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Sábado, o nome mais bonito do universo, meu dia da semana preferido afinal posso finalmente descansar, depois da briga de ontem é o que eu mais preciso.

O sol estava entrando pela janela do meu quarto enquanto eu estava jogada na cama tentando decifrar que horas são, a preguiça é tanta que não tenho coragem de levantar e olhar no celular.

Ouço alguém bater na porta, óbvio que é minha mãe, o que será que ela quer uma hora dessas porque se for pedir desculpas não vai adiantar.

Digo pra ela entrar, mas continuo olhando pra janela.

-Isa desculpa, sua mãe disse que eu podia entrar e eu não sabia que você estava... (sento na cama imediatamente, era Mora, isso mesmo, parada cobrindo os olhos com as mãos e agora eu entendo o nível de ingenuidade dela, porque eu estava com uma calcinha e uma blusa, e não vejo problema em ela me ver assim)

-Calma Mora, tudo bem, fecha a porta. (Levanto da cama rindo enquanto tiro minha blusa, ela permaneceu cobrindo os olhos)

Peguei um vestido solto que estava jogado em cima da mesa do computador e vesti, só então ela tirou as mãos dos olhos.

-Melhor assim. (Ela fala dando um sorriso meigo)

-Você é estranha...mas me diz, o que a senhorita faz aqui tão cedo? (faço sinal pra ela sentar na cama e ela o faz, sento ao lado dela)

-Cedo? mas são 2hrs da tarde. (Ela me encara confusa. Eu não acredito que eu perdi o café da manhã e o almoço)

-Meu deus, eu tenho que comer. (falo levantando da cama e saindo do quarto enquanto ela me segue)

-espera Isa, eu vim aqui justamente pra isso... Não pra comer, pra perguntar se você quer ir no centro comigo, a gente pode lanchar por lá. (paro de andar e sorrio)

-Você é um anjo mesmo! vou tomar banho, vai ser rápido, me espera! (Volto pro quarto já tirando o vestido e entrando no banheiro)

Tento tomar um banho rápido mas é quase impossível, eu amo ficar horas embaixo do chuveiro, e não, não é fazendo o que você está pensando agora, eu fico refletindo sobre a vida mesmo.

E eu sei que tem que economizar água, tenho que parar com essa mania e juro que estou tentando.

Termino o banho e me enrolo na toalha.

Não sei o que usar, não sei nem pelo menos se tem roupa limpa no guarda roupa, ou se estão embaixo da minha cama ou por cima de algum móvel do quarto.

Acabo achando uma blusa fina de listras vermelhas e brancas com mangas compridas e um macacão branco.

Me olho no espelho e... credo, parece que eu levei um choque, meu cabelo está mais do que uma bagunça.

Arrumo ele e calço meu all star, pego uma
bolsinha que estava sinceramente jogada em cima da cadeira, mas que provavelmente deve ter algum dinheiro dentro e saio correndo do quarto.
Mora ainda estava na sala, assim que apareço ela levanta do sofá e saimos de casa.

**

No caminho fomos conversando sobre séries, filmes, jogos , coisas que gostávamos etc.

Não era muito longe então logo chegamos e pra quem não sabe, o centro é o lugar onde tem mais lojas, comércios e pessoas, etc.
Andamos observando algumas coisas, compramos sorvete e ficamos conversando mais ainda na praça.

Entramos também no espaço de jogos e ficamos nos divertindo por ali, tanto que nem vimos o tempo passar, já estava de noite quando cansamos de jogar e eu estava com muita fome. O pior é que quase tudo já estava fechado.

Andamos mais um pouco procurando algum restaurante ou lanchonete mas nada estava aberto mesmo, apenas baladas e tinha várias pessoas na rua.

Quando íamos desistir eu vi o Allpont aberto, finalmente ia matar minha fome.

-Vamos no Allpont! (Puxo a mão dela apontando pra lá)

-Claro que não né Isa! (Ela fala meio furiosa)

-Ue, por que não? (Pergunto)

-Porque isso não é um restaurante! (ela diz cruzando os braços. Eu não entendi. O Allpont não é realmente um restaurante normal, ele tem um visual meio bar/balada mas tem comida, porra!)

-Ah mas eu tô com muita fome! Vamos! A gente não precisa dançar nem beber, só comemos e vamos embora, fim! (Falo fazendo uma carinha de bebê)

-ai ta bom! Só vamos comer, não quebre a promessa! (ela finalmente concorda e eu sorrio)

Entramos no Allpont e tinha várias pessoas em pé com bebidas, mas nada do tipo balada agitada, na verdade tinham muitos velhos de terno e gravata com cara de milionário.

Andamos de vagar uma do lado de outra e eu observo as coisas ao redor, até que vejo um rosto conhecido...
sim, era a professora!

Ela estava linda, usando um vestido preto decotado e seu cabelo solto, simplesmente maravilhosa. Tinha um velho ao lado dela, mais um com cara de milionário. Ele estava sorrindo e ela também, e ele estava, não... sim, estava agarrando ela pela cintura.

Tudo pareceu ficar em câmera lenta, quando ela me viu, pareceu assustada.
Não sei descrever em palavras o que eu senti naquele momento.

-Eu vou no banheiro. (Falo ainda paralisada)

-Ok, vou escolher nossa mesa, você está bem? (Mora pergunta mas não olho pra ela, continuo olhando pro mesmo lugar)

-Sim. (Respondo e ando rápido até o banheiro.)

Não sei como eu acertei onde ficava o banheiro, só sai do transe quando parei de frente ao espelho e respirei fundo. Eu pensei que estava morrendo mas eu descobri que pela primeira vez na vida eu estava contaminada pela doença chamada CIÚMES.

Vejo o reflexo dela no espelho, pensei que eu estivesse tendo alucinações mas a ela estava no banheiro mesmo.

-Anda me perseguindo agora? (Ela desliza as mãos em meus braços por trás até chegar em minha cintura, beijando meu pescoço. Eu nem sabia que estávamos sozinhas, não conseguia raciocínar)

-Claro que não vadia! (tiro as mãos dela de mim).








Vou fazer maratona p vcs até o 14🤡

A Safada Da Minha Professora (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora