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Porchay não aguentava mais estar passando por aquela desilusão amorosa da qual estava lhe consumindo por cerca de dois meses.

E como se tudo ainda não bastasse, ainda tinha aquele bastardo do qual jurou amar por toda uma vida o atormentando com mensagens e vídeos com voz melodiosa que Porchay não queria escutar mais. Porque tudo em Kin extremamente lhe irritava. Pelo menos agora.

Sim, o irritava.

Kin enganou e mentiu para o seu pobre coração que havia se entregado de corpo e alma para a relação que outrora tinham.

Talvez não tivesse tão fresco em sua memória como estava ainda nas primeiras semanas, mas Porchay ainda se lembrava de como foi entrar no camarim de Kin depois de uma apresentação do mesmo, para o parabenizar, dizer que ainda que tarde, havia conseguido comparecer em seu show, e no final de tudo provar tudo o que disse através de um beijo calmo, como a relação de Kin e Porchay era: totalmente calma. Porém não foi bem isso o que aconteceu.

Na verdade, nada preparou Porchay para presenciar a cena de uma garota que ele não fazia a menor noção de quem era, mas estava recebendo apertos firmes e intensos de Kin.

Doeu demais. Doeu porque Kin era seu namorado. Porque Kin nunca havia o beijado ou segurado o mesmo com tamanha intensidade. Porque ainda quando Kin percebeu que Porchay presenciou a cena e saiu correndo do camarim, Kin não foi atrás se desculpar, pedir mil perdões e dizer que era um engano. Porchay naquele momento sentiu que se Kin tivesse feito isso naquele momento, ele com toda certeza o perdoaria.

Mas de alguma forma, tudo o que aconteceu naquela noite no camarim, foi passado e repasso milhões de vezes na mente de Porchay. E agora simplesmente parecia tarde demais para perdoar o cantor.

Mas ainda sim, Porchay se questionava sobre algumas decisões suas vez ou outra.

Então Phi acha que estou sofrendo demais? - Porchay perguntou Khum, um homem rico, cheio da grana, que fazia papel de amigo de Porchay desde o dia em que viu o garoto em uma calçada chorando porque perdeu a hora do colégio e não conseguiu entrar no mesmo para fazer sua prova de inglês.

Desde então, Khun parece ter criado um sentimento paternal pelo garoto, dizendo que adotaria o mesmo. O que na época assustou muito a Porchay, mas tempos depois só percebeu que Khum era louco de uma forma extremamente boa e até mesmo agradável.

Uma grande figurinha que se vestia de uma forma extravagante demais.

Hum... Claro que sim. Esse Kin nem é tanto assim. Você devia apenas viver a vida como o belo de um solteirão que você se tornou.

— Eu não sei qual sentido de "belo solteirão" que você quis passar, mas fique sabendo que me sinto brevemente ofendido

Oh... não se sinta. O que há de ruim em ser belo e solteiro? Isso, exatamente nada. Se acha que não consegue superar isso sozinho, apenas arranje um escape - Khum diz como se fosse a coisa mais óbvia

Phi Khum, isso não se faz - o mais novo diz indignado - Não posso simplesmente ficar com alguém para esquecer de outro, isso seria um baita de um egoísmo

— Creio que você faria um grande caso disso também - Khum diz com desdém ao pegar um pouco de pipoca e lançar na boca. E ainda com a boca cheia permanece a falar - Você com certeza se apaixonaria e então entraremos em um grande conflito emocional.

Porchay tampa uma almofada em Khum de onde se encontrava.

Não é bem assim. Eu não me apaixono tão fácil como phi diz.

Together IntenselyOnde histórias criam vida. Descubra agora