devaneios.

corações desolados não se curam

antes de conhecer ele, eu achava que sabia o que era amar. mas não por experiências anteriores, porque antes dele, todas as tentativas de amor, não passaram de meras paixões. com ele, eu consegui enxergar o verdadeiro amor, a verdadeira paixão, a amizade mais pura e a confiança, tudo numa só pessoa. tudo que eu acreditava ser amor, não fizeram jus ao sentimento genuíno que eu senti por ele. o final foi bruto, doloroso. toda a confiança acabou, foi traída. e agora enxergo, que não bastou o amor. o fim pode ter chegado, mas o amor nunca vai acabar, porque a pureza do que eu senti é algo que eu jurei que não acabaria, e apesar de as promessas que ele me fez terem sido ignoradas e pisadas, o amor não é algo que pode ser quebrado como uma promessa. acho que o buraco que ficou no meu peito nunca vai cicatrizar completamente. para onde foi o amor que você jurou que seria eterno? a paixão você agora dedica a ela, e isso eu sei muito bem, mas e o amor? todas as juras de amor, todos os olhares cheios de significados, todas as músicas a ti dedicadas, o que eu faço com todas as memórias? sinto que tem espaços que nunca poderão ser preenchidos de novo, e que conviver com a dor é algo que me foi acometido. nos seus braços eu me sentia segura, como a casa que eu nunca havia tido. olho para os lugares que ja estivemos e ainda, no fundo, consigo sentir as emoções que sentia quando estive com você. as vezes eu gostaria de estar entorpecida, para não sentir e nem lembrar nada relacionado a você. corações desolados não se curam.