Capítulo 5

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Dia 25 de janeiro de 2009 o dia em que minha Dulci faz mais um ano de vida, e o dia que o meu mundo foi ceifado pela crueldade de uma pessoa que tirou a vida do meu primo Gio a tiros, o dia mais desesperador da minha vida, eu perdi o meu chão eu desabei, como notícia ruim chega rápido né. Eu só queria poder parar o tempo e fica ali nos braços do meu primo junto com as minhas filhas...

Como eu iria contar essa notícia para as minhas filhas, elas são tão apegadas ao tio, eu não conseguiria ver elas sofrerem pelo tio... mais eu preciso contar... elas precisam se despedir do tio delas...

Chamei minhas meninas na sala e me preparei para conta para elas...

Meninas... – eu falo tentando controlar meus sentimentos para não desabar...

A mãe precisa falar com vocês, preciso conta uma notícia e preciso que vocês sejam fortes... (a partir daqui eu não me aguento mais e começo a chorar) - o tio de vocês... ele virou uma estrelinha bem linda lá no céu... – digo já em lagrimas.

O meu tio morreu mãe? – Montserrat pergunta já se debulhando em lagrimas.

Eu não resisto é começo a chorar cada vez mais...

Minhas meninas começam a chorar e eu tento ser forte para consola-las.

No dia seguinte arrumo as meninas para irmos ao velório se despedir de Gio...

Logo quando chegamos Montserrat pulou no caixão chorando muito... ela não queria sair dali de perto dele...

Ver essa cena me partiu ao meio, meu coração se despedaçou em um milhão de pedaços...

Por vez a Dulci apenas chorava no meu colo... eu estava tentando ser forte mais estava quase que impossível, eu só queria que fosse apenas um pesadelo...

O velório acabou e voltamos para casa, Montserrat não consegue parar de chorar e não fala com ninguém, o pai dela teve que carregar ela no colo até o carro, por vez a Dulci estava calada deitada sobre o meu colo.

A volta para casa foi mórbida o silencio reinava, chegamos em casa todos banharam e foram tentar dormir.

Montserrat estava acordada quando passei no quarto dela para ver se estava tudo bem. Adentrei o quarto e me deitei ao lado dela, começamos a relembrar os velhos tempos em que o gio estava com a gente a conversa se prolongou tanto que quando nos demos conta já tinha amanhecido.

Nenhuma das meninas tinha condição de irem à escola hoje, então deixei que faltassem hoje...

Meses se passaram é a dor da perda tinha amenizado mais, agora só ficou a saudade... meu marido agora faz pouco caso dá nossa dor, ele nunca gostou de fato do meu primo, sempre sentiu ciúmes eles sempre tiveram uma relação difícil.

Não podia nem ouvir as músicas que lembrava meu primo porque ele sempre reclamava, e também porque toda vez Montserrat começa a chorar com saudades do tio, então eu resolvi não escuta mais e tive que enterrar tudo que me lembrava ele.

Nem Todos Os Abraços Do MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora