1º Capitulo

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Sempre a mesma coisa, todas as manhãs. O mesmo dormitório, a mesma cama, as mesmas paredes desgastadas com a humidade criada pelas mesmas casas de banho, no mesmo Orfanato.

São 7 da manha e assusto-me quando ouço a Caroline ,funcionaria do Orfanato, a gritar da porta do nosso dormitório. Isto significa que está na hora de ir pegar nos meus produtos de banho e correr para um chuveiro livre enquanto as mais preguiçosas ainda se esticam na cama. Enquanto a água me escorre por todo o corpo eu relaxo mas desperto logo a seguir pensando que faltam poucos dias para sair deste sitio que me prendeu durante anos a fio. A ideia de sair de onde ninguém me compreende dá-me arrepios e volto a pensar na razão que me pôs aqui. Os meus "pais".

Eles simplesmente deixaram me para trás enquanto iam fazer as suas 'coisas' pelo mundo. Felizes e despreocupados. Sem sequer olhar para trás, sem pensar na minha solidão e tristeza por não ter uma mãe para contar tudo quando chegava da escola, de brincar e de ouvir as histórias de criança do meu pai. Isto não me ajuda pois sei que nunca vou ser normal... Quando era pequena não percebia bem a situação e pensava que me viriam buscar mas isso não aconteceu e fiquei aqui durante nove anos, nove anos isolada do mundo e das pessoas com medo que me fizessem o mesmo que os meus "pais".

Mas agora vou ser livre! Vou fazer dezoito anos e com o meu grande esforço entrei para a universidade de Sheffield em Inglaterra e sinceramente estou ansiosa e assustada ao mesmo tempo pois não tenho amigos lá fora, nem sei absolutamente nada do que se passa no mundo.

Saio do banho e corro outra vez para os dormitórios que já se encontram vazios devido ao facto de estarem todas nos balneários para não chegarem atrasadas ás aulas da manhã.

Visto-me sossegadamente e pego nas minhas distrações: um livro, o meu caderno de desenhos e auriculares á espera do toque para a aula de artes.

Passado meia hora já estão as raparigas todas nos seus grupos de amigas a irem para as aulas, enquanto lá estou eu a solitária rapariga a andar para a sala de artes. Entro e vejo que sou a segunda pessoa a entrar e nem a professora Olivia está na sala.

Sento-me no meu tão adorado cantinho da sala e vou pegando nos meus cadernos e materiais também acompanhados pelo meu caderno de desenhos cheio de sentimentos e revelações, é uma espécie de diário para mim que expressa as minhas emoções conflituosas.

Todos começam a entrar em conjunto com a professora e lá vai começar mais uma manhã de aulas... Sempre as mesmas aulas.

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Hey...Não posso adiar mais por isso vou explicar-vos o que aconteceu para não ter publicado durante TANTO tempo e depois apagado... Ao principio tinha exames,depois férias, etc. Mas depois reli a história e não sei se gosto do rumo que está a levar... Por isso estou a mudar um pouco... Sejam pacientes por favor. Por favor comentem o que acharam! xx.

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