capítulo dezenove

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JANE HOPPER:

  Já estava escuro e eu tinha acabado de terminar o banho. Max estava na minha cama enquanto eu me trocava.

  - Ei linda, quer dormir aqui hoje? - Pergunto.

  - E o seu pai? Ele não vai deixar.

  - Eu falo com a Joyce e ela convence ele. Por favor! Eu quero alguém pra assistir barbie comigo. - Eu estava quase tendo que me ajoelhar.

  - Eu assisto com você, amor. Mas só se seu pai deixar. Tenho um puto medo dele.

  - Tudo bem. Espera aqui.

  Desci as escadas correndo. Os meninos pelo visto já tinham ido embora e o Will devia estar no quarto.

  Papai e Joyce estavam preparando a janta quando eu entrei na cozinha a procura deles.

  - Oi pai! Oi Joy! - Abraço a mesma e fico de pé ao lado dela. - Posso falar com você?

  - Claro! - Ela diz com um sorriso.

  - Eu não ganho abraço? É isso? - Meu pai faz um drama. Típico dele.

  - Desculpa lindo, eu esqueci. - Vou até ele e o abraço forte. Depósito um beijo em sua bochecha e vou atrás da Joyce.

  Sento ao lado da mulher e ela me pergunta o que eu quero.

  - Então, a Max tá aqui em casa...

  - AQUI EM CASA? - Ela me interrompe.

  - SHIII! - Faço um sinal de silêncio com o dedo na boca. - Fala baixo! - Cochicho.

  - Desculpa, continua.

  - Será que você poderia arranjar um jeito de fazer meu pai deixar ela dormir comigo hoje?

  - Tem certeza? Acho que não é uma boa idéia.

  - Se você pedir com jeitinho...

  - Tudo bem! Eu falo com ele. - Ela diz. Eu levanto e dou uns pulinhos de alegria.

  - Tchau paizinho, vou subir de novo.

  Saio da cozinha saltitante e conto o que aconteceu pra Max.

JOYCE BYERS:

  - Hopper? - Chego perto da pia onde o homem estava.

  - Oi? - Ele diz sem tirar a concentração da cenoura que estava a cortar.

  - Então, você sabe que a Eleven namora né?

  - Sim, sei. O que tem?

  - Então, elas queriam dormir juntas hoje. Sabe, no mesmo quarto.

  - QUE? - O mesmo da um grito.

  - EI! Fala baixo criatura.

  - D- dormir aqui? Jane só tem catorze anos! Nem fudendo.

  - Hopper, por favor! Elas não vão fazer nada demais. A Max é super fofa e sabe respeitar as pessoas, principalmente sua filha. Ela não vai fazer nada que ela não queria. - Eu insisto. - Por favor, ela vai ficar feliz!

  - Tá, tudo bem. Mas eu quero que a porta fique dez centímetros aberta.

  - Ok, vou avisar elas.

  - ELA JÁ TÁ AQUI? - Ele se assusta.

  - Tá sim. Hoje elas completam dois meses de namoro. Então meio que passaram o dia juntas.

  - Hum. Tá bom.

JANE HOPPER:

  Escuto passos vindos da escada. Deve ser a Joyce.

  - Meninas? - Ela bate na porta, pedindo permissão para entrar.

  - Pode entrar Joy! - Digo.

  - O seu pai mandou avisar que a Max pode dormir aqui. Mas vocês tem que deixar a porta aberta. No mínimo uns dez centímetros.

  - Tudo bem! Não tem problema. - Max diz animada.

  - Obrigada Joyce, você é a melhor. - Pulo da cama e abraço a mesma.

  - De nada. Já já a janta vai ficar pronta. Vocês vão querer?

  - Não. A gente vai ver filme a noite inteira, qualquer coisa a gente vai lá na cozinha e prepara algo.

  - Tá bom. Aproveitem! - Ela diz saindo do quarto e descendo as escadas. Eu pude ouvir os barulhos dos sapatos desaparecerem aos poucos.

  Olhei de novo para a Max que estava com uma cara estranha.

  - Que foi? - Pergunto.

  - A noite toda? Sério?

  - Sim ué, ou você não quer ficar comigo?

  - Eu quero sim, mas eu pretendia dormir. Sabe... Estava nos meus planos - Ela ri de nervoso.

  - Relaxa vida, se você quiser você dorme. Vem vamos assistir.

  Ligo a tv e deito a cabeça no peito de Max. Sua mão passeava pelos meus cabelos, fazendo carinho. Eu amava isso.

  Me aconcheguei e nós começamos a assistir.

𝗧𝗛𝗘 𝗥𝗘𝗚𝗥𝗘𝗧│elmax.Onde histórias criam vida. Descubra agora