7.

21 2 8
                                    


A manhã seguinte é indiscutivelmente um pouco melhor do que a noite anterior, em alguns aspectos. De várias outras maneiras, no entanto, é pior.

À luz do dia, é fácil esquecer qualquer uma das conversas que tiveram na noite anterior que podem ou não ter deixado Harry se sentindo culpado e triste, mas uma coisa que não é fácil de esquecer é a dor de cabeça que ele sente. Ele esperava isso, naturalmente, mas meio que esperava que o paracetamol da noite anterior tivesse um pouco mais de efeito em sua cabeça, em vez de apenas aliviar a náusea da noite anterior. Ele geme com a luz que entra pela janela, rolando e jogando um braço sobre os olhos. Ao fazer isso, ele percebe que tem um bom espaço na cama, o que o deixa um pouco surpreso.

Com certeza, quando ele se senta e olha ao redor, a cama está vazia além dele, e ele franze a testa ao perceber. Não é como se ele esperasse que Louis ficaria com ele a manhã inteira, mas, bem... ele esperava.

Assim que ele vai rastejar para fora da cama e entrar no banheiro, Louis entra no quarto, suas sobrancelhas se levantando quando ele olha para Harry. 

"Ah, bom, você acordou." Ele sorri, e Harry se mexe, imaginando se ele está de bom humor ou apenas fingindo para evitar que as coisas fiquem estranhas.

"Sim." Harry resmunga, encolhendo-se quando ouve sua voz. Louis acena para a água na mesa de cabeceira, encostado na parede ao lado do grande espelho que ele odeia limpar. 

"Eu trouxe isso aqui cerca de uma hora atrás, mas você estava morto para o mundo." Seus lábios se curvam quando ele diz isso, e Harry não pode deixar de espelhar seu pequeno sorriso enquanto toma um gole da água, agora em temperatura ambiente.

"Obrigado", diz ele com apreço, equilibrando a xícara em seu joelho. "Há quanto tempo você está acordado?"

Dando de ombros, Louis se move para se sentar ao lado dele, seus olhos observando a xícara com cautela. Harry revira os olhos e levanta a outra mão para agarrar o copo, principalmente para acalmar os nervos de Louis sobre a precariedade do copo. 

"Estou acordado desde as nove, e são quase meio dia agora, então... bastante tempo." Louis dá de ombros antes de levar a mão à testa de Harry. "Como você está se sentindo?" Ele pergunta, seus olhos azuis procurando no rosto de Harry qualquer sinal de desconforto.

Harry sutilmente avança, pressionando a testa com mais força contra a mão de Louis, principalmente porque alivia um pouco a tensão. 

"Minha cabeça dói", diz ele simplesmente. Com isso, Louis bufa, tirando a mão. 

"Tenho certeza que sim, cara. Você bebeu muito". Seus olhos caem então, olhando para o copo em vez de para o rosto de Harry. Harry pode imaginar o que ele está pensando, mas já decidiu não compartilhar a verdade por trás da maneira como agiu na noite anterior. Ele, no entanto, chegou a uma meia verdade semi-convincente.

"Sinto muito", diz ele suavemente, movendo a mão para cutucar a coxa de Louis. Ele sorri quando Louis revira os olhos com o gesto infantil. "Eu... eu acho que ter sua família aqui meio que me oprimiu, e eu comecei a pensar sobre isso e como eles provavelmente acham que isso é loucura, e eu acho que eu sinto que você vai mudar de ideia," ele admite, olhando para suas mãos em volta do copo de água.

Ele está surpreso com o quão fácil é para ele, mas então ele percebe que realmente não está mentindo. Claro, não era um medo infundado, mas sob a raiva de ouvir Lottie tentando dissuadir Louis de fazer isso com ele, Harry realmente acreditava que a principal razão pela qual ele agiu dessa maneira foi porque o fez temer que Louis mudasse de idea.

"Hazz," Louis diz baixinho, fazendo Harry olhar para cima. Ele lhe dá um sorriso suave, batendo seu joelho contra o de Harry gentilmente. "Você sabe que eu não faria isso com você. Eu disse que faria isso, eu vou fazer isso. Você sabe que eu não desisto das coisas depois de tomar uma decisão."

Se Não Me Ama, Finja! | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora