O toque lhe disse que era sua parceira. 

Com um suspiro, ele o pegou, bateu a tela, e segurou-o ao ouvido.

― Sim?

Estou chegando.

― Agora não é um bom momento. ― Ele murmurou. A campainha tocou, e ele fechou os olhos. ― Você está fora da porta, não está?

Estou.

Ele desligou e foi para a porta da frente. 

Exatamente o que ele não precisava, uma conversa íntima com a sua parceira. 

High Water - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora