• Origens, Parte 1

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• Brasil, Rio de Janeiro.

O sol nasceu de forma lenta. Logo, seus raios luminosos começaram a invadir o quarto de um jovem, o qual estava deitado em sua cama. A luz o despertou de seu sono, o fazendo reclamar mentalmente, antes de ser interrompido pelo grito de uma mulher.

— HEITOR! JÁ SÃO 11:00!

Os olhos do jovem abriram instantaneamente, arregalados. Heitor se levantou de sua cama em um pulo e correu imediatamente para o banheiro, onde fez suas necessidades e higienes matinais. Em seguida, saiu do banheiro secando seus cabelos cacheados, usando uma blusa de algodão, enquanto já se direcionava para seu guarda roupa.

Vestiu sua roupa de futebol e calçou suas chuteiras de forma rápida, aplicou creme em seus cabelos e passou protetor sob sua pele morena.

Se olhou no espelho, com seus olhos cor de mel, então fez os últimos "ajustes" antes de passar desodorante e sair de seu quarto, assim descendo as escadas e chegando na cozinha.

— Bom dia, mãe! — Disse Heitor, beijando sua mãe na testa enquanto descia as escadas.

— Bom dia, filho! Já comprei o pão — Disse Roseane, uma mulher de 30 anos, de estatura baixa e sorriso encantador.

Heitor se aproximou da mesa e enquanto começou a partir seu pão francês usando uma faca, até que olhou para o relógio de seu celular e percebeu que eram 5:54 da manhã e não 11 como sua mãe havia lhe dito (gritado).

Heitor respirou fundo, a fim de não surtar e então adicionou a seu pão a clássica mortadela.

— Não posso chegar atrasado no teste. — Disse Heitor, abrindo a geladeira e pegando uma caixa de leite.

— Sabe que horas termina esse teste? — Disse Roseane, pegando suas chaves.

— Nem sei, mãe, mas qualquer coisa mando mensagem para a senhora — Disse Heitor, colocando colheres de achocolatado em seu leite e então mexendo o mesmo.

— Olha lá ein, Heitor! Preciso muito de você hoje, filho. Tem muitas quentinhas pra entregar. — Disse Roseane, calçando seus chinelos.

— Relaxa, mãe. Se eu passar nesse teste pra jogar no flamengo a senhora nem vai precisar mais fazer quentinha — Disse Heitor, enquanto começava a tomar seu café da manhã.

— Que Nossa Senhora te ouça, meu filho. A situação tá complicada. Não estou mais aceitando dinheiro do seu tio pra nada, só te mantive na escola porque ele ja havia pago o ano todo. — Disse Roseane

— Eu sei, mãe. Foi meu pai que mandou ele fazer isso, ele não tem culpa. — Disse Heitor, claramente desconfortável com o assunto.

Roseane se aproximou de Heitor e depositou um beijo em sua testa de forma lenta e carinhosa. Após isso, ela olhou nos olhos do filho.

— Eu te amo. — Disse Roseane, falando carinhosamente

— Eu também te amo, Mãe — Disse Heitor, dando um leve sorriso, assim deixando sua expressão de desconforto.

Roseane se afastou do filho calmamente e então, em passos lentos, averiguou se as bocas do fogão estavam "fechadas" e se havia esquecido algo. Logo em seguida, ela se despediu do filho e deixou a casa, indo em direção a "avenida principal".

Heitor terminou de tomar seu café da manhã, limpou tudo o que sujou e então checou seu celular para ver se havia alguma mensagem.

" 📱 - Celular do Heitor:

Lelê 🤍 - 2 mensagens não lidas.

1001 📚 (Grupo da Escola) - 5 mensagens não lidas.

Fut dos crias ⚽ (Grupo do futebol) - 3 mensagens não lidas."

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⏰ Última atualização: Jul 16, 2022 ⏰

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