O Retorno do Bruxo

Nova Chance

Na floresta de Magix tudo aparentava estar na mais perfeita ordem, a vegetação densa composta de gramíneas, arvores enormes e uma grande diversidade de flores fazia daquele lugar ideal para os animais mágicos que ali se encontravam. Em um riacho não muito próximo ao canal que levava ao colégio de Alfea, um enorme monstro deitado sobre flores e arbusto se fazia presente, mas nem mesmo sua aparência deforme amedrontava os passarinhos que aproveitavam para tomar sol em cima dele. A criatura tinha uma cor marrom, sendo grande, musculoso, com uma aparência de uma gárgula, as assas tinham um formato das de um morcego, igualmente grande ao seu corpo. Qualquer um que o visse ficaria apavorado e se manteria o mais longe possível, porém os animais não tinham nenhum problema em se alimentarem e descasassem próxima à fera.

Lentamente o mostro despertou-se, ao abrir os olhos avistou ao seu redor toda aquela vegetação e de imediato levantou seu corpo ficando sentado observendo onde estava e o que aconteceu para estar em meio aos arbustos. Não precisou pensar demais para se lembrar de sua luta com as fadas, um grupo de seis garotinhas foram capazes de vencê-lo. Uma situação totalmente humilhante.

Suspiro consternado e se endireitou para usar o pouco de magia que ainda restava, precisava voltar a sua aparência humana, embora estivesse fraco por perder seus inúmeros encantos após a luta com as fadas. Havia outro contratempo, a fonte de seu poder, a chama do dragão, estava mínima, mal podia senti-la, mas não poderia economiza agora. Andar por uma floresta encantada como um monstro não era nem de longe uma ideia aceitável, os seres mágicos que habitava o lugar poderiam se assustar e chamar por ajuda.

Com esse pensamento em mente, se colocou a tentar reverter sua morfologia, mesmo que isso o deixasse ainda mais fragilizado. Assim, a fera se ergueu e se concentrou em voltar a dua forma humana, em poucos minutos a transmutação aconteceu, revelando um homem jovem, muito pálido, com os cabelos loiros e olhos acinzentados, trajando roupas escuras que condiziam a de um nobre. No instante em que se humanizou, olhou para as próprias mãos e sorriu por voltar ao normal, porém mal deu um passo e a visão ficou turva e deforme e logo foi de encontro ao chão, o desmaio ocasionado pela pouca energia mágica que lhe restava se tornou um longo sono reparador.

No dia seguinte, um elfo passeava próximo ao riacho após colher alguns crisântemos para utilizar em algumas poções. O elfo em questão era Palladium, um dos professores do colégio Alfea. Aproveitou do termino das aulas para colher plantas nos arredores da escola. Contudo, andou um pouco mais do necessário por ter se distraídos com as plantas diferentes que cresciam próximas ao rio, eram tantas e de potenciais tão importantes.

Ao se abaixar para ver melhor um salgueiro diferenciado, viu de relance um corpo caído do outro lado da margem, pensou ser alguém tirando um descanso, mas após olhar com mais atenção percebeu que aquela posição era estranha demais para alguém se acomodar e dormir. O elfo realizou uma mágica simples para atravessar o riacho, galhos de árvores fizeram surgir uma ponte improvisada.

Chegando próximo ao corpo viu que se tratava de homem de cabelos longos e bem vestido, ao vira-lo teve o desprazer de ver o bruxo quem vinha causando grande confusão em Magix. Valtor era seu nome, e estava em sua frente dormindo tranquilamente, como se a pouco tempo atrás não tivesse feito enormes estragos em toda dimensão mágica. Palladium sem saber que decisão tomar, guiou-se pelas suas emoções, primeiramente verificou se o bruxo estava bem, passou sua mão por cima da testa de Valtor e com seu conhecimento básico de medicina tentou apenas ver se o mesmo estava consciente, e como o esperado estava apenas dormindo. Tranquilizado por saber que o bruxo passa bem, preparou-se para fazer uma ligação a estação de policiamento mais próxima e assim que discou os primeiros dígitos o corpo se moveu. Valtor com a mão apoiada na cabeça e com a visão defasada pela enxaqueca que sentia, apenas sentou-se no chão para então perceber a presença de outro alguém ao seu lado.