Prólogo.

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Atenção, esse capítulo terá fortes cenas de violência, humilhação, palavras de baixo escalão e homofobia, se você é sensível á esse tipo de conteúdo, eu recomendo que passe para o próximo capítulo. Obrigada.

Hoseok.

Coloco minha caixa de volta debaixo da cama e vou em direção a o banheiro, passo água no rosto e em seguida o seco com um pano. Hoje é domingo, e aparentemente meu pai não está em casa, já que
são onze horas da noite e ele ainda não voltou.

Desço as escadas, entro na cozinha e pego um copo e coloco água. Estava preparado para voltar pro meu quarto, quando escuto a porta principal ser aberta com violência, escuto também passos pesados, e em seguida escuto meu nome ser chamado.

— Droga. — sussurro e fecho os olhos com força. Meu pai tinha chegado e provavelmente estava bêbado, de novo.

JUNG HOSEOK. — chama de novo. Estremeço e coloco o copo de água que estava bebendo devagar na pia, não queria fazer barulho, só queria sair pelas portas do fundo e pula a janela do meu quarto e me trancar lá. O que não foi possível já que o vejo na porta da cozinha, e claro, com uma garrafa de Vodca em uma de suas mãos.

— O que eu disse sobre dormi tarde. —  diz com uma calma assustadora, engulo em seco e desvio os olhos.

- Desculpa e que eu estava esperando o senhor, estava preocupado. - digo. Mentindo, geralmente dormia cedo para evitar conflito e não me atrasar para a escola, mais hoje fiquei acordado até tarde lendo um livro, perdi a hora.

- Tudo bem, mais já que está acordado até agora, venha, sente-se com seu querido pai, vamos conversa. - diz dando um sorriso, aquele sorriso macabro e debochado. Com receio me sento frente a ele na mesa.

- Então como foi sua semana? - diz, me olhando de forma estranha.

- Foi normal, não aconteceu nada de mais. - digo, dando de ombros.

- Que bom, como vai na escola? Como anda suas notas? - diz dando um grande gole de sua garrafa.

- Bom, na escola anda normal, nada de mais. Minhas notas também estão normais. - digo, ajeito meu moletom desconfortável e desvio os olhos, algo em mim dizia que por trás de toda essa calmaria ele estava tramando alguma coisa.

- Bom, agora eu preciso dormi... - digo e me levanto.

- Não, senta ai, agora. Eu ainda não terminei com você. - diz e aponta para a cadeira atrás de mim. - Você ainda fala com ele, não fala? - diz. Me arrepio da cabeça aos pés, deveria ter corrido quando ouvir a porta ser aberta, mais agora é tarde.

- O que? Falo com quem?

- Você acha que eu não vi. Você com aquele gayzinho de merda do seu 'amiguinho' conversando no parque ontem. Eu disse para você sobre aquela doença que alguém deu o nome de homossexual? - pergunta e se levanta e bate com força na mesa, me assusto e fecho os olhos. - Hein HOSEOK, O QUE EU TE DISSE SOBRE AQUELE SERZINHO? - grita. estremeço e fico em silencio.

Yoongi.

- VOCE É IGUAL SUA MÃE, DOIS INÚTILS, DEVERIA TER MORRIDO JUNTO COM ELA NAQUELE DIA. - abaixo a cabeça apesar de querer falar algumas pra ele nada adiantaria, ele está cego de ódio.

- RESPONDE, RESPONDE. - grita mais uma vez, continuo em silencio. - VOCE REALMENTE NÃO VAI FALAR? JÁ NÃO BASTA SER AFEMINADO SÓ ME FALTA VIRAR GAY TAMBÉM, para completa essa decepção que você já é. - silencio, de novo.

O vejo respira fundo, e agarra meu cabelo fortemente e coloca meu rosto contra o vidro da mesa gelada. Solto um grito de dor. Ele dá a volta na mesa ainda segurando meu cabelo e me levanta fazendo com que a cadeira que eu estava sentando caia.

Ele me empurra em direção a porta da cozinha e dá um gole em sua garrafa e vem em minha direção, assustado me arrasto pelo chão com dor no quadril e perna. Consigo me arrasta até a escada, e coloco minha cabeça no primeiro degrau da escada. Ainda com a visão um pouco falha o vejo da um soco no espelho que ficava na lateral da sala, pega um dos cacos que caiu no chão e vem em minha direção com um sorriso macabro.

Tento me vira para subir a escada, mais ele pega em um dos meus pés e os puxa com brutalidade, fazendo com que eu caia e bata a cabeça no chão. Pega minha cabeça com força e aperta meu rosto, e em seguida pega o caco do espelho, e passa devagar pela minha bochecha. Sinto a ardência e o sangue escorrer pela lateral do rosto, e chegar até minha boca.

- ME SOLTA, ME SOLTA. - começo a gritar em meio ao desespero com os olhos cheios de lágrimas.

- Cala a boca seu inútil, vai acorda os vizinhos. - diz e coloca um das mãos na minha boca, em uma tentativa falha de tentar me soltar, começo a me balançar.

- Fica quieto. - diz. Sinto um soco no meu olho direito, fico meio zonzo.

Em seguida sinto uma sequência de socos e chutes por toda parte do meu corpo, já meio desacordado, sinto o gosto metálico de sangue chegar até a minha boca. Levanto um pouco minha cabeça e cuspo o sangue ao meu lado. Sinto ele se levantar de cima de mim e aos poucos o vejo subir as escadas limpando a mão no seu casaco. Me deixando para atrás como se eu fosse apenas um boneco que você usar para descontar suas frustações.

Espero alguns minutos ainda deitado no chão, tentando me levantar mais uma forte dor atinge meu quadril, coloco uma mão por cima do local, numa tentativa falha de fazer a dor passar. Depois de algumas tentativas fracassadas de levantar, consigo levantar e ir pro meu quarto, mancando e ainda com muita dor.

Pego um pano e o passo devagar no meu rosto, coloco por cima um Band Aid. Tomo um banho gelado, sabia que se banhasse com água quente as feridas iam piorar, me enrolo na toalha e saiu da banheiro.

Paro para me observar em frente ao espelho do meu quarto, tem uma enorme linha vermelha em cima do mesmo lugar em que meu pai passou o caco do espelho, meu olho está roxo. Na minha barriga a vários roxos espalhados por quase toda a parte, como sou muito pálido os machucados ficam mais aparentem a luz.

Visto um conjunto de moletom e me deito e fico pensando.

Sem perceber sinto lágrimas escorrendo pelo meu rosto, durmo em meio as lágrimas e muita dor.

[...]

oioi, essa é minha primeira história sobre os meninos, minha real intenção não e ofender os meninos e nem ninguém ok, tudo que está aqui é apenas fictício, bye bye.

Your Eyes. - JHS & MYG.Onde histórias criam vida. Descubra agora