Epílogo

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"Almas gêmeas são destinadas a se conhecerem mas nem sempre a ficarem juntas"

-Autor desconhecido.

     [💚]

     Já se passavam das dez da manhã de sábado quando finalmente meu corpo e cérebro resolveram acordar para fazer algo produtivo, que não fosse ficar na cama, obviamente. Em dias de semana eu sempre sou produtivo, acordo cedo para minhas obrigações mas como todas as pessoas em pleno juízo e, possivelmente, desempregadas, digo estudantes, finais de semana são ótimos dias para não fazer absolutamente nada.

     Como dito antes, apenas desempregados e estudantes têm esse privilégio de poderem acordar em um horário como esse, mas minha mãe não era uma dessas pessoas, levantando da cama enquanto chamava pelo nome da minha mãe esperando alguma resposta mas como imaginado não ouve nada além de silêncio, e um ronco da minha barriga, caminhando em passos lentos até o banheiro meus pensamentos tentavam se conciliar em pegar a escova de dente e a pasta dental, e então comecei minhas higienes matinais. Depois de alguns minutos no banheiro arrumando meu cabelo e lavando o rosto para ficar com uma expressão digna de uma pessoa viva me dirigir para a sala do nosso apartamento, pude ver perto da TV o bloco de notas com uma das notas usada pela minha mãe.

"Bom dia querido, o seu almoço está na geladeira, é só esquentar, a mamãe não vai pra casa hoje, estou fazendo um plantão. Tem dinheiro caso queria comprar algo e por favor se for fazer sua comida não esqueça de lavar a louça! Nos vemos domingo a noite, me mande mensagem caso vá para a casa de algum amigo seu!"

     Duas folhas foram usada para aquela mensagem, um sorriso preencheu o meu rosto enquanto eu negava com a cabeça, acho que até hoje minha mãe não entendeu que um bloco de notas é pra algo rápido, mas ficar sem suas grandes mensagens me deixaria triste. Enquanto caminhava para a cozinha relendo o bilhete pude escutar uma movimentação estranha do lado de fora do meu apartamento, morar em apartamento era uma coisa maravilhosa mas se caso quatro ou cinco pessoas passassem falando algo em um tom alto já dá pra ouvir, nem fofocar se pode mais nesse prédio, complicado.

      Pego uma caixinha de suco na geladeira e caminho até a porta destrancando a mesma enquanto colocava o canudo que vinha na embalagem no local próprio da caixinha, levei o canudo a boca começando a tomar o líquido doce de suco de uva enquanto observava motivo dos barulhos, que se misturavam a rangidos de rodas e conversas paralelas. Segurando a porta com uma mão e a caixinha de suco com a outra observei alguns homem com uniformes carregando caixas e algumas pessoas sem o uniforme, e que se pareciam muito, talvez a família, haviam seis pessoas, quatro homens e duas mulheres, uma delas aparentava ter a idade de minha mãe, e a outra uma aparecia jovial, a mesma aparência jovial acompanhava dois dos outros garotos, um tinha os cabelos totalmente vermelhos enquanto o outro tinha o cabelo totalmente branco, igual ao da mulher que julguei ser sua mãe, atrás de alguns funcionários tinha o homem de estatura alta e uma barba bem feita, ele tinha tanto a barba como o cabelo vermelhos idênticos do jovem que tinha tatuagens por todo o braço e alguns piercings nas orelhas, lábios, sobrancelha e nariz, vagamente visto por mim pelo fato de passar rápido pela minha visão. Era uma família bonita e peculiar pelos cabelos brancos e vermelhos mas aquilo dava ainda mais contraste.

      As duas mulheres haviam entrado da casa e os homens ajudavam a quem eu julguei como pai deles, nessa altura meu suco já havia acabado mas o canudo permanecia em minha boca sugando apenas no ar que tinha na caixinha, família bonita, vi um dos garotos acenarem para alguém, estava na minha visão mas com certeza não era pra mim porque eu era apenas um vizinho curioso demais, olhei rapidamente para trás vendo um dos garotos carregando uma caixa de papelão nos braços, e esse era um dos mais peculiares em questão do cabelo, ele tinha ambas as cores da família, branco e vermelho, mas cada um em metade do cabelo, se assemelhava bastante a jovem que eu havia visto a alguns segundos atrás, porém o dela era apenas algumas mechas vermelhas em seus cabelos brancos. Observei os passos do mesmo vendo o garoto que havia lhe chamado com o aceno colocar o braço sob o ombro do meio a meio e falar algo para o mesmo que o fez olhar para mim rapidamente, olhei no mesmo momento para trás pensando que não seria comigo mas vendo que não havia ninguém atrás de mim meu olhos voltaram a encarar os deles, por meros segundos mas ainda si me fizeram ficar envergonhado colocando todo o meu corpo para dentro do apartamento novamente sentindo que agora havia mais uma coisa vermelha naquele andar além da família. Meu rosto.

[❤]


      Estava observando a paisagem que passava rapidamente pelo vidro do carro onde eu estava, estávamos de mudança para um novo prédio, que ficava mais perto da minha escola e também do trabalho do meu pai. Minha irmã que estava sentada comigo no banco traseiro estava um pouco concentrada em seu notebook com algumas provas da sua turma que estavam para corrigir, e eu estava ocupado pensando em como esse sábado estaria perdido, por conta da mudança, desepacortar caixas não é e nunca será minha praia.

      -Mais alguns minutos e já vamos estar lá, Shoto confira pra ver se seu irmão está nos seguindo. –A voz rouca do meu pai, por motivos de na noite anterior ele ter ficado até tarde arrumando as coisas junto de mim e meus irmãos se fez presente no carro eu concordei com a cabeça me virando para trás podendo ver a moto de meu irmão a poucos metros de mim, acenei pra ele recebendo um aceno de volta e sorri voltando a olhar meu pai.

     -Ele está atrás da gente, não se preocupe.

      O mesmo concordou com a cabeça e continuou dirigindo enquanto mantinha uma conversa com minha mãe, eu voltei a ficar olhando os carros e casas passando pelo nosso veículo até que em alguns minutos pude ver o prédio, era um prédio grande e muito bonito, sorri fraco cutucando minha irmã mais velha para a mesma ver e logo escutei meu pai novamente.

      -Certo, vamos lá, quanto mais cedo ajudarmos os funcionários da empresa de mudança mas cedo iremos descansar! – Meu pai disse em um tom animado o que fez todos do carro rir concordando com o mesmo enquanto saíamos do carro, logo vi meus irmãos chegarem com a moto e sorri cumprimentando os mesmos, logo o caminhão com nossas caixas chegaram e os funcionários começaram a descer as caixas e em seguida todos nos também pegamos algumas e subimos para nosso andar fazendo isso repetidas vezes.

      Depois de muitas, eu digo novamente, muitas caixas, sobe e desce de elevador finalmente estávamos nas últimas caixas, na verdade última, que era minha com livros de escola, segurei a mesma e olhei pro meu pai agradecendo os funcionários que estavam ali ajudando e lhes dando um pequeno bônus fora do pagamento já presente no contrato que havíamos assinado, os mesmos fizeram uma reverência antes de organizarem e fechar o baú do caminhão, esperei alguns segundos e logo nós novamente subimos para o andar que ficava o apartamento e enquanto eu caminhava alguns dos funcionários que estavam indo embora com o pequeno carrinho passou por mim fazendo um reverência e eu retribui agradecendo o serviço.

     Peguei o elevador junto do meu pai e logo estávamos no andar do nosso apartamento, ele saiu na minha frente por conta de estar com umas três caixas enquanto eu estava apenas com a minha, caminhei segurando a mesma com cuidado e avistei meu irmão acenando para mim o que me fez revirar os olhos pois não poderia retribuir o aceno, e logo me deparei com os olhos esverdeados a poucos metros de mim, foi uma troca de olhares rápida, com um garoto que estava a um tempo nos observando, talvez todo aquele barulho havia chamado a sua atenção.

     Cheguei perto do meu irmão e logo meu pai pediu a caixa e eu entreguei podendo ver ele e Natsuo, meu segundo irmão, desembrulando algumas das caixas junto de minha mãe e irmã. Touya colocou o braço sobre meu ombro e sorriu se aproximando do meu ouvido.

      -Acho que alguém tá te secando, maninho. – O mesmo apontou com a cabeça e novamente eu encontrei os olhos esverdeados do garoto que nos observava mas logo não havia mais a presença dele ali o que fez Touya gargalhar alto andando e, contra minha vontade, me arrastando para dentro do apartamento enquanto cantarolava que eu estava namorando. E isso durou praticamente o dia todo, por conta deles estarem ajudado a desepacortar as coisas. Idiota.

[🧸]

eita bebês o que será que vem por aí?!

essa é minha primeira vez escrevendo uma fanfic pra valer então sintam-se a vontade para comentarem o que gostaram e também o que não gostaram!

estou planejando tentar postar toda semana, mas pode acontecer de não cumprir esse "horário" e também vai depender de como as coisas vão sair aqui. mas enfim, espero que gostem e esse foi apenas um gostinho dos nossos meninos.

vou deixar alguns esclarecimentos:
eles estão em um universo que não existe individualidades, então sim vai ter o pai do Todoroki não tóxico porque aqui não vai ter nada de depressão e nem de coisas pra baixo!

é isso! beijinhos é até o próximo capítulo! ♡

desculpa qualquer erro!!

A porta ao lado [TodoDeku]Onde histórias criam vida. Descubra agora