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Pov Carina

Eu tava muito nervosa pra jantar com a Maya afinal nem nos conhecíamos direito.

Mas com Maya tudo fica legal.

Atendi a porta e meu deus ela estava linda,mesmo que fosse uma roupa básica ela estava muito linda como sempre é claro.

-oi você está muito linda.

-obrigado e você também.

-obrigado,vamos?

-vamos.

Já dentro do carro percebi que nem sabia aonde estávamos indo então decidi perguntar.

-aonde vamos?

-é.... é....

-que foi?

-eu esqueci o nome.

-não tem problema Maya,calma desde que você saiba aonde está nos levando.

-claro que sei.

Soltou um sorriso largo que meu deus é de paralisar o tempo.

-você tem um belo sorriso.

Assim que eu falei ela corou e ficou parecendo um tomatinho tão fofinha. Não parecia a Capitã Maya Bishop séria e sim a Maya.

-estamos chegando.

-mentira?sério que você me trouxe no El chef??

-não gostou?aí desculpa eu deveria ter perguntado antes aonde você gostaria de ir.

-ei não é nada disso calma,eu estou muito feliz e não decepcionada. Eu queria a muito tempo vir aqui por que é bem falado e o mais famoso de Seattle.

-ai que alívio.

-vamos?eu estou morrendo de fome.

-claro,eu também.

Assim que entramos sentamos em uma mesa mais reservada.

-você ja tinha vindo aqui?

-a muito tempo,com os meus pais.

-você poderia me contar um pouquinho sobre seus pais,ai eu também falo um pouco dos meus.

-Claro mas vamos pedir antes tudo bem pra você?

-por mim tudo bem,vamos pedir.

Elas fazem o pedido e iniciam a conversa.

-você quer falar primeiro?

-pode começar.

-não tem muita coisa sobre os meus pais sabe?

-se você se sentir confortável em falar não tem problema.

-quando eu era pequena meus pais eram muito felizes juntos,mas quando eu completei 13 anos eles se separaram por que meu pai só brigava e gritava com minha mãe então minha mãe se mudou de casa..

Parei um pouco para respirar. Eu já havia superado tudo isso a muito tempo mas mesmo assim ainda mexe um pouco comigo.

-ta tudo bem se não quiser continuar.

-não!eu quero,eu e meu irmão morávamos um pouco na minha mãe e um pouco no meu pai. Quando eu completei 16 anos,minha mãe infelizmente faleceu e foi logo depois disso que eu me mudei para cá pra Seattle e terminei minha faculdade e comecei a trabalhar lá no Grey Sloan.

Assim que eu terminei de falar o garçom trouxe nossos pedidos.

-sinto muito pela sua mãe, é bastante coisa...mas pelo visto você é uma mulher bem forte.

-é e mesmo que eu já tenha superado isso tudo ainda mexe um pouco comigo.

-eu imagino.

Nós estávamos comendo e conversando ao mesmo tempo.

-sua vez.

-ah eu também não tenho muita coisa.

-você só conta se quiser viu.

-não,tá tudo bem. Eu nunca tive uma relação muito boa com os meus pais pra falar a verdade nunca tive uma relação com os meus pais.

Eu percebi que  esse assunto incomodava ela mas decidi ficar quieta para deixar ela continuar.

-um dia eu estava apostando uma corrida de bicicleta com minha melhor amiga Andy que também trabalha comigo. Eu ganhei a corrida e foi ai que meu pai decidiu que iria me tornar uma atleta.

-uma atleta?

-sim,todos os dias ele me forçava a correr e correr até ele achar que estava bom,oque sempre era difícil por que nada agradava ele. Também me forçava a fazer dietas rígidas e quando eu ficava cansada demais e não conseguia mais correr ele tirava as únicas coisas boas da dieta e quase me deixava sem comer.

-nossa eu sinto muito mesmo Maya.

-não,tá tudo bem,depois que eu decidi virar bombeira em vez de atleta ele me expulsou de casa e como a Andy já havia se mudado a um tempo para cá eu fui morar com ela e faz 8 anos que não vejo e nem falo com os meus pais.

-eu nem sei oque dizer pra você,eu sinto muito mesmo pelo que você passou. Mas fico feliz em saber que hoje em dia você está bem.

-sabe que eu também?

Nós jantamos e pedimos uma sobremesa.

-você falou que tem irmão.

-tenho o Andrea,ele também trabalha no Grey Sloan mas como residente. Eu sou a mais velha, e você é filha única?

-eu tenho um irmão mas eu não falo com ele.

-e onde ele está?

-nem eu sei,ele é mais novo só que nunca seguiu uma carreira e a última vez que o vi,ele estava se drogando por ai.

Maya realmente tinha uma história de vida chocante talvez por isso que fosse durona. Eu não sei por que mas comigo ela não era.

Depois de comermos ela insistiu em me deixar em casa mesmo que eu dissesse que pegaria um Uber.

-entregue.

-muito obrigado pelo jantar eu adorei te conhecer melhor e quem sabe nos vemos no meio da semana entre uma emergência.

-acho bem possível,e eu que agradeço.

Eu já estava saindo do carro quando ela segurou levemente meu braço e me surpreendeu com um beijo.

Um beijo lento mas doce,ela beijava muito bem.

-agora você pode ir.

Eu tenho certeza que eu tinha corado mas ela já estava igual um tomatinho então não me importei de virar um também.

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*Esse restaurante provavelmente não existe de verdade...

Amor entre duasOnde histórias criam vida. Descubra agora