rosas damascenas e lírios-do-vale.

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seungmin não gostava de flores. não, não! não adianta, ele não gostava e ponto.

não via a menor graça em flores, elas eram apenas mato e e grama em formas e cores diferentes, se as pessoas gostam de flores, porque não gostam da grama também? é a mesma coisa!

as cores não tinham nada de especial, e seungmin não sentia cheiro nenhum vindo delas.

seungmin já teve alguns relacionamentos e nunca ganhou nenhum buquê de flores. não que ele quisesse! muito pelo contrário, ele agradecia mentalmente que eles nunca tinham feito isso.

bom, era isso que ele dizia...

em uma tarde de domingo comum e seungmin descansava em seu próprio quarto enquanto lia um livro sobre um romance bem longo e... chato, mas seungmin tinha gastado dinheiro com o livro e não ia parar agora que já estava na metade!

seungmin piscava longo e estava quase dormindo quando um grito estrondoso ressoou pelo seus ouvidos — e pela casa inteira.

— kim seungmin!

era han jisung, o meio irmão de seungmin.

sempre que ele o chamava nunca era coisa boa, então, seungmin apenas ignorou e se preparou para tirar seu cochilo da tarde.

ele se virou para o seu móvel perto da cama, apoiou o livro ali e tirou os óculos para colocar ali também, mas, antes, outro grito foi escutado e seungmin acabou derrubando seus óculos no chão.

— seungmin eu juro que é sério dessa vez! — era jisung, novamente.

seungmin respirou fundo, procurou seus óculos no chão e se dirigiu ao quarto de seu irmão.

ele abriu a porta e se deparou com a imagem de jisung todo sujo de salgadinho enquanto jogava algum jogo qualquer em seu computador.

— eu sabia que você ia vir, maninho! — o han falava com um sorriso.

seungmin não respondeu, mas tudo bem, ele era um cara quieto e jisung sabia disso.

— então, lembra daquela vez que você pediu pra eu comprar o seu salgadinho na mercadinho da esquina e eu fui lá, comprei, e falei que você tava me devendo uma?

— uhum — seungmin murmurou.

— então, chegou a hora — jisung pausou seu jogo e riu estranho para seungmin.

kim apenas fez uma cara estranha para a estranheza do irmão.

jisung levantou e pegou algumas notas de dinheiro em sua carteira, que estava em seu bolso de trás. ele entregou as células a seungmin, que conferiu quanto tinha ali. vinte e cinco reais.

— vou sair mais tarde com o lix e quero que você vá comprar umas flores pra ele. por mim.

seungmin não iria discutir porque sabia que o irmão estava certo, e afinal, ele não iria morrer de ficar no mesmo lugar que algumas flores por menos de cinco minutos, certo?

ele só tinha uma pergunta.

— o que foi que o felix viu em você?

jisung lhe mostrou uma cara de tédio.

— beleza, uma coisa que você não tem — ele virou seungmin e começou a empurra-lo para a porta da frente. — agora vai, compra qualquer flor amarela bonita que tiver lá, vai!

seungmin revirou os olhos e saiu de casa.

[🌷]

depois de minutos andando, seungmin finalmente avistou a única floricultura do bairro. era um lugar moderno, por assim dizer.

𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬 !¡ 2𝑚𝑖𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora