Jaskier conhecia de cor e salteado o percurso que estava fazendo, pois a casa a qual estava indo um dia fora sua. Tinha um filho de dois anos com seu ex-marido, o garotinho que tanto ama chamado Coën, ficava um fim de semana com seu outro pai e o meio com ele.
É segunda-feira, e bem, Jaskier estava lá para pegá-lo.
Estacionando o carro na frente do prédio, ele soltou um suspiro e saiu, subindo de elevador. Quando tocou a campainha uma vez, ela não fora atendida, mas a segunda vez e terceira. Então quando ia apertar na quarta, a porta fora aberta, revelando atrás dela o monumento de homem que um dia teve o prazer de chamar de seu: Geralt, aquele homem musculoso e cabelos platinados, que outrora batiam no ombro e caia em cascata. Mas hoje, o cabelo estava em um corte baixo, não o deixando menos bonito. O homem tinha uma toalha nos ombros e estava apenas de calça moletom, olhava para Jaskier agora com confusão.
— Geralt. — Disse, reprimindo uma mordida nos lábios. O outro olhou para ele com mais confusão ainda, e dessa vez Jaskier bufou, revirando os olhos. — Tem mulher aí com você, não é? Não importa, eu vim buscar o Coën.
Geralt pareceu se lembrar, dando lugar a preocupação, mas logo passou.
— Não que isso seja da sua conta, mas não tem. E por que veio buscar o Coën? Eu não disse que eu o levaria para a casa da minha mãe? — O homem reprimiu um riso quando o outro arregalou os olhos, depois a raiva estava estampada. — Não, eu não disse.
Geralt tirou a mão na porta, e Jaskier entendeu isso como um convite para entrar.
Bom, se era ou não, ele já estava dentro.
— Que merda. Você sabe que é o meu dia, e por que fez isso? — O moreno se virou de costas, olhando toda a casa que as vezes sentia falta. Então se virou de frente, quase dando um passo para trás.
Geralt tinha a toalha bagunçando os cabelos, enquanto olhava para ele, incrivelmente gostoso.
— Ele insistiu muito, até chorou. — Passou pelo moreno, e este inspirou o perfume do sabonete que conhecia bem. — Bem, se é só isso...
— Eu não vou sair daqui até você ir buscar o Coën comigo. — E então se apressou para sentar no sofá, se instalando ali.
— Jaskier... — Ele repreendeu, sabendo que aquilo não acabaria tão bem assim.
— O quê? Você está esperando alguém? — Perguntou o moreno em uma provocação, recebendo mais um olhar de repreensão em respostas. Ele sabe.
Mas, sabendo que seu menino não estava ali, ele decidiu aproveitar a situação – pois sabia que seu o outro não iria na casa da mãe só para tirar Coën dos braços dela.
Geralt então se aproximou do sofá, inclinando o corpo para ficar cara a cara com Jaskier.
— E se eu estiver? — Perguntou, olhando os lábios tão carnudos e convidativos.
Por mais que não estivessem mais juntos, enquanto estivessem solteiros eles se aproveitariam. Ainda existia uma fagulha de amor, paixão e um desejo que nunca seria apagado.
— Aí você terá que dispensa-lo por hoje. — Não ousava quebrar o contato, e levantando uma mão, ele a pousou nos cabelos agora quase secos, puxando-os de leve, em uma provocação gostosa. — Ou então, você pode me mandar embora.
Geralt o olhava com um aviso implícito, os lábios agora quase colados se roçavam, e isso aumentou o desejo já grande entre eles. Jaskier puxou com um pouco mais de força os fios, recebendo um suspiro, enquanto a outta mão descia pela barriga dele, apertando o pau entre os dedos.
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separated
FanfictionGeralt e Jaskier são separados, mas ainda existia algo entre eles. "Eles se amam, mas o orgulho é tanto que encobre esse amor que luta para sair."