Nem em gritos silenciosos e nos seus sonhos mais selvagens Anne Francis sonhou com isso: Conhecer um europeu que pegou um voo errado e foi parar em um bar na agitada cidade de Nova York, se apaixonar e descobrir posteriormente que ele não é um europ...
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- As luzes sãotão brilhantes mas elas nunca me cegam, taylor swift.
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As ruas de Nova York estão frias como sempre, posso sentir o vento frio contra meu rosto conforme caminhava até o mick's, um bar onde costumo ir com minhas amigas. Acontece que é sexta a noite e as chances do pequeno bar estar ao menos um pouco vazio são praticamente inexistentes... e minha teoria se confirma quando passo pelas portas do lugar com um pouquinho de dificuldade entre todas aquelas pessoas em seus casacos, a música alta se faz presente mas todos aqui buscam um som que nunca tenham escutado antes.... mas ainda trás um certo conforto pela familiaridade.
Sei exatamente para onde devo ir já que lizzie, marie e eu sempre estamos aqui e a mesa dezesseis no fundo do bar é quase nossa por direito mas quando chego lá não encontro nem lizzie e nem marie. Havia um rapaz ali de cabeça baixa, óculos escuros e o copo de alguma coisa... não estava esperando por isso de nenhuma maneira porque não é todo dia que alguém usa óculos escuros de noite e em um bar? mas isso me cativou um pouco também, sempre me disseram que tenho uma facilidade enorme para me comunicar e fazer amigos e acho que hoje é um bom dia para isso.
— Sabia que essa mesa é minha? – Pergunto casualmente me sentando no banco acolchoado na sua frente. — e antes que use o argumento mais previsível possível, tem sim o meu nome nela.
Falo sorrindo enquanto aponto para o "anne francis esteve aqui" que escrevi bêbada no cantinho da mesa. O até então estranho ri baixinho e volto meu olhar para ele, agora com a oportunidade de analisá-lo melhor é até um tanto charmoso, com uma pele levemente bronzeada que lhe dá um ar de mistério, ele não deve ser de nova york.
— Me desculpe, senhorita francis... vi essa mesa tão solitária e não pude evitar. – Diz com um sorriso torto nos lábios, não pude deixar de perceber o forte sotaque que confirma que ele realmente não é daqui. — Essa mesa estava tão solitária, que péssima dona você é.
— Pois é, talvez eu seja uma dona terrível mesmo... deixei um estranho ficar com ela!! e o pior é que você nem é daqui. – Termino a frase com um suspiro dramático que arranca risos de nós dois. — Mas falando sério agora, você é um vampiro ou algo do tipo? ok que nem isso faria sentido porque já é tarde... mas quem usa óculos escuros em um bar?
Pergunto ainda observando seu rosto e quanto mais eu olho... mais eu gosto. O ladrão de mesas tem um rosto firme, ele tem maçãs destacadas e seu maxilar é definido, acho que não será um sacrifício dividir a mesa com ele.
— Sério? falando sério? – ele começa a rir e decido imediatamente que gosto daquele som, das covinhas que apareceram também... e talvez um pouquinho do fato de fui eu quem causou aquilo. — da onde eu venho é bem comum usar óculos escuros pela noite, nada mirabolante. – ele diz por fim e dá de ombros.
