Prólogo - O inicio

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[...]

O inverno nunca foi tão sombrio como naquela noite, os corvos mostraram-se presentes mesmo não havendo carniça.

Conturbado. O nascimento da nova criança real.

Tudo não deveria passar de uma data comemorativa, mas infelizmente, marcou o fim terrível de alguém, e um longo começo entristecedor de um criança que nunca possuiu qualquer mísera culpa.

Seu papel como Imperatriz e mãe encerrou-se.

Um óbito triste que ocasionou e desencadeou a fúria e angústia de um Rei.

Deixou seu amado bebê, sem ao menos conhecê-lo e uma bela garota que sabia ao menos da condição em que sua mãe se encontrava.

O sofrimento, porque ele dói tanto?

— Vossa Majestade, o que faremos com seu filho?

— Meu filho? Oh sim! Meu filho. — Seu sorriso, pelo simples fato de soar cínico, deixou os guardas daquele local confusos. — Eu deveria apenas matá-lo? Não acham?— Direcionou seu olhar aos guardas.

— O que aconteceu...?

Aquele nobre... O único com coragem o suficiente de invadir o quarto de Vossa Majestade, sem importa-se com nada, e sua expressão triste fez-se presente após ver a rainha, a quem tanto admirou, morta sobre a cama, esta que estava coberta por lençóis ensopados de sangue, fez seus olhos lacrimejarem sem controle, sem um mínimo controle.

— O que faz aqui Gustavo?

Ainda sentado sobre o chão ao lado da cama de sua falecida esposa, não demonstrava nenhuma reação, mas seu rosto pálido entregou o quanto estava acabado, detonado e cansado.

Quem ele culparia? Ela já estava morta.

— Você sabia serva imunda? — Direcionou seu olhar para a única mulher que ainda havia no cômodo, esta que assustou-se de imediato com a fala do imperador. — RESPONDA-ME! — Gritou, ameaçando. — Você o deixou viver, para que a sua rainha morra?! — Apontou para a criança no colo de um dos Guardas.

— A criança não tem culpa, Vossa Majestade. — Ousou defender.

— Como ousa dirigir uma palavra sequer para mim? — Levantou-se exasperado. — Deveria ter amor a sua medíocre vida. — O ódio corria sem piedade no corpo do imperador.

Álvaro estava assustando a todos com a forma em que se dirigia a todos, com toda certeza. Afinal, ele perdeu sua esposa, deveríamos entendê-lo, certo?

Estava louco de raiva, e a pior coisa do mundo: uma pessoa cheia de poder sem controle de seus atos.

Gustava percebeu que todos poderiam morrer a qualquer momento se não houver ninguém a tomar alguma atitude, mas estamos falando do homem que tudo manda e tudo tem, então esperar a atitude de alguém em um momento delicado e aterrorizando, não fazia o mínimo sentido.

Arriscou-se, pediu baixo para que o guarda que segurava a criança recém-nascida, o entregasse, enquanto seu Rei estava concentrado com a serva da Imperatriz, e assim o guarda fez, entregou devagar a criança em suas mãos e assim Gustavo conseguiu sair do quarto sem chamar a atenção de Álvaro.

Nada foi pior que o seu desespero ao sair do quarto de Vossa majestade, corria pelos corredores, não sabia o que fazer, ou para onde ir.

Onde iria esconder-se do Imperador? A vida do príncipe estava em suas mãos agora.

— Catharine. — Chamou. — Catherine, abra a porta do quarto. — Pediu em prantos.

— O que aconteceu, Gustavo? Você não... — Catharine em imediato ficou aflita por ver a situação em que seu primo encontrava-se.

E não precisou de palavras, bastou olhar de desespero que Gustavo encontrava-se e a criança em suas mãos para que Catharine entendesse o que realmente estava acontecendo.

Desabou ali mesmo.

Catherine, com sete anos, perdeu a pessoa que mais amou na vida, sua mãe.

— A mamãe... ela — Soluçava como nunca, rios de lágrimas jorravam de seus olhos, doía como nunca, estava aos prantos. — Não, por favor. — Implorou agarrada a manga direita da camisa de Gustavo.

— Sinto muito... sinto muito mesmo. — Agarrou a mão da princesa, segurando-a com força em sua palma, tentando passar conforto, mas tudo estava uma bagunça. — Seu pai enlouqueceu, ele não aceita... você sabe. Eu tenho medo, tenho medo de tentar algo contra...

— Benjamin... Meu Deus! Benjamin. Oh! Céus... entra aqui, deste quarto Benjamin não vai sair. — Ainda chorando pegou a criança em seu colo. — O que eu faço com ele, Gustavo?

A criança começou a chorar no momento em que sua irmã pegou-a no colo.

— Porque ele 'tá chorando Primo?— Perguntou, seu rosto com poucos resquícios de lágrimas e um tom vermelho do choro recente.

— Não segura ele assim, Catharine, ele é molinho. Seus braços são curtos, mas são fortes. — Alinhou a criança no colo de Catharine, deixando-o mais confortável. — Observe... ele parou. —Sorriu.

Catharine sempre foi uma criança ''esperta'' e muito inteligente, mesmo sua mãe sempre a considerando uma erva daninha, por sua teimosia e persistência.

— Não saia daqui, ok? Em hipótese alguma. Você entendeu?

— S-sim. — Sua expressão assustada não poupou esforços para mostrar-se presente.

— Você é pequena, mas é inteligente.— Encorajou-a. —Eu vou voltar, e tentar acalmar o Imperador. Eu confio em você.

''Em uma noite, quatro guardas mortos e uma serva desaparecida.''

Isso é o que o poder traz? Pessoas morreram pelo simples fato de presenciarem a situação catastrófica em que seu Imperador encontrava-se.

Cruel, uma realidade não contestável, e inteiramente cruel.

Desse dia em diante, Alcantra nunca foi a mesma.


[....]


Olá gente, vocês não imaginam a minha felicidade em passar de fase e começar a postar os capítulos de THE EMPEROR, estou tão satisfeita e feliz por conseguir escrever uma obra tão amada e detalhada que é THE EMPEROR, espero não decepcionar vocês!!!!

Então o que acharam desse início? Conturbado, não é? 

OOOO minha gente, essa é apenas a ponta do iceberg de toda problemática que THE EMPERO carrega, vem muito mais por aiiiiii 

Espero que tenham gostado, com muito esforço e amor por escrever, deixo vocês com esse prologo e que esse seja o início de muitas outras atualizações.

BEIJÃO DA ANNA PARA VOCES.

Não esqueça de deixar seu comentário e sua estrelinha, isso é uma ajuda imensa ao escritor e para que a obra continue a circular e chegue a mais leitores. 

THE EMPEROR (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora