Capítulo final

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Durante breves instantes, sua boca permaneceu sobre a do Dragneel e, desajeitada, Lucy até mesmo arriscou acariciar levemente com sua língua os lábios do rosado. Mas um selinho acabou sendo, pois, envergonhada por não receber nenhuma resposta ao seu avanço, ela recuou e o encontrou com uma expressão peculiarmente intrigada ao fitá-la.

Céus, ela dissera que o ajudaria, mas seu ímpeto inicial que a fizera agir sem pensar duas vezes no que aquilo significava, amainou e a fez desviar o olhar, mortificada.

⸺ Desculpa, eu... se você não quer, então... ⸺ ela gaguejou, afastando-se.

⸺ Outra vez ⸺ ele respondeu com a voz enrouquecida.

Lucy ergueu seu rosto no exato momento em que ele se inclinou até ela, tomando ele mesmo a iniciativa dessa vez.

Surpresa, a Heartfilia arregalou os olhos quando ele a puxou de volta para perto, surpreendendo-se ainda mais quando ele a imitou ao beijar e provar com a língua seus lábios.

Seus olhos fecharam-se por instinto e a partir desse momento tudo acontecera de uma maneira tão confusa e embriagante, que quando se viu respirando novamente, encontrou-se prensada contra a parede úmida do banheiro, enroscada a ele em um abraço apaixonado: suas respirações a se misturarem, seus dedos enterrados nos fios rosados e seu corpo pressionado tão intimamente ao dele... Lucy gostou daquilo. Céus, ela não esperava aquela imersão de sentimentos, mas no segundo em que fechava seus olhos e o beijava outra vez, já não era mais ela quem comandava suas ações e sim aquela recém descoberta necessidade de mais.

Lucy sentiu a excitação do Dragneel apertar-se contra sua barriga, e lembrou que para que tudo acabasse ele ainda teria que gozar. E ela prometeu que o ajudaria com isso, então... Escondendo seu rosto corado na curva do pescoço de Natsu, ela moveu suas mãos pelo torso musculoso, descendo timidamente para baixo.

Seu coração saltava no peito, seu sangue zumbia nos ouvidos.

O fato era que ela nunca fizera algo como aquilo antes, não com outra pessoa pelo menos. Tirando seus momentos íntimos sozinha, seu conhecimento sexual era completamente teórico. Mas Lucy pensou que talvez não fosse ser tão difícil com Natsu, porém, quando suas mãos o sentiram e o envolveram pela primeira vez, assustou-se com o grunhir do Dragneel e rapidamente parou o que estava fazendo.

⸺ Eu machuquei você? ⸺ ela perguntou temerosa, mas ele apenas balançou a cabeça trazendo as mãos dela de volta aonde estavam antes.

A mensagem estava bem explícita. Não pare.

A insegurança revirava-se dentro dela. Até então Natsu era seu precioso amigo e agora sentia aquela amizade dissolvendo-se a cada movimento do seu punho. Mas o mais terrível de tudo era que, embora ela relutasse em admitir para si mesma, uma parte dentro dela, uma parte assustadoramente extensa, estava apreciando aquele ato. Seu coração batia tão acelerado e ela sentia-se tão quente que pensou que talvez estivesse entrando em processo de combustão.

Enquanto seus dedos trêmulos acariciavam a carne macia e robusta do membro do Dragneel, assustou-se ao senti-lo crescer e estremecer em sua palma. De fato aquela era uma experiência nova e também estranha, e ainda estava decidindo se era um estranho bom ou ruim enquanto sentia as veias inchadas que contornavam o membro do rosado.

Céus, ela já o vira pelado algumas vezes por acidente, e por isso já sabia que ele era bem... agraciado, mas nunca imaginou que ele pudesse ficar ainda maior... e tão duro. Lucy indagou se ele estaria prestes a gozar. Ela estava fazendo da maneira certa? Só uma vez seria o bastante para neutralizar o veneno? Eram tantas as perguntas.

Porém, as aflições que a atormentavam naquele momento, foram empurradas de lado quando as mãos fortes e ásperas de Natsu, agarraram, cheias de vontade, suas nádegas.

It's Too LateOnde histórias criam vida. Descubra agora