Alexie acaba de entrar no hospital Presbiteriano de Nova Iorque logo depois de passar na sua prova de residência, após seis anos estudando medicina em Midwestern. Agora em uma nova etapa da sua vida depois de evitar ao máximo distrações anteriorment...
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Já estou há 24 horas de plantão e confesso que o cansaço está absurdo, a madrugada foi intensa mas não entrei em cirurgia, o senhor Barry Patmore está internado após alguns testes, a operação vai demorar um pouco para ser realizada, então sem sucesso.
Brianna está dormindo após realizar algumas cirurgias, a última vez que a vi foi antes dela sair correndo quando aconteceu a parada cardíaca no seu paciente.
Ando até a sala de tomografias após meu novo paciente ser colocado na cabine enquanto o atendente responsável não chega. O ruim disso tudo é que muitas pessoas que sofreram algum acidente são de outras cidades, ou países. E muitos não sobrevivem, e a notícia que os parentes receberão é sobre o falecimento dos seus familiares.
As vezes acho que colocaram alguma balinha nas minhas bebidas pois fico voando nos meus próprios pensamentos como uma drogada, e esqueço totalmente que não estou atoa, como agora.
— Dra. Gerloff! — sou chamada a atenção por uma voz grossa que faz meu coração parar por alguns segundos, principalmente depois de ver quem está ao meu lado.
Respiro fundo me recompondo e logo respondo séria: — Dr. Hacker. Me desculpe pela falta de atenção, Suzana Zilber, 62 anos o seus exames e análises observadas por mim consistem em um glioma. — o vejo prestar atenção em cada palavra dita por mim enquanto olhamos para o paciente na cabine— Observei que é um glioblastome multiforme, ou seja há um crescimento mais rápido nesse tumor.
— Dra. Samantha Clifford comandará o caso com você, apenas assumi enquanto ela está em cirurgia mas acabou de sair. — aviso sem olhar para o loiro mas sinto ele fazendo isso por mim pelo canto do olho. — Com licença. — caminho em passos calmos até a porta e não ouço nenhuma resposta.
— Você assumirá o caso..Gerloff. — ao escutar sua voz me viro automaticamente e Vincent está com suas nádegas encostadas na bancada com seus braços cruzados olhando para mim com seu rosto sereno, como se tudo já estivesse decidido não importando o que viria pela frente.
— Essa não é minha área, minha especialidade é outra.
— Pelo que eu bem entendo, ainda não realizou nenhuma prova para se especializar em alguma área. No entanto eu sou atendente, que está bem acima do seu primeiro dia de residência, e nesse hospital você dirige apenas aos que estão abaixo de você, quanto a mim, eu decido aonde vai atender. — suas palavras com tom de egocentrismo entram pelos meus ouvidos gerando uma raiva tremenda que só aumenta quando o mais velho diz: — Então, cuide desse caso. — e assim sai pela porta que eu deveria ter saido minutos atrás.
[ ... ]
— Glioma? — o mais velho questiona desacreditado.
— Sim, a senhora Zilber têm no máximo 15 meses de vida caso não receba nenhum tratamento. — digo calmamente para o senhor abatido pela informação, seus olhos transparecem tanta dor. — Mas nesse estágio da doença dificilmente o tratamento promove melhoras, eu sinto muito. — após as minhas falas ele não segura mais suas lágrimas e me abraça fazendo-me ficar sem reação por alguns segundos, mas logo retribuo delicadamente.
