QUER SER MEU NAMORADO?

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“Bright por que está sendo tão radical assim? É tão importante pra você ao ponto de sair de casa e brigar com seus pais?” Sumallia tenta conversar com o filho.  Arqueando a sobrancelha mostrando insatisfação, Bright continua a arrumar suas coisas sem dá ouvidos a mãe. Pois está decido.

Briana entra no quarto. Inconformada ela chora, pois é muito apegada ao irmão. Sempre estiveram juntos, nos bons e nos maus momentos. E existe outro motivo que a faz se sentir tão abalada como está, mas o orgulho e seu estado, a impedem de ser sincera e mostrar ao irmão seus sentimentos.

“P’, posso ir? Não quero ficar longe de você.” Briana fala soluçando.
“Mãe, por que teve que fazer isso?” Ela fala com uma voz embargada enquanto tenta impedir seu irmão. Briana o abraça e tenta convencê-lo de levá-la junto, mas sua mãe não deixa. De repente ela tem uma crise nervosa. Começa a se debater e vai pro canto do quarto. Coloca as mãos tapando os ouvidos e grita repetindo a frase: EU TE ODEIO! Bright se aproxima. E agachando pra ficar a sua altura, a abraça forte, tentando acalmá-la em meio ao surto.

“Princesa, olhe pra mim. Sou eu, Bright! Não chore, eu preciso de você bem. Arthit espera por você. Lembra da promessa que me fez? Estou aqui. Não vou te abandonar. P’ precisa resolver as coisas.” Aninhando sua irmã em seu colo, ele conversa com ela tentando a trazer volta. Ele sabe exatamente o que fazer. Bright criou a irmã praticamente sozinho junto com sua tia que é governanta. Briana desde pequena sempre foi de um temperamento muito difícil. E seu comportamento só piorou após sofrer da síndrome do pânico de depressão pós-parto. A única pessoa que consegue ter um convívio bom com ela é o irmão e a tia Na.

“Briana, me escute. Eu preciso ir atrás da minha felicidade. Você sempre me pede pra fazer isso, não é verdade?” Bright fala calmante enquanto segura o rosto de sua irmã com as duas mãos.

” Minha princesa pode me ajudar? Prometo que venho ver você daqui a uns dias. Todos os dias eu estarei aqui, e aos fins de semana te busco pra ficarmos juntos. Podemos combinar assim?”

“Hmm.” Briana responde com barulho vindo da garganta.

Com a irmã mais calma ele volta a fazer as malas. Depois de ter arrumado todas suas coisas, Bright se despede de sua irmã e de sua tia Ná. Antes de sair ele presta homenagens aos pais, mas sem ir até eles e sai com o filho.

“In, me leve até Khao.” Bright ainda de cabeça quente e sem pensar, decide ir até Chiang Mai pra se desculpar.

“Bright, são muitas horas de viagem. Só vamos chegar pela manhã.” In responde tentando convencer seu amigo de desistir. Pois ele sabe o estado emocional de Bright e o que ele planeja fazer. Os dois são amigos a muitos anos e In o conhece como ninguém. E ele sabe como Khao saiu de casa. Será difícil convencê-lo de voltar pra Bangkok. 

“Eu disse pra você ir.” Bright sem paciência, o responde com clareza e firmeza, fazendo seu amigo entender que a teimosia não iria vencer qualquer tentativa de convencimento.

Todos seguem viagem a Chiang Mai, até a casa de Khao.

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O padrasto de Khao sai para comprar leite. Ao abrir o portão, se depara com 3 carros estacionados em sua porta. Sendo que um deles é uma van, de onde sai um rapaz com um bebê no colo. Ele acha estranho, pois nunca viu nada parecido antes. É como se um famoso ou alguém muito rico estivesse visitando sua rua.

Bright se aproxima levando Arthit no colo, In e Saint o acompanham.

“Olá, bom dia. Peço desculpas por estacionar em frente sua casa. Deixe-me apresentar, me chamo Bright. Você não deve ter ouvido falar de mim, mas sou amigo de Khao. Moro em Bangkok. É minha primeira vez vindo a cidade. Soube que ele voltou pra casa ontem, e vim na tentativa de conseguir falar com ele. Será que você me permite vê-lo?” fazendo saudação em respeito, Bright fala com padrasto de Khao.
Ele não entende o que está acontecendo.

Mesmo confuso convida Bright para entrar. Ele imagina que uma pessoa que está com um bebê de colo não vá fará mal algum. Ele decide confiar e matar sua curiosidade.

“Tao. Khao já acordou? Esse rapaz estava na frente de nossa casa. Ele diz ser amigo do nosso filho.” fala padrasto de Khao. Ela se vira e ver uma figura alta, forte e com um bebê de colo. A lembrança logo vem em sua mente de quem seja a pessoa a sua frente.

Tao conhece bem as pessoas da família Ayuttaya. Assim como Sumallia não quer o filho com Khao, Tao também deseja o mesmo. Ela se depara com a situação que sempre tentou evitar, Bright na sua sala, e em busca do seu filho.

“O que você quer com meu filho?” Tao fala com uma voz rouca e séria.

“Sou Bright ...” Antes que ele terminasse de falar foi interrompido.

“Eu sei muito bem quem você é!” Tão responde de uma forma não educada. Ela quer que Bright entenda que não é bem-vindo. 

“Eu preciso falar com Khao. Será que posso esperar até que ele acorde?” Bright não entende por que a mãe de Khao está o tratando assim. Ela o olha da cabeça aos pés, se perguntando por que ele veio atrás de seu filho e ainda trouxe uma criança junto.

Arthit começa a chorar com fome. Bright se levanta, pede licença e sai em direção a van para pegar os pertences do filho.

“P’, será que poderia me ajudar fervendo um pouco de água. É pra mamadeira do meu filho.” Bright faz o pedido se dirigindo ao padrasto de Khao. Ele o leva até a cozinha pra que ele prepare o leite da criança.

“Você é casado?” Curiosa, Tao pergunta a Bright para ver sua reação. Pois isso ia responder muitas de suas dúvidas.

“Não. Sou pai solteiro. Arthit é adotado. A mãe dele não estava em um bom estado para cuidar dele e o entregou a mim. Como ela era uma conhecida e muito próxima, confiou-me o papel de ser pai dele desde o dia que veio ao mundo. Surpresa? Em ver um mafioso ser um pai tão atencioso ao filho?” Bright responde em um tom zombeteiro. Ele entendeu onde Tao quer chegar. E ele a encurralou antes que ela fizesse isso.

“Eu não sou Joss. Eu sou Bright Ayuttaya. Não tenho intensão alguma de machucar Khao. Minhas intenções com ele são as melhores.” Bright decide falar a verdade. Ele viu como Tao estava desconfiada. Ele imagina o estrago que Joss deve ter feito, para que ela fosse tão fria. 

“Então você sabe porque estou sendo tão mal-educada com você?” Tao se sente muito abalada com tudo que vem acontecendo em tão pouco tempo. E não quer que o filho se envolva com essa família.

“Não criei Khao para viver dessa forma. Meu filho foi espancado por aquele bastado. Quem vai fazer algo com esse rapaz pra que ele suma das nossas vistas? Estou farta em ver meu filho chorar. Me dói ter que ver meu filho todo machucado.” Tao com a voz embargada, não consegue esconder a dor que vem sentindo desde que Khao se relacionou com Joss.

“Foram, anos para Khao se livrar desse bastardo. Me desculpe, mas não quero meu filho envolvido com vocês novamente. Saia da minha casa!” Tao não perde o controle e começa a expulsar Bright de sua casa. Ele se mantém firme e não sai do lugar.

A mãe de Khao faz muito barulho. E lá do quarto o filho ouve e imagina que seja seu ex que tenha vindo o pegar. Na tentativa de fugir, ele pula a janela. Saint de longe ver e avisa In. Os dois o cerca sem dá a chance de ele fugir, e Saint vai chamar seu chefe.

“Chefe, Khao está do lado fora. Ele estava fugindo pela janela e o cercamos.” Saint avisa seu chefe.

Bright, com filho no colo, sai em direção à frente da casa e os pais de Khao vão logo em seguida.

“P’, o você está fazendo aqui? Como descobriu onde estava?” Assustado, Khao não consegue entender por que Bright veio atrás dele. Ele tem medo do que a mãe pode fazer, ele sabe o quanto ela tem raiva do Joss e associa todos da família a ser como ele.

Bright se aproxima de Khao, pega sua mão e o olha por uns instantes. Deixando a pessoa a sua frente com vergonha e a corar.

“Me permite conversar, só por uns instantes com você? Eu prometo que depois de me ouvir, desejar nunca mais me ver. Irei sumir da sua vida.” olhando nos olhos de Khao e falando com uma voz calma, Bright tenta convencê-lo. E ele aceita respondendo com um grunhido vindo da garganta.

“Primeiro, quem é esse bebê? Eu ouvi dizer que é pai, como?” Khao já sabe que Arthit não é filho dele de sangue, mas teme que Bright tenha alguém. Com coração acelerado, e as mãos suadas ele não consegue disfarçar que a pessoa a sua frente mexe muito com seus sentimentos.
Khao o puxa pelo braço e o leva para seu quarto, e os três seguem juntos.

Bright coloca o filho que havia adormecido em seu colo na cama de Khao. Ele se aproxima devagar, senta-se na poltrona e estende sua mão, pedindo para que a figura em sua frente se sentasse em seu colo. Khao se aconchega, e ainda nervoso e com o coração quase saindo pela boca, não consegue negar o pedido. Os dois trocam olhares. Bright estende uma mão na cintura fina de Khao e a outra leva direto ao rosto dele, e faz carinho.

“Eu acordei, fui te ver, e já não estava mais lá. Eu sinto muito, ter feito você passar por isso. Não sabia que minha mãe ia reagir te expulsando. Me desculpe ter feito você chorar e por terem te magoado.” Enquanto fala, ele sobe sua mão que estava na cintura e a leva para nuca, puxando seu corpo para mais perto, e esticando o pescoço para alcançar os lábios macios de Khao e o beija levemente.

“Eu senti muito sua falta. Por favor não saia de perto de mim novamente. Me deixe cuidar de você.” Bright rosca seu nariz no de Khao e os dois ficam parados, de olhos fechado, cabeça em encostada na outra. Ele se emociona por um instante, ele ama muito o Khao e não quer o ver machucado e nem que ninguém faça nada contra ele.

“Arthit, é meu sobrinho. Ele é filho da Briana com Joss. Lembra da moça que você viu Joss abusando e decidiu terminar com ele por conta disso? É minha irmã!” Khao ao ouvir as palavras de Bright começa a chorar. O misto de sentimentos invade seu coração, fazendo com que ele não acredite que o destino tenha feito isso com ele.
Ele envolve seus braços ao redor do pescoço da pessoa em que está no colo e chora sem parar. Bright o abraça forte e o consola, mesmo estando tão quebrado quanto Khao. Os dois ficam um bom tempo, chorando e em silencio.

“P’, quando você me disse, que me conhecia e eu fazia parte de sua infância. Não lembrava, mas quando cheguei em casa, eu lembrei de você e do P’Joss. Eu não sofri acidente, o que houve comigo foi muito pior, mas não estou pronto para falar. P’, eu passei pouco tempo ao seu lado, e eu gostei de ser cuidado, mimado e amado por você. Se eu pedir pra que apagasse da cabeça que eu sou o ex de Joss e tudo que aconteceu, acha que poderíamos tentar? Eu não te amo P’Bright, mas eu quero muito poder amar você. P’ pode ter paciência e esperar por mim?” Soluçando e agarrado ao pescoço da pessoa, Khao desabafa.

“Khao, eu te amo tanto, eu sou capaz de esperar quantas vidas fossem precisas. Você não tem culpa e nem Briana, pelos erros daquele bastardo. Se eu me importasse com isso, estaria aqui tentando te convencer de ficar comigo? Meu amor, me deixa te provar que mereço te ter em minha vida. Eu saí de casa, daqui, se você decidir ficar comigo. Vamos para minha casa, onde morava antes de voltar pra meus pais. Não precisa me responder agora, fique uns dais com sua mãe. O Saint vai ficar aqui. Volte pra mim, quando estiver certo do que quer. Eu estou disposto a te dá o mundo se quiser. Arthit e você serão sempre minha prioridade e tudo pra mim.” Bright mostra suas intenções e sentimentos, o fazendo ficar balançado com a proposta.

“Promete que não vai me machucar? Dói P’... meu coração está doído, estou cansado de tanto sentir dor. Não quero ter que dividir você com mais ninguém, você pode ser só meu?” As palavras que Khao acabara de falar, entra com um punhal no coração de Bright. Ele percebe o quão quebrado e receoso ele está.

“Não, eu não vou te prometer nada. Já falei, vou te provar que mereço te ter em minha vida. Aceita ser meu namorado? Mas comigo, vem esse rapaz. É meu filho, não o tenho como sobrinho, É MEU FILHO! Consegue lidar com isso?” Bright enxuga as lágrimas no rosto de Khao e pergunta com firmeza.

“Me dê três dias para pensar em tudo e lhe dá uma resposta.” pergunta Khao a Bright que lhe responde com um barulho vindo da garganta, aceitando ao pedido de Khao.
Bright se despede de Khao e sai levando seu filho no colo.

“P’Tao, Pai. Agradeço por me deixar conversar com seu filho. Estou retornando pra casa, mas vou deixar alguns seguranças aqui caso apareça alguém. Me liguem a qualquer momento se precisarem de algo. Khao, eu vou esperar por você.” Bright fala para a figura a sua frente.

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“Khao, o que foi isso? Você tem algo com Bright? Meu filho você não aprende?” Tao começa a brigar com o filho, que fica queito ouvindo tudo que a mãe diz. Esperando a chance de falar tudo que sente e pensa. Até que chega ao seu limite.

“Mãe, o que a senhora sabe? Bright foi quem me ajudou. A senhora viu as mãos dele feridas? Foram socos na porta, onde aquele doente havia trocado tudo na minha casa. Ele fez de tudo pra impedir que Joss fizesse o que fez comigo. Quase o matou, só não fez porque eu impedi. Bright cuidou de mim mãe. Ele me levou pra o hospital, e enquanto eu estava ao lado dele eu pude experimentar o sentimento que não sabia que existia. CUIDADO. Apesar de ser minha mãe, cuidador de mim desde que nasci, existem coisas que você não pode fazer. Eu lembrei da época que éramos crianças, e junto dela o que fiz questão de enterrar no mais profundo abismo da minha mente.” Khao fala com uma voz séria.

“Ele me pediu pra morar com ele, e sabe mãe. Eu acho que vou considerar. Eu não sei o que a vida me reserva, mas se ela me enviou Bright de volta, e não irei rejeitar.” Ele briga com sua mãe e sai para o quarto deixando os dois na sala.

Dois dias se passaram, Tao decide ir até seu filho. Ela bate na porta do quarto e não obtém resposta. A noite seu pai resolve tentar e Khao o recebe.

“Filho, o que está fazendo não está certo. Sua mãe esta preocupada com você.” Fala padrasto de Khao.

“Não gosto com ela faz isso. Eu sei errei muito quando estava com ao P’Joss. Eu não quis dizer pra mamãe, mas ele...” Khao começa a chorar. Sei sabe o que aconteceu, mais prefere não perguntar imaginando o que fosse.

“Não precisa falar nada, respeite seu tempo e seus sentimentos. Quando estiver pronto, papai está pronto pra te ouvir.” Ele fala abraçando o filho.

Pela manhã cedinho, Khao vai até onde sua mãe faz suas orações.

“Mãe, me desculpe. Eu entendo que não foi nada fácil pra senhora. Mas tente aceitar só uma pouco.” Khao tenta fazer as pazes com a mãe.

“Se te faz feliz, não vou me opor. Mas se acontecer algo, não espera. Vem embora pra casa.” Tão responde com um carinho no filho.

Dia seguinte o telefone de Bright toca.
📱TRIMM...TRIMM...

Bright: “Alô?”
Khao: “P’, posso voltar?”
Bright: “Eu vou te buscar, arrume suas coisas.”
Khao: “P’... Eu aceito!”
A ligação é encerrada. A pessoa do outro lado da linha, sem reação, não consegue acreditar no que ouviu. Bright estava no meio de um negócio mal resolvido, no trabalho. Em outras palavras, estava cuidando de um devedor.

“Chefe, o que vamos fazer com ele?” Pergunta seu subordinado.

Bright joga seu corpo ao frente e apoia as mãos nos joelhos. Com a respiração ofegante, devido a excitação que seu corpo está. Ele se aproxima da pessoa, aponta a arma e atira na cabeça.

“Agora está resolvido. Desmarque tudo que tiver pra hoje. Vou sair e só volto daqui a 5 dias. Qualquer coisa mais urgente me ligue.” Bright passa as ordens aos subordinados e sai em seguida.

📨 Peth, não vou voltar pra casa hoje. Mas amanhã cedo eu chego em casa, qualquer coisa urgente com Arthit, ligue para minha mãe ou para In. Peça para arrumar o apartamento e deixar meu quarto preparado.

Bright sem nem pensar duas vezes. Abandona tudo e vai para Chaing Mai buscar Khao.

Depois de longas horas de viagem, ele chega a cidade.

📱TRUM.... TRUM....

“Cheguei, vamos?” fala Bright.

“Estou saindo P’.” Khao encerra a ligação. Se despede dos pais e sai com suas malas. Ele tem pressa.

Bright não espera que a pessoa chegue, ele vai de encontro e abraça Khao como se fosse a primeira vez que o tivesse visto.

“Senti sua falta.” Com os braços em volta do pescoço de Bright, os dois se beijam sem se importar com quem está vendo a cena.

“Vamos pra casa.” Fala Bright enquanto puxa Khao pelo braço e o leva pra o carro. Eles seguem de volta pra Bangkok.


Continua...



Oiiii, o que está achando da história? Está gostando da forma como está sendo refeita? Conta pra mim, quero saber sua opinião. É importante pra mim saber sua opinião, quero dá meu melhor na vida de Khao e Bright, e que você leia e sinta o mesmo que sinto ao escrever.

Muito obg por acompanhar minha obra. Eu escrevo cada linha com todo meu amor e tento passar ao máximo o que sinto e o escrever de uma forma mais limpa e fácil pra vocês. gratidão por ler e acreditar em Sweet Desire ❤️.

Deixa seu like e me segue muito 🥹🫶.







Sweet Desire - Bright&KaoOnde histórias criam vida. Descubra agora