No reino do oeste, um imperador vivia a sua vida de luxo e mordomias, juntos com seus servos e as suas concubinas.
No lado de fora dos muros um movimento chamo a atenção da multidão, eram os carregadores do palanque que abriam caminho pelas ruas movimentadas, com muito cuidado para proteger o bem mais precioso que carregavam. Era um palanque elegante, feito da melhor madeira e ornamentado com apliques de ouro nas cortinas que velavam as janelas. Estava claro que este palanque pertencia a uma das famílias mais ricas do reino, e todos sabiam o que ele representava.
Portanto, ninguém hesitou em se afastar para abrir espaço para a procissão para que se aproximarem dos enormes portões que levavam ao palácio real. Alguns olhavam para o palanque melancolicamente, acompanhando-o com os olhos enquanto ele se aproximava dos portões que levavam a um mundo em que a maioria deles nunca conseguiria ver ou ter. Por trás dessas paredes altas havia um mundo de luxo, um mundo sem preocupações, onde ninguém precisava temer a fome ou a pobreza. No entanto, ninguém invejou a pessoa dentro do palanque por seu destino.
Assim que os portões fossem fechados atrás deles, era pouco improvável que voltassem a ver o mundo exterior. Consequentemente, as pessoas apenas sonhavam com essa vida, pois nunca ousariam desejá-la, já que nunca conseguiriam viver naquele lugar.
A mulher dentro do palanque chorava silenciosamente. Embora ela pudesse ver muito pouco pelas janelas veladas, ela continuou olhando para frente, tentando não ouvir a voz do jovem que corria ao lado da procissão e tentando chamar sua atenção. O desespero em sua voz partia o seu coração, mas ela não teve permissão para responder.
- Eles não devem fazer isso! Eles não devem forçá-la a fazer isso, Lady Rin! O jovem gritou.
- Meu coração sempre pertencerá a você, somente a você!
Rin mordeu o lábio e fechou os olhos, tentando suprimir as lágrimas que já rolavam pelo seu rosto. Ela respirou fundo, mesmo enquanto tentava se concentrar no que estava por vir. Não demoraria muito e ela deixaria este mundo e tudo que ela conhecia para viver a num mundo de portas fechadas. Uma vida que ela nunca escolheria para si. Foi uma decisão de seu pai e, como boa filha, ela deveria obedecer.
Todos disseram a ela que era uma grande honra. No entanto, para a jovem não parecia uma honra e sim uma obrigação.
- Meu coração sempre vai bater apenas por você, Lady Rin! O jovem falou.
- Eu nunca vou encontrar a felicidade sem você, nem nesta vida nem na próxima. Eu vou mantê-la para sempre em meu coração, não importa quanto tempo vai passar até que nos encontremos novamente, eu prometo!
Quando os grandes portões se abriram com um rangido alto os guardas avançaram, afastando todos aqueles que tentavam ter um vislumbre de um mundo proibido para pessoas de baixa classe. Um dos guardas impediu que o jovem seguir a procissão, empurrando-o para trás, fazendo-o tropeçar e cair no chão. Mas ele rapidamente se levantou e tentou de novo, apenas para ser empurrado por mais guardas, que impediram o jovem de entrar no palácio.
- Nunca te esquecerei! Ele gritou enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto e estendeu a mão para o palanque em uma última tentativa desesperada de detê-la. Mas era tarde demais.
Os carregadores do palanque carregaram seu precioso bem para dentro e os portões começaram a se fechar novamente.
- Nunca te esquecerei! Os guardas finalmente o soltaram com um bufo de desprezo e voltaram para seu posto junto aos portões.
O jovem caiu de joelhos enquanto chorava, e seu coração sofreu uma longa e dolorosa morte enquanto a mulher que ele, mas amava estava sendo trancada para sempre. Longe dele, longe do mundo.
- Eu nunca vou te esquecer. Ele respirou enquanto enterrava o rosto nas mãos.
- Eu nunca vou te esquecer, Rin-Sama.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A futura imperatriz
RomanceEsta historia é de jovem que foi mandada ao palácio para ser concubina do imperador, mas tudo vai mudar quando o imperador começa a gosta dela.