VIII - Psicóloga?

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Olho para a mulher a minha frente de jaleco branco assim como seu sorriso perfeito, parecia simpática, alegre.

Meu pai saiu da sala e seu olhar pousou sobre mim, que estava sentada, sem entender absolutamente nada daquilo que me ocorria.

- S/n certo?

S/n - Certo.

- Primeiro de tudo, eu quero lhe dizer que nada que me falar aqui, vai ser passado pro seu pai. Absolutamente nada.

S/n - Como assim?

- Eu sou psicóloga.

Me levanto da cadeira em um impulso. Ele acha que eu estou precisando de uma psicóloga, porquê transei? Meu pai passou dos limites agora.

- Sente-se s/n. Acalma-se.

S/n - Psicóloga? É sério isso? É sério que ele me trouxe até uma psicóloga?!

Ela me deu um copo de água e logo me sentei novamente, recuperando minha calma.

- Me conte: O que vem acontecendo?

S/n - Não vai dizer nada pra ele?

- Não, fique tranquila.

S/n - Não consigo, ver vocês dois conversando tão...intimamente me deixou intrigada.

- Confie em mim, no meu trabalho. Acredite, não vou contar nada do que me disser pra ele.

Embora estava desconfiada, comecei a contar todo o ocorrido de ontem pra ela. Inclusive da namorada do meu pai.
Ela ouvia tudo calmamente e as vezes fazia alguns comentários.

- Não gosta da namorada do seu pai?

S/n - Não. Nem eu nem meu irmão gostamos. Ela é muito intrometida, fala de mais e é chata.

- Entendo, já conversou com ele sobre isso?

S/n - Não tivemos uma conversa franca ainda, a gente brigou ontem e eu acabei falando isso.

Ela tira o jaleco e se senta na ponta da mesa na minha frente, me olhando com atenção.

- Você gosta desse rapaz?

S/n - O que? - pisco os olhos algumas vezes - Primeiro; Defina esse "gostar".

- Se você tem uma pequena afinidade por ele, fica dando sorrisinhos bobos quando conversam, sente saudades dele, quer vê-lo todos os dias. Um gostar além do desejo sexual.

Ah merda. Será se tô gostando do dabi?
Não! É só sexo e ponto final.

S/n - Eu sinto saudades dele - falo encarando a mesa branca - de tudo nele. Quero ver ele todos os dias. Mas, é por causa das relações.

- Tem Certeza?

S/n - Tenho...afinal, acho que se me apaixonasse por ele, tudo ia mudar.

- E porquê acha isso?

S/n - Porque ele não é do tipo que namora com alguém, que se apaixona. Ele é um cafajeste. - ela sorriu - E acho que é isso que gosto nele sabe? Ele é diferente. Diferente de tudo e todos.

- Me conte como ele é - sorri animada

S/n - Ele tem cabelos brancos, quase platinados, e o melhor que são naturais. Tem piercings por o rosto e tatuagens por todo o corpo, nos olhos, nos braços...acho que elas são a marca registrada dele.

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