47|Carregada nas costas

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No imperativo da sua teimosia

Ela persistia em convencer o pai a carregá-la

Carregá-la nas costas

Satisfazer o desejo dela

E ganhar como brinde ou prémio

O contentamento sincero dela

O pai abaixa-se para dar vez à sua pequena

A menina pula como um canguru

E entrelaça seus braços à volta do pescoço do pai

Sem a intenção de sufocá-lo

A menina sorri

Inebriada com o cheiro do pai

Sentindo-se como um pássaro a voar

Leve como uma pluma, nos seus pensamentos

Tão alta como um gigante

Finalmente, ela podia tocar o teto

O coração quase à mil

E a felicidade já havia batido à porta

Pois seu pequeno capricho fora realizado

À cem porcento de sucesso

🧸🪁🎀

Do vivido ao pensado em poemas Onde histórias criam vida. Descubra agora