Assassinos de Ônix [taekook]

CHAPTER 05

Taehyung

Termino de abotoar minha camisa preta enquanto Jungkook entra no banheiro atrás de mim, murmurando algo baixinho. Não que deva ser chamado de banheiro. A coisa é palaciana, toda em mármore e vidro, e chuveiros. Muitos chuveiros.

— Você está bem aí? — Pergunto por cima do ombro, olhando para o espelho de corpo inteiro ao lado da cômoda para ter certeza de que minha camisa está reta. Falta menos de uma hora para a meia-noite, quando o festival começará com uma festa cerimonial.

— Preciso apenas de um minuto! — Ele responde de volta, mas o pânico em seu tom me leva a acreditar que demorará muito mais do que um minuto. Ele ficou nervoso o dia todo, mesmo quando jantamos com sua família. Talvez seja o jetlag, mas duvido.

Vozes passam pela porta fora de nosso quarto e reconheço as vozes de suas irmãs. Chohee e Hyolin têm quartos nesta ala da monstruosidade que chamam de casa. Eu gostei que acomodaram a família em uma ala e deixaram a outra aberta para convidados, já que parece que metade da aristocracia vampira tinha voado para o festival.

— Ugh! — A explosão de Jungkook é seguida pelo som dele batendo as mãos no balcão.

— A pia ofendeu você? — Pego minha gravata e inclino-me para trás para espiar pela abertura da porta.

Ele está em um robe de seda vermelho, seu cabelo em uma confusão de cachos, diamantes em sua garganta, e suas mãos apoiadas no mármore entre as pias enquanto olha para algum inimigo invisível. Ele é a combinação perfeita de bruto e polido, completamente fora dos limites e ainda tocável.

— Esta tatuagem é um pesadelo! — Ele sibila com os dentes cerrados.

— Quer ajuda? — Enrolo minha gravata em volta do pescoço, mas deixo-a frouxa.

Ele olha com mais força ainda para as mãos, depois assente sem erguer os olhos. — A maldita coisa foi lavada no chuveiro. Achei que deveria durar mais de uma noite.

— Nós vamos consertar isso, — digo com um encolher de ombros enquanto entro no banheiro. Seu cheiro me atinge com a força de um furacão de avelã, quente e doce. Meu pulso dispara. — Talvez você seja alérgico a mim, — provoco-o, pegando a tatuagem temporária do balcão.

— Alérgico às suas piadas ruins, talvez. — Um canto de sua boca se ergue.

— Eu sou engraçado pra caralho, e você sabe disso. — Sua pele é incrivelmente macia sob meus dedos quando levanto seu pulso.

O decote de seu manto se move, deslizando sobre a protuberância cremosa de seu peitoral. Desvio meu olhar, mas é tarde demais. A imagem ficou gravada em minha mente.