Das Quebradas ao Japão

O início de tudo

Dia 6 de Julho de 2005, estava voltando da escola por volta das 17 e pouca da tarde, o céu tingido de vermelho intenso com leves pingados de um laranja avermelhado, me encontrava destruída vendo esta obra de arte, quando vejo meu irmão, Masataka Shimizu, meu irmão mais velho, junto dos amigos idiotas dele, fingi que não vi, não queria me intrometer nos assuntos dele, porém parei de ignorar quando escutei, um deles falando sobre o Manjiro Sano, parei quase que instantaneamente e virei o rosto, mas não tanto, querendo ver quem é que tinha citado o nome de Manjiro.

- Esperem! - O dono da voz chama a atenção dos amigos de Kiyomasa.

- Olha só quanta resistência e tu ainda está consciente! - Um dos amigos do meu irmão diz, zombando a cara do moleque.

Enquanto eles estavam distraídos, me aproximei um pouco, ficando somente à espreita vendo tudo o que estava acontecendo.
- Bom... E que... - Ele dá uma pausa dando pelo menos dois passos para frente. - Eu soube que você sai da gangue Manji de Tokyo, não são? - Ele pergunta fazendo todos ficarem quietos.

- Garoto idiota, já tomou uma surra e ainda fica perguntando estás coisas para o babaca do meu irmão... Será que ele quer morrer tanto assim? - Me pergunto ainda a espreita, abaixada perto de uma das moitas.

- É que eu gostaria de me encontrar com um dos líderes, o Sano ou o Kisaki - Ele diz com interesse em conhecer um destes dois.

- É, ele não conhece mesmo o meu irmão e nem a gangue que participa, espero que tenha tido uma vida boa e sem arrependimentos, mas também... Não sabia que o Draken tinha saído do posto de liderança, o Mikey e ele brigaram? Se brigaram, por quê o Mickey colocaria o Kisaki no lugar do Draken? Ele é tão fraco... - Penso ainda prestando atenção na situação.

- Será que vocês conseguiriam arranjar isso? - O garoto loiro pergunta se mostrando bastante interessado em conhecer os líderes da gangue.

Kiyomasa, sem um motivo aparente, começa a ficar puto, me deixando sem entender.

- Ah, mas se não der tudo bem... - Parece que o garoto magrelo entendeu, o que está acontecendo.

Meu irmão, putasso da vida, vida seu rosto olhando por cima do ombro com um ódio mortal nos olhos, seus aliados até tremem de medo ao vê-lo furioso.

- Alguém trás o meu taco - Kiyomasa simplesmente exige.

De forma impulsiva e totalmente involuntária, saio de trás da moita e indo até meu irmão.

- Ninguém vai trazer taco nenhum para cá! - Digo aparecendo na frente de meu irmão.

Todos se assustam sem entender da minha aparição repentina.

- Victória... O que está fazendo aqui?! - Meu irmão pergunta olhando para mim, enquanto jogava fora o cigarro que acabara de quebrar no meio.

- Bem, aparentemente, te impedindo de ir para a cadeia, de novo - Falo em um tom de tédio e desinteressada.

- Pirralha intrometida! - Masataka diz cerrando os dentes.

- Por quê não vai bater em alguém do seu tamanho, o seu babaca? - Pergunto me aproximando de Kiyomasa - Você não se cansa de causar problemas para os outros não? Não se cansa de ficar batendo em crianças ou naqueles que são menores e mais fracos que você? - Questionava meu irmão olhando para ele, que ficava bravo a cada vez mais em que eu falava.