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1975 - cidade de Hawkins.

—  Devolve minha boneca ! — corria atrás de Eddie ao redor da sala de estar. — O grande poderoso soldado precisa salvar a princesa dos monstros que estão ao redor de Hawkins! — ele me deu um sorriso banguela e voltou a girar com os bonecos.

— A Princesa ana sabe se defender sozinha, não precisa que um homem faça isso por ela. — peguei a boneca e me sentei novamente no tapete. — Sabe, um dia eu vou ser um herói também. — se jogou em algumas almofadas do sofá e encarou o teto. — um herói metaleiro? — sim,um herói metaleiro.

— Vou tocar pra Hawkins inteira ouvir,você vai estar lá não vai? — seus olhos brilharam enquanto ele fazia um movimento com suas mãos como se estivesse segurando uma guitarra — acho que sim.

— AQUILO ATRÁS DE VOCÊ É UMA BARATA? — apontei pra trás, e não, não tinha barata nenhuma ali. — AAAAH,ONDE? MATA MATA! — Eddie começou a sacudir os cabelos e veio correndo até mim.

— Você vai ser um herói bobão que tem medo de barata,hahahahaha! — isso não teve graça. — cruza os braços.

. . . . .

1986 - Hawkins.

— E foi assim que fiz Eddie Munson quase fazer xixi nas calças! — disse por fim,enquanto tentava desviar dos cereais que Eddie jogava em minha direção.

— Então você tem medo de barata Eddie? — Dustin questiona fazendo todos os integrantes do clube de D&D rirem em uníssono. — Eu tinha tinha 9 anos,calem a boca — faço um sinal de redenção e me levanto da mesa do refeitório.

— ei,espera! — Eddie pega sua bandeja às pressas pra me acompanhar — Eu preciso de uma mãozinha sua. — Você já tem duas — ele faz um biquinho,e eu fecho os olhos respirando fundo.

— Se eu tirar um F em matemática outra vez e repetir o ano,nunca vou poder me formar e vou ser um velho que não sabe somar nem os próprios impostos pra sempre,então...porfavorzinho.....
— Caramba Eddie você está com a corda até o pescoço...30 pratas por hora! — fechado! — ele me dá um abraço rápido e apertado e sai rapidamente.
— VOCÊ É DEMAIS!!! — grita antes de desaparecer nós corredores — eu sei.

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— Eddie deve aparecer aqui daqui a algumas horas,Steve. — Ele tem casa?. — o olho confusa. —sim — Ele vive mais aqui do que na própria casa. Por favor faça com que ele entre pela porta da frente, não vou mais trocar os vidros e consertar a janela do seu quarto.

— Como você sabe que- — ENTREABERTA, A porta vai ficar entreaberta. — ele aponta em minha direção e arqueia as sobrancelhas — A única coisa que ele deve tocar aqui é a guitarra.

— Como você ousa insinuar algo assim?! — finjo estar ofendida, é claro, "dessa água não beberei" , digo , só um golinho.

Flashback On.

— Nós nunca mais vamos fazer isso, repita comigo ... NÓS- — VAMOS FAZER ISSO SEMPRE, HAHAHA — Eddie se joga na grama enquanto segura as garrafas secas de bebida que já havíamos tomado.
— Eu nunca me senti tão bem quanto agora. — me deito ao seu lado — Você me faz melhorar,de um jeito que ninguém jamais conseguiu — Eddie diz, e se vira, sinto uma sensação diferente e estranha,mas boa e por algum milésimo de segundo   pareceu que se as gotas de chuva foram milimetricamente calculadas para cair em seus cabelos e me deixar travada por um tempo.
— Ih, não vem com essas frases de bêbado pra cima de mim, não. — cubro seu rostos com as mãos e o ouço rir.
— Você ainda tem. — Eddie retira minhas mãos de seu rosto se aproxima. — Dentes? tenho. — Não idiota — ele ri, e caramba todas as palavras que eu achava conhecer sumiram da minha boca. — Essa cicatriz, perto dos lábios, aquele gatinho te marcou pra sempre. — é . — foi tudo que consegui dizer.

— Que foi? O gato comeu a sua língua ?
— Seu senso de humor é duvidoso. — fechei os olhos pra sentir as gotas de chuva se desfazerem em meu rosto.
— Acha que quando estivermos sóbrios vamos lembrar dessa conversar? — talvez. — sorri.
— Sou apaixonado por você desde os meus 9 anos. — O QUÊ?— literalmente cuspi a palavra, que saiu um pouco mais alta que o esperado. — shiii!! — Eddie se senta na grama e se inclina pra me olhar nos olhos — Eu escrevia no meu "diário" sobre você, e quando você teve seu primeiro namoradinho, uau ... só conseguia pensar que você nunca me olharia da mesma maneira, e honestamente, existem caras melhores. — Eddie,não- — Eu nem sequer consigo confessar meus sentimentos por você sem estar com ao menos uma gota de álcool no corpo, Por todo esse tempo senti saudades suas, mesmo que você sempre estivesse lá, mas nunca lá pra mim. — Acho que você já se martirizou o suficiente, Munson. — ele me olhou,seus olhos estavam diferentes, mais baixos e esperavam uma resposta. E então suas mãos afastaram os cabelos grudados pela chuva de meu rosto e ele inclinou sua cabeça pra trás, logo em seguida distribuindo um beijo em minha testa,bochecha.

e boca.





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essa é a primeira vez que escrevo
aqui, desculpem os erros, e talvez eu esteja apenas falando sozinha.
até por que, não acho que alguém vá ler isso.
                               - isa ♥︎

- 𝗶 𝗳𝗼𝘂𝗻𝗱 𝘆𝗼𝘂┊eddie munson.Onde histórias criam vida. Descubra agora