CAPITULO 2

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POV SATINE BLOEDORN

Passo toda a viagem com os pensamentos no aviador que tanto chamou minha atenção. Que homem petulante! E ao mesmo tempo lindo, sim, ele tinha me causado sensações intrigantes, mas de quê importava? Não cederia mais nem a ele, nem a homem nenhum, a lembrança do cafageste era constante, não por causa dos sentimentos, isso eu perdi desde o dia de seu abandono, mas devido aos danos que ele deixou em meu ser. Aquele homem, levou tudo de mim com ele, nunca mais me entragaria a homem nenhum, ele foi o meu fim. Ordinário! Canalha!
Passado a parte, já deveria imaginar que Lala não deixaria o piloto passar sem fazer nenhum comentário, então ela solta sua pergunta.

- Senhora, como o piloto é bonito, a senhora não acha?

- Apenas um homem qualquer, Lala. Apenas.

Por sorte, Lala não insistiu e se calou. Algumas horas depois chegamos ao nosso destino, vou embora o mais rápido possível e graças aos Céus, consigo ir sem um reencontro com aquele homem.
Chego ao meu apartamento e vou direto para um demorado banho de banheira, aqueles banhos lavavam minha alma e logo depois decido dormir um pouco, afinal essa noite, iria cuidar dos meus interesses, iria para o barco cassino. Quando desperto, decido tomar outro banho para tirar a moleza do corpo e então, vou me arrumar, faço minha maquiagem, um delineado preto, sombra dourada com iluminado branco, rímel, blush e para finalizar um gloss vermelho não muito escuro. Já o vestido, escolhi um bege com detalhes em dourado e pedraria, tomara que caia e com uma aberta na frente (imagem no capítulo) um sapato também puxado para o bege claro, fechado e salto fino. Meus cabelos, optei por deixá-los soltos e bem moldados. Estou passando a escova pela última vez em meus cabelos, quando Lala entra em meu quarto.

- Senhora! Como a senhora está linda! - Me olhou com admiração.

Lala era uma jovem bonita, magra, cabelos castanhos e olhos negros.

- Obrigada, querida.

- A senhora já vai para o cassino?

- Já sim, hoje resolvo o problema de Katerine. - Respondi saindo do quarto e pegando minha bolsa de mão.

- Então, boa sorte, senhora! - Desejou-me com ânimo.

- Obrigada Lala, não precisa me esperar, devo voltar por volta das 4 da manhã. Até logo.

- Certo senhora. Até.

Saí de casa dirigindo minha Ferrari pacientemente, não que eu tivesse um fascínio por carros caros, mas tinha um por carros que demonstravam poder.
Chegando ao cassino notei sua grandeza, era um navio digno de aplausos. Logo quando desço, me deparo com um porteiro, um homem com um lado do rosto deformado, porém possuía uma bondade que era evidente em seus olhos.

- Boa noite, senhora. - Disse-me o porteiro, percebi um brilho em seu olhar.

- Boa noite. - Respondi com um sorriso.

Navio adentro me deparei com mulheres e homens bem vestidos, até que vejo uma mulher alta e loira, provavelmente uma mulher de cassino. Ou não. Resolvo dirigir-me a ela.

- Com licença, poderia me informar onde fica o escritório de Katerine Dapper? - Digo chamando a atenção da mulher que me analisava dos pés a cabeça.

- É a minha irmã, por aqui. - Então a mulher loira a minha frente era irmã da salafrária que roubava meu pai descaradamente em seus dias de doença.

Segui a mulher loira até andares acima do navio.

- É aqui. E você? - Perguntou-me com uma arrogância evidente em sua voz. - Quem é?

- Sua chefe. - Respondo passando por sua frente e abrindo a porta do escritório de Katerine de supetão.

- Ei, ei, ei! O que significa isso? - Perguntou a mulher loira a minha frente.
Katerine era bem mais velha que eu, beirava seus 56 anos, era robusta, loira, olhos negros e um cabelo curto com franja.

- Significa que seus dias de ladra barata acabaram! - Disse com um imenso sorriso no rosto me sentando em sua cadeira branca, em frente a sua mesa de vidro.

- E quem você pensa que é para entrar em meu cassino e ainda por cima me acusar de ladra? - Respondeu com sua raiva transbordando pelo seu olhar.

- Sou Satine Bloedorn, a sócia majoritária deste cassino. A filha do homem o qual você roubava descaradamente. - Disse dando certo ênfase ao majoritária, sua expressão mudou de raiva para surpresa.

- A filha de Peter.

- Sim, a filha de Peter. - Disse mirando o alvo de meu desafeto.

- Então, veio assumir o cassino? - Disse Dapper um tanto sugestiva.

- Claro, e pra começar quero ver todos os livros de contabilidade. - Disse cruzando os braços.

- É claro, mas lembre-se, também sou sócia e dona deste lugar. - Disse tentando demonstrar poder.

- Minoritária. - Respondi abrindo um largo sorriso e senti que a desarmei completamente.
Katerine engoliu em seco e dirigiu-se até a porta de seu escritório abrindo-a chamando por sua irmã.

- Ravena! - Então a mulher loira adentrou o escritório.

- O que houve Katerine? - Perguntou sua irmã.

- Quero apresentar a minha nova, sócia. - Disse com certo cansaço a palavra sócia.

- Já nos vimos quando ela chegou. Enfim, sou Ravena Dapper. - Respondeu estendendo a mão para mim.

- Satine Bloedorn. - Respondi apertando sua mão.

- Bom, apresentações feitas, vou voltar ao meu serviço. Até logo Bloedorn. - Disse retirando-se da sala.

- Deseja conhecer o cassino? - Perguntou Katerine com o seu ar deboxado.

- É claro.

Assim descemos até a área de jogos. O cassino era muito bonito. Descemos as escadas e nos dirigimos ao bar, então Katerine chama minha atenção para apresentar-me um olheiro do cassino.

- Bloedorn, este é Estêvão, um observador do cassino. Sua função é ver se está tudo em ordem com as mesas de jogos. - Apertei a mão do rapaz moreno de porte físico forte a minha frente.

Assim que Estêvão nos deixa, eu e Katerine decidimos beber uma taça de vinho, Ravena aparece juntando-se a nós.

- O que está achando do movimento?

- Bem melhor do que sua irmã dizia ao meu pai. - Ravena me retribuiu com um pequeno risinho debochado, quando derrepente seu sorriso se alarga olhando fixamente para trás de mim. Não me importei. Meu vinho estava mais apetitoso e interessante.

- Hey! Olha só quem chegou. - Disse se dirigindo para trás de mim, enquanto eu permanecia sentada. - Bloedorn, deixa eu te apresentar meus amigos pilotos.

Respirei profundamente, não estava nem um pouco interessada em conhecer o meio social que Ravena frequentava. Então levantei e me virei para trás deixando minha taça no balcão, se eu estivesse com ela, com certeza teria deixado cair. Não acreditei no que vi. Seria uma pegadinha do destino?

***
Oi pessoal! Bom, este texto está mais organizado que o anterior, pois ainda estou em fase de adaptação no aplicativo. Escolhi os domingos e as quintas para postar capítulo. Espero que gostem e não deixem de me acompanhar ❤❤❤ Beijo da Lua ❤

DAMA DA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora