II

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Depois que saí da escola corri para o meu trabalho, era un café estúpido onde iam poucas pessoas, era uma espelunca, mas foi o único lugar onde consegui emprego, e alguém precisa por comida naquela casa. Ela fica o tempo todo bêbada, gasta todo o dinheiro que ganha mensalmente do governo com isso, então eu tive que tomar as rédeas da casa.

A escola ficava muito longe do trabalho, então eu ia de ônibus, e eu até passaria a viagem escutando música, então mais uma vez me amaldiçoei por ter perdido meus fones.

Quando o ônibus parou à duas quadras do café eu sai correndo do ônibus, cheguei no café rápido, e como semore tinha aqueles garotos com blusas listradas de preto e branco, calça preta, coturnos, e rosto pintado que fazian mimica pir uns trocados, e como em todos os dias eu agradeci por não ter tido que recorrer a isso.

Entrei no café, o movimento era mínimo, como sempre, coloquei meu avental e fui para trás do balcão.

-Hey mate! - disse Calum.

-Oi - respondi baixo.

Calum era de longe o único que eu poderia cchamar de amigo, era também o único que não me culpava pela morte dele, o único que não me julgava, que nunca me pressionava, mas eu tentava ao máximo não me apegar à ele, pois como todo mundo ele iria embora algum dia.

-Como foi hoje?

-Como sempre, eu ganhei uma cicatriz nova nas costas, fui chamado de assassino, enfim, tudo normal, e com você?

Meu pai era um radialista conhecido em toda Sydney, não havia um lugar onde não haviam ouvido falar de Daryl Clifford, e a morte dele abalou muito, acidente de carro. Eu estava dirigindo o carro, eu sobrevivi, mas passei dois meses em coma. As vezes eu preferia não ter acordado, as pessoas me culpavam pela morte do meu pai, eu não entendia, mas não podia fazer nada.

-A você está vendo aquelas duas pessoas sentadas? São nossos terceiros clientes hoje - ele riu sem humor. Nós dois sabíamos que se continuasse assim o café fecharia, eu ficaria na merda, e Calum também.

O dia se passou assim, algumas poucas pessoas entraram, nada muito grande. Hoje era o meu dia de fechar o café, Calum me ajudou a arrumar tudo e foi embora, eu fechei e olhei no relógio, nove horas, eu ainda tinha tempo de pegar o ônibus.

Andei despreocupadamente, pois o ônibus ainda levaria umas meia hora para passar.

Senti uma mão no meu ombro, me virei e vi um dos mímicos parado com um sorriso de covinhas, eu não sei porque mas também sorri, seus olhos azuis brilhavam, era a única coisa que eu podia ver de sua aparência. Eu sai do transe quandi ele me entregou uma rosa, fiquei olhando para ela, quando olhei para cima ora agradecer vi que ele estava correndo na direção oposta.

Caminhei olhando para a rosa, percebi que tinha um bilhete amarrado a ela, peguei e li brevemente.

"Oi, eu sou Luke.
Hoje eu te vi entrar triste ni seu trabalho como sempre, e te entreguei essa rosa por que quero que sorria.
É vermelha como seus lindos cabelos, espero que te faça sorrir;
Com carinho
-LukeXX"

Sorri feito um idiota, e pela primeira vez quando entrei no ônibus não me amaldiçoei por ter perdido o fone. E pela primeira vez desde que ele se foi, eu consegui dormir.

Chemical Romance: Stay the night || MukeOnde histórias criam vida. Descubra agora