🍃| Capítulo 1

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(artista da capa: Xilmo1 no twitter)

S/n estava apenas sentada em uma das mesas em frente ao caçador de cervos, como todos os dias, era apenas mais um fim de tarde pacato pra ela, apenas esperando seu turno acabar para ser liberada pra ir pra casa, e nada mais.

Sara: ei! Se importa de me ajudar com uma encomenda?

Tirada de seus próprios pensamentos, ela responde
S/n: claro! De que se trata?

Sara: o Charles da taverna presente dos anjos fez um pedido de algumas carnes pra servir como aperitivo.

S/n: ah sim, e você precisa que eu vá até lá entregar?

Sara: sim! Aqui pegue
Ela pegou uma grande travessa de metal coberta por uma espécie de papel amarrado ao recipiente e saiu em direção a taverna, qual não ficava muito longe de lá.

A movimentação na cidade era alta, pois era em torno das 17 sem contar que era uma sexta feira, todos eram liberados de volta pra suas casas após suas longas e cansativas semanas de trabalho para descansarem no final de semana. Ela mal esperava pra poder voltar pra casa também e descansar após entregar o pedido. Caminhar de um lado pro outro ao longo de mondstadt não é um trabalho tão simples quanto parece.
Se aproximando da entrada da taverna, já podiam se ver alguns homens reunidos na entrada de lá, sentados nas mesas ao ar livre apenas jogando conversa fora enquanto bebiam, alguns até cumprimentaram a garota, que era de certa forma conhecida pela cidade como a "entregadora de comida"
Quanto mais perto da porta, podia se ouvir suavemente um som, uma música, tocada por uma harpa de forma muito bela, com uma linda voz cantando, curiosa ela abriu a porta e adentrou a taverna.
A cena era inusual, o atendente do dia era na verdade Diluc, qual estava quieto limpando os copos atrás do balcão, o primeiro andar estava totalmente vazio, a concentração estava toda no segundo andar, onde se encontravam diversos homens fazendo barulho e aplaudindo enquanto alguém se apresentava, mas aquilo estava longe demais pra ela poder ver quem era.
Ela sabia que muitos bardos tomavam a oportunidade de se apresentar na taverna por alguns trocados, como o José dos seis dedos qual sempre estava lá, mas não hoje... Era alguém diferente.

Ela se aproxima do balcão com sua travessa e a coloca em cima da bancada.
S/n: Olá! O Charles pediu esses aperitivos pra taverna e eu vim aqui entregar!

Diluc: obrigado, ele havia me avisado

A garota estava prestes a tomar sua saída, mas sua curiosidade tomou conta de sua mente
S/n: por que tanta movimentação no andar de cima hoje?

Diluc: ah, aquele bardo está cantando aqui hoje denovo, ele acha que vou dar algo pra ele beber assim por uma movimentaçãozinha...
"De novo" então significa que não era a primeira vez que aquele alguém se apresentava lá

S/n: oh! Qual bardo está por aqui?

Diluc: não o conhece? Venti está ali, se quiser subir dar uma olhada, sinta se a vontade...
"Venti" ela já tinha ouvido falar esse nome antes, ele era um exímio bardo, muito talentoso com a sua harpa e diziam que sua voz era linda, o que ela já pode confirmar ser verdade. Porém, ela nunca teve a oportunidade de conhecê-lo assim em pessoa.

S/n subiu as escadas, e se deparou com a cena, um moço de estatura baixa, um cabelo preto com mechas coloridas e roupas um tanto chamativas, ele inclusive tinha uma visão pendurada em sua cintura, ele realmente não era um cidadão comum.
Ela iria apenas passar pra dar uma olhada, mas no momento que subiu o último degrau, seus olhos se encontraram com as órbitas verde água de Venti, ela se sentiu de certa forma hipnotizada pelo garoto. Parou por um momento logo ao lado das escadas, apenas apreciando a bela música, agora ela entendia o porquê de tantos bons comentários do povo sobre o bardo.
A multidão foi lentamente se desfazendo e voltando a cuidar de seus próprios assuntos, quando ela notou, uma mesa próxima ao "palco" de venti estava livre e foi pra lá que ela foi.
A garota puxou a cadeira e se sentou, do lugar que estava tinha uma visão perfeita do "show" parecia que ele nunca se cansava, ele cantava e cantava, e ela estava tão concentrada em sua voz que mal notou o público ao redor saindo lentamente e retornando a suas mesas, quando de repente, estava lá apenas ela prestando atenção na música do bardo.
No entanto, de repente sua música parou, ele notou que não tinha mais público lá além dela, e foi até ela que ele foi.
Venti puxou a cadeira que estava logo em sua frente, e se escorou contra a parede ao seu lado soltando um longo suspiro

★ Unidos pelo vento | VentiOnde histórias criam vida. Descubra agora