Prólogo. When we meet

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Any Gabrielly...

Mais uma dia normal naquela loja. Só eu e Eric andando de um lado para o outro sem fazer absolutamente nada.

Cara, sério! Quem em sã consciência abre uma loja sabendo que vai chover o dia todo? Meu chefe: Paul Hamilton. Ah, eu odeio esse homem! Velhinho chato que só me faz raiva e atrasa meu pagamento!

A gente deveria estar em casa! Tá rolando uma tempestade lá fora, só um doido sairia nessa chuva. Ainda mais para ir a uma loja de construções.

Respiro fundo e bato minhas unhas na madeira do balcão. Eric anda até o final da loja e eu escuto o barulho de coisas se mechendo.

— Vai mudar as coisas de lugar novamente?

— Parado eu não vou ficar! — ele respondeu e eu neguei com a cabeça —

Comecei a girar no banco enquanto cantarolava baixinho uma música da Ariana grande.

— Com licença. — escuto uma voz rouca atrás de mim e pulo de susto —

Me viro para frente e vejo um homem ali.
Era alto, branco, de olhos claros e o cabelo era provavelmente pintado. Se não fosse, seu loiro natural era lindo.

Mas acho que era pintado.

Ele vestia uma camiseta de manga longa preta que tinha um capuz. Estava meio molhado e eu podia ver claramente o quão forte ele era.

Mas o que merda ele estava fazendo na rua nessa chuva?

— Boa tarde...

— Eu preciso disso. — ele tirou um papel do bolso e eu suspirei —

— O senhor... Veio andando na chuva?

— Não, eu vim no meu carro. Só que Nova York não está ajudando muito hoje

— Se não tá ajudando para você imagina para mim. Para que precisa de cinco metros de tecido preto?

— Eu preciso justificar minhas compras agora?

Encarei ele séria e saí detrás do balcão indo até a parte dos tecidos.

Grosso!

Guardei o papel com raiva no bolso na minha calça e peguei o rolo pesado de tecido preto.

Peguei a régua e fui medindo o tamanho que ele queria

— Pega aquela tesoura para mim, por favor... — com o queixo apontei para a tesoura na outra estante —

Ele pegou e me deu sem dizer absolutamente nada. Cortei e fui dobrar. Aquilo me deu muito trabalho! Era um pano enorme.

Coloquei em um lugar separado e peguei o papel de novo vendo o próximo item.

Uma corda com dois metros de comprimento.

O que esse cara era? Quem precisava de cinco metros de tecido?

Peguei uma corda qualquer e tirei dois metros cortando também.

— Só isso?

— Sim

Ele respondeu sem muita reação e eu peguei o tecido voltando até o balcão.

Calculei tudo e mostrei o preço total para ele, que tirou a carteira do bolso e me pagou.

Sem falar absolutamente nada, o homem saiu da loja e pude ver ele correndo até seu carro, que inclusive, era muito lindo!

Não entendo muito de carros... Mas aquela Ranger Rover era simples magnífica!

𝙇𝙊𝙎𝙏 𝙄𝙉 𝙏𝙃𝙀 𝙁𝙄𝙍𝙀 - 𝘽𝙀𝘼𝙐𝘼𝙉𝙔Onde histórias criam vida. Descubra agora