A outra face do Amor

Capitulo 02

Bom dia gente, tudo bem com vcs!? Trago o 2° cap da fic pra vcs, agora que Temari foi contratada, qual será o segundo passo em!? Vamos descobrir 😬🔥 Boa leitura a todos e até o final ❤️

Capitulo 02

— Parabéns! Sabia que você conseguiria! — Ino levantou o copo de vinho e piscou para Temari. — Agora que você foi admitida na toca do demônio, só precisa encontrar as evidências contra ele.

Temari franziu a testa.

— Espero que sim. Esta história de dar uma de Mata Hari não é o do meu feitio. — Enquanto falava deixou os dedos correrem pelo volumoso cabelo loiros, que caía sedoso e sobre os ombros. — Tenho certeza de que mais dia, menos dia ele vai descobrir minhas intenções.
— É claro que não! Ele não sabe quem é você; pelo menos uma vez na vida agradeça ao sobrenome Sabaku. Há tantos que ele nunca fará a conexão entre você e seu pai. De qualquer jeito
— acrescentou Ino sorrindo. — Ele pensa que você está atrás de seus tesouros e será neles que ele
vai manter os olhos atentos. Não vai ter tempo de vigiar os arquivos, os únicos tesouros que interessam a você. Isto é, quando ele não estiver ocupado perseguindo-a pelo escritório. — Nova
risada, desta vez provocadora.
— Não precisa me lembrar disso! — Temari a riu. Acomodou-se com ares afetados ao sofá de Ino, esticando as pernas. Vestia calças pretas e um suéter tricotado. — O homem é um maníaco, do tipo que não pode ver um rabo de saia! Precisava ver o jeito com que me olhava com aqueles olhos de vamos para a carnal. — Suspirou. — O disfarce foi uma grande inspiração. É óbvio que ele gosta de mulheres altas, voluptuosas, curvilíneas. Provavelmente eu não conseguiria o emprego se me apresentasse para a entrevista toda discreta.

Ela era, de verdade, como estava naquele momento. Sua beleza, embora Temari jamais se descrevesse como sendo bela, consistia na simplicidade. Usava um mínimo de maquiagem e
roupas clássicas.
Ela retribuiu o sorriso de Ino, sua sócia, amiga e confidente.

— Tenho muito que lhe agradecer por ter chegado até aqui. Se você não fosse amiga da secretária de Shikamaru, jamais teria sido contemplada com esta oportunidade de ouro.

Ino deu de ombros:

— Foi tudo pura sorte. Por acaso nos encontramos depois de muito tempo sem nos ver.
— Pode até ter sido sorte, mas foi providencial. — Temari fez a observação antes de sorver mais
um gole de vinho.

Se Ino não tivesse se encontrado com Sakura, secretária de Shikamaru, e mencionado a agência de
empregos que possuíam, a Ace Personnel, sem, é claro, citar o nome de Temari, Sakura jamais teria
contatado Ino em busca de uma secretária que a substituísse enquanto ficasse de licença para resolver problemas familiares. E Temari nunca teria tido a chance de candidatar-se para o posto.
Olhou para Ino e ergueu a taça num brinde:

— Você e meu primo Sasori são os melhores amigos que tenho nesse mundo, numa época em
que realmente necessito de bons amigos... — Um nó na garganta a impediu de continuar, e as lágrimas rolaram por seu rosto ao recordar-se da morte recente do pai. Respirando fundo, terminou o que estava dizendo. — Vocês dois são maravilhosos. Valem ouro.

Ino inclinou-se para a frente e tocou-lhe delicadamente o braço.

— Você tem sofrido muito nos últimos tempos, Temari. Mas está superando as dificuldades e, no final, vai se sair vitoriosa. — Ela sorriu, encorajando-a. — Eu a conheço muito bem.

Mais tarde naquela noite, quando voltava para casa, Temari pensava na confiança e lealdade da amiga. Só esperava que tanta confiança se justificasse. Shikamaru Nara mostrara ser mais do que um adversário perigoso. Precisaria empenhar-se com determinação para superá-lo.
Ela parou em frente ao prédio de apartamentos, nos arredores da cidade histórica de Cambridge, e ficou olhando por alguns momentos para as janelas escuras do apartamento que ocupava nomomento.
A tristeza a invadiu. Era tão diferente da casa que um dia lhe pertencera! Mas essa casa fora perdida, e graças a Shikamaru.
Suspirando, Temari saiu do carro e fechou a porta. Parecia-lhe algumas vezes que todos os infortúnios de sua vida estavam de certa forma relacionados com Shikamaru Nara. Com certeza, a ruína financeira de seu pai, revelada com sua morte poucos meses atrás, fora provocada pelas transações desonestas de Shikamaru.
A herança de seu pai resumira-se numa montanha de contas, e não lhe restara outra opção a não ser vender sua própria casa para pagá-las e providenciar um teto para a mãe. Se não fosse a generosidade de seu primo Sasori, que a convidara para morar em seu apartamento sem pagar aluguel, ela estaria às voltas com sérios problemas.
Os aluguéis eram muito altos, quando se encontrava apartamento para alugar, e ela ainda estava saldando os débitos do pai. Ino lhe oferecera um lugar no minúsculo apartamento que dividia com
Sai, mas teria se sentido uma intrusa se aceitasse o oferecimento. O arranjo temporário que fizera com Sai era diferente. Seu primo raramente ficava em casa, e por semanas a fio Temari tinha o apartamento só para si.
Na calçada, ela se apressou em direção à porta de entrada do edifício. Também fora Sasori quem lhe falara sobre Shikamaru.